
Benfica 1:1 Estoril
Depois do feliz clarão na
noite de luz, a claridade de 6ª-feira a querer abraçar o fim-de-semana...
O calor da tarde ainda era
suficiente para fundir outro ritual familiar…, união que se prolongou pelo interior da noite, atrás do esférico rolante e da agilidade do corpo..., patrocinada pelo Cristo vigilante...
O descanso foi tão
profundo que as horas silenciaram o despertar de Sábado, a manhã fugaz da rua deu
lugar aos afazeres caseiros, divididos por oito braços...
A catequese levou-nos ao
calor da tarde, às sombras da conversa e da harmonia antes da estadia no hotel, com paródia televisiva incluída...
No Domingo voltámos para os
lugares ensolarados do campo, banquete rodeado de aromas e sabores, ocasião para
celebrar as mães...
Regresso ao bulício, com desvio pelo retiro de oração na missa, três gerações que foram realçar a genética e a espiritualidade... E a noite envolveu-nos no
amor maternal, serão fecundo para resistir a outra semana...
2ª-feira acordou
serenamente a semana, indicou-nos discretamente a rotina pelo meio do chilreio
primaveril…
Na rádio o Jesus dizia que
não havia euforia, os rivais exalavam expetativa, os do Estoril diziam que vinham
pontuar. Nas hostes benfiquistas era natural alguma ansiedade, uma alegria
contida a querer despontar, receosos do terrível ambiente do dragão...
Mas já demos provas que
temos o melhor futebol, o coletivo mais tecnicista, deixem-nos este ano sermos nós a ter
essa ambição...
A tarde esmorecia devagar
na matéria aquecida e no anseio de chegar ao lar...
O jogo começava, o plantel
mantinha-se coeso, saia o André e entrava o Melgarejo. O Benfica, apesar da fadiga
e do deslumbramento mental, tinha que entrar forte, impor o seu gabarito e
valer-se da moral, mas o Estoril foi aguentando, aos poucos foi aumentando a
posse de bola, saindo rápido para o ataque...
Os jogadores do Benfica
queriam alcançar um golo, apoiados pelo imenso público, mas as oportunidades
que iam surgindo não eram aproveitadas, notava-se alguma ansiedade, o Lima não
estava sereno, o Salvio não dava nas vistas, o Enzo deu o estouro, e teve que entrar
o Martins…
O Benfica era ofensivo mas o adversário subido não dava muito espaço, o fôlego não chegava para
arrancar nas costas da defesa, nem a pressão era muito forte para recuperar a
bola, o público que aderiu em massa, não estava completamente tranquilo, perante
a facilidade com que o Estoril defendia e explanava o seu futebol...
Parecia que este jogo era
uma final para o Estoril, não sei que motivação extra havia no seio da equipa
canarinha, o Benfica ia ter que fazer muito mais para levar de vencido aquele difícil
oponente depois do intervalo...
Mas a 2ª parte não trouxe
grandes mudanças, talvez Jesus pudesse ter apostado no Ola John, trocado o
Cardozo pelo Aimar ou Rodrigo, mas é mais simples falar depois do jogo
terminado.
O que é fato é que a
equipa visitante foi conseguindo suster o Benfica e partia veloz com muitos
jogadores, a toda a largura, aproveitando o adiantamento e o posicionamento do
Benfica…
E num lance de livre, com
um jogador em posição duvidosa, lances similares tinham sido sempre assinalados
por aquele lado, a bola acaba por entrar na baliza do Artur, colocando o
Estoril a vencer, 59 m decorridos...
A alma benfiquista teve
que acordar, o Salvio começou então, já tarde, a aparecer, o Matic a carregar a
equipa, o Maxi a correr imenso, o Gaitan a ser mais interveniente, é certo que
o Estoril poderia ter ampliado a vantagem, mas foi o Benfica que num grande pontapé
do Maxi, dentro da área, chegou ao merecido empate…
Ainda faltava muito tempo
para o final, o público voltou a acreditar, mas numa infantilidade do Martins,
comprometeu a reviravolta, depois dum amarelo por protestos, entrou a
despropósito e deixou a equipa a jogar com menos 1, o resto do jogo…
Se a tarefa já era difícil,
ainda mais se tornou, o Lima não estava confiante, a pressa era inimiga da
perfeição, eram mais as bolas bombeadas para a área do que o ataque construtivo,
a equipa estava demasiado afastada… o Estoril batia-se com toda a galhardia
como se duma final se tratasse, tentando arrastar o resultado…
É claro que o Porto, que se arriscava a perder a Liga sem derrotas, agora tem mesmo que vencer no Sábado para provar que é melhor e merece ficar em primeiro; por seu lado o Benfica tem que provar que merece continuar líder e assim garantir o troféu, mesmo num ambiente adverso e escaldante, temos categoria suficiente para disputar o resultado e lutar pelo nosso sonho de campeão!
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