Gil Vicente 1:1 Benfica
Sobrevivemos ao frio e à chuva,
num cantinho atlântico, ao abrigo dos braços do Redentor, longe dos farrapos de neve que vão regelando o alto montanhoso do centro e além montes...
O Janeiro acicatou o tempo com rigor, presos à lentidão dos ocasos que se definham nas aguarelas
do horizonte, abraçamos Fevereiro, guiados pela luz das candeias, conforto de peregrino…
O Sábado foi resistindo aos insípidos aguaceiros, depois de visitar a cidade, entramos na clausura da casa, murmúrio da
noite dissimulado nas pingas nos beirais...
O Benfica voltava a jogar com o Gil
Vicente, pela 4ª-vez esta época, desta feita no Minho e sem
direito a visualização televisiva, mas agora o remedeio era com um potente
Portátil, que o Menino nos havia ofertado no Natal…
Mas a hora não era boa para exclusividade, a
ceia familiar era sagrada, não havia tanta pressão por alcançar a vitória e fui
seguindo pelo ciberespaço, sem pensar no final da expedição...
Depois de ter soado o alarme no Funchal,
o Benfica começava a operação Barcelos, podendo ficar a uma distância que já
não acontecia desde o ano do título. Mas teve pela frente um Gil organizado, um
relvado pesado e um pénalti desperdiçado nos descontos.
A primeira parte esteve demasiado na expectativa, os períodos de pressão não foram muito constantes e o relvado, muito mal tratado pela chuva dos últimos dias, não ajudou a alcançar outro ritmo. Pedia-se um Fejsa mais ofensivo, a ajudar o Enzo a empurrar o jogo para o ataque, como forma de desencadear mais oportunidades.
A primeira parte esteve demasiado na expectativa, os períodos de pressão não foram muito constantes e o relvado, muito mal tratado pela chuva dos últimos dias, não ajudou a alcançar outro ritmo. Pedia-se um Fejsa mais ofensivo, a ajudar o Enzo a empurrar o jogo para o ataque, como forma de desencadear mais oportunidades.
Depois do intervalo o Benfica abordou melhor a partida, mostrando garra para se isolar na frente da Liga.
Danielson quase fez autogolo após centro na direita, Rodrigo ficou a pedir penalty num lance duvidoso com Vilela, à boca da baliza. Pelo meio, Gaitán, em posição de tiro, enviou ao lado.
O Benfica crescia, mas o Gilistas haveriam de ganhar novo fôlego de esperança e em duas decisões de arbitragem, o jogo mudou. Siqueira aborda mal um lance com Brito, é batido e faz falta. Vê o segundo amarelo. Parecia a luz que poderia guiar os da casa até aos pontos era forte, mas, pouco depois, numa péssima abordagem de Brito a um lance com Gaitan, pontapeado nas costas, dentro da área, deixou o golo a um penalty de distância, e claro que Lima resolveu.
Mesmo com o Benfica em inferioridade numérica não se adivinhava muito afoito, mas num lance de insistência, puxou do brio e chegou ao empate. Luís Martins assustou de livre e ganhou canto. Neste a bola chegou a Vítor Gonçalves que, acabadinho de entrar, atirou em jeito. Oblak tentou tirar a bola da baliza mas foi batido.
Faltavam cerca de vinte minutos e Jesus, ao lançar Cardozo, queria que o Benfica invertesse o resultado.
E foi o paraguaio que teve o golo nos pés em duas ocasiões, primeiro num lance na pequena área que Adriano defendeu por instinto e depois, no caso do jogo. Já nos descontos, Djuricic caiu na área, Cardozo agarrou a bola com fé (ainda sem ritmo nem confiança, deveria ter deixado o Lima rematar, uma vez que estava mais confiante), mas Adriano evitou e segurou um empate, deixando um amargo a todos que esperavam a vitória.
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