sábado, 12 de maio de 2012

Vitória... força feita de união!


V. Setúbal 1:3 Benfica

Passado o Domingo maternal na excelsa paz domiciliária, a chuva veio pedir abrigo no serão de comédia e cantoria...

2ª-feira amanheceu invernosa, na chuva abundante que descia por entre a suave temperatura...

3ª-feira ainda despertou com aguaceiros, mas lentamente o dilúvio foi enxugando, há hora de almoço já o sol espreitava por uma brecha do branco que ainda dominava o panorama...
A tarde deslindou o azul e a semana seguia os trâmites de Maio, levando luz aos peregrinos, que no encalço de Fátima procuravam mais sentido para a vida...

O meio da semana estendeu pela abóboda um véu sedoso, misterioso evoluir da natureza que o cantar da passarada ia revelando na quentura da primavera...

E o calor chegou mesmo, 5ª-feira cedo, o sol trespassou, com os seus longos raios, a surpeficie da terra, as aves escondidas no verde, alarmavam a cidade, voavam com os catraios estudantes e os operários progenitores...
No torrido entardecer levei o pequeno ao templo para preparar a caminhada doutrinal da 1ª Comunhão, e calor veio preencher o serão com temperaturas diurnas, esplanadas que entravam pelo passeio, onde as pessoas partilhavam vidas...

6ª-feira amanheceu no ninho, apesar da estampa nebulosa, os graus avançaram apoiados pelo sol gladiador, e o aroma doutro fim de semana no ar, apesar do mesmo labor...
A noite foi de canseira ou prática de futebol, no vento suão que se desprendeu das asas do serão, convivio desportivo que a alma engradece...

Tive a companhia do grande, na travessia da liberdade, no aceno ao Cristo luzidio, e retribui a parceria, acompanhando o mini-atleta a mais um jogo de basquet, sábado, manhãzinha, circulando pelas artérias do sul. O calor foi subindo, como os algarismos dos cestos no marcador até que ficámos defronte do merecido almoço.

Depois do ensaio geral, do momento sacramental que antecede a plena participação na Eucaristia, fomos resgatar a mestre que acertava o banquete divinal, no reduto campestre, e nem a hora do jogo, ali mesmo ao lado, atrás da cordilheira montanhosa, me fez recusar um saboroso prato de caracois…

De goela fresca, foi pelo auto-radio que fiquei a perceber que o Benfica tinha chegado ao empate, o Porto chegava de enxurrada à foz do Ave… que o Cardozo, se não marcasse, e não saisse antes do minuto 61, poderia perder a Bola de prata para o Lima, se este nem sequer alinhasse, estranhas contas que, para a Liga, não mereceram consideração…

O corte orçamental, a descida do pano no campeonato de futebol, fez com que tivesse cancelado a Sporttv, e mesmo que ao chegar a casa ainda pensasse ir ao café (que dizer sobre a motivação dos jogadores se nem a minha me impeliu para) ver as imagens do jogo…
À noite quando fui espreitar o Sporting com o Braga é que pude constatar o resultado, que o Cardozo afinal tinha marcado…

Nesta altura que escrevo ainda nem se quer vi qualquer gravação, da partida e dos golos, apenas consultei no site da Bola, o desenrolar dos acontecimentos, como tinha alinhado o Benfica, o delineamento dos jogadores, os marcadores dos golos… li as declarações de união do Luisão, e talvez a pedra de toque que pode relançar a confiança na equipa, do envolvimento que é necessário estabelecer com os adeptos, para tudo poder funcionar em perfeita, emotiva e consolidada comunhão…

Agora vem um longo interregno, as baterias vão apontar para a disputa do Europeu, vem uma época de tardes quentes, de celebrações, de viagens e ilusões, a reta final da escola, a transpiração de que ainda carece o trabalho, antes do mergulho salgado e do fresco salto para a ribeira, da alegria, da partilha e do autêntico sabor a verão!

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