segunda-feira, 6 de maio de 2013

Corajosos..., vamos seguir em frente!


Benfica 1:1 Estoril

Depois do feliz clarão na noite de luz, a claridade de 6ª-feira a querer abraçar o fim-de-semana...

O calor da tarde ainda era suficiente para fundir outro ritual familiar…, união que se prolongou pelo interior da noite, atrás do esférico rolante e da agilidade do corpo..., patrocinada pelo Cristo vigilante...

O descanso foi tão profundo que as horas silenciaram o despertar de Sábado, a manhã fugaz da rua deu lugar aos afazeres caseiros, divididos por oito braços...
A catequese levou-nos ao calor da tarde, às sombras da conversa e da harmonia antes da estadia no hotel, com paródia televisiva incluída...

No Domingo voltámos para os lugares ensolarados do campo, banquete rodeado de aromas e sabores, ocasião para celebrar as mães...

Regresso ao bulício, com desvio pelo retiro de oração na missa, três gerações que foram realçar a genética e a espiritualidade... E a noite envolveu-nos no amor maternal, serão fecundo para resistir a outra semana...

2ª-feira acordou serenamente a semana, indicou-nos discretamente a rotina pelo meio do chilreio primaveril…

Na rádio o Jesus dizia que não havia euforia, os rivais exalavam expetativa, os do Estoril diziam que vinham pontuar. Nas hostes benfiquistas era natural alguma ansiedade, uma alegria contida a querer despontar, receosos do terrível ambiente do dragão...
Mas já demos provas que temos o melhor futebol, o coletivo mais tecnicista, deixem-nos este ano sermos nós a ter essa ambição...

A tarde esmorecia devagar na matéria aquecida e no anseio de chegar ao lar...
O jogo começava, o plantel mantinha-se coeso, saia o André e entrava o Melgarejo. O Benfica, apesar da fadiga e do deslumbramento mental, tinha que entrar forte, impor o seu gabarito e valer-se da moral, mas o Estoril foi aguentando, aos poucos foi aumentando a posse de bola, saindo rápido para o ataque...

Os jogadores do Benfica queriam alcançar um golo, apoiados pelo imenso público, mas as oportunidades que iam surgindo não eram aproveitadas, notava-se alguma ansiedade, o Lima não estava sereno, o Salvio não dava nas vistas, o Enzo deu o estouro, e teve que entrar o Martins…

O Benfica era ofensivo mas o adversário subido não dava muito espaço, o fôlego não chegava para arrancar nas costas da defesa, nem a pressão era muito forte para recuperar a bola, o público que aderiu em massa, não estava completamente tranquilo, perante a facilidade com que o Estoril defendia e explanava o seu futebol...

Parecia que este jogo era uma final para o Estoril, não sei que motivação extra havia no seio da equipa canarinha, o Benfica ia ter que fazer muito mais para levar de vencido aquele difícil oponente depois do intervalo...

Mas a 2ª parte não trouxe grandes mudanças, talvez Jesus pudesse ter apostado no Ola John, trocado o Cardozo pelo Aimar ou Rodrigo, mas é mais simples falar depois do jogo terminado.

O que é fato é que a equipa visitante foi conseguindo suster o Benfica e partia veloz com muitos jogadores, a toda a largura, aproveitando o adiantamento e o posicionamento do Benfica…

E num lance de livre, com um jogador em posição duvidosa, lances similares tinham sido sempre assinalados por aquele lado, a bola acaba por entrar na baliza do Artur, colocando o Estoril a vencer,  59 m decorridos...

A alma benfiquista teve que acordar, o Salvio começou então, já tarde, a aparecer, o Matic a carregar a equipa, o Maxi a correr imenso, o Gaitan a ser mais interveniente, é certo que o Estoril poderia ter ampliado a vantagem, mas foi o Benfica que num grande pontapé do Maxi, dentro da área, chegou ao merecido empate…

Ainda faltava muito tempo para o final, o público voltou a acreditar, mas numa infantilidade do Martins, comprometeu a reviravolta, depois dum amarelo por protestos, entrou a despropósito e deixou a equipa a jogar com menos 1, o resto do jogo…

Se a tarefa já era difícil, ainda mais se tornou, o Lima não estava confiante, a pressa era inimiga da perfeição, eram mais as bolas bombeadas para a área do que o ataque construtivo, a equipa estava demasiado afastada… o Estoril batia-se com toda a galhardia como se duma final se tratasse, tentando arrastar o resultado…

E foi com muita desolação que o árbitro deu por terminado o jogo, uma frustração enorme por termos perdido dois pontos, a duas jornadas do fim, vésperas do jogo crucial… 

É claro que o Porto, que se arriscava a perder a  Liga sem derrotas, agora tem mesmo que vencer no Sábado para provar que é melhor e merece ficar em primeiro; por seu lado o Benfica tem que provar que merece continuar líder e assim garantir o troféu, mesmo num ambiente adverso e escaldante, temos categoria suficiente para disputar o resultado e lutar pelo nosso sonho de campeão!

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