quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Aguentámos a aviação mas não tivémos artilharia!

Celtic 0:0 Benfica

O tempo foi desfiando o Verão, as imagens das férias esvanecendo a tonalidade...
O convívio familiar foi estendendo o lazer pelas noites do fim de semana, folgas antes da escola e do tráfego matinal...  

A seleção cumpriu serviços mínimos no Luxemburgo, enquanto o Passos nos decretava sacrifícios máximos...
Em Braga, depois de uma hora de fado, trabalho esforçado na pedreira, um resultado digno e a sensação do dever cumprido, contra o Azerbeijão...

Numa noite de Verão algarvia, o Benfica encontrou-se com o Bétis, para a estreia de Lima e rodagem de outros jogadores, do qual resultou um empate...

Regressamos ao espaço escolar doutros tempos, para a apresentação do secundário, reuniões escolares que antecedem o regresso costumado às carteiras...

E chegou o último fim-de-semana da Estação, tórrido o suficiente para procurar sombras e motivos de festa e feira: Um cavalo prestes a lançar outra corrida ou os UHF no centro da Amadora, cantando Grândola vila morena...

Assim, vamos saltitando ou a passos curtos de coelho, porque os políticos não são mágicos, nem é a verbosidade que torna seguro e credível a alternativa e confiança às portas da coligação...

E chegamos aos píncaros dos aniversários, o meu, procurando sentido para mais um ano, já no meio da engrenagem, tirando o dia para saborear o descanso, próximo da família, qual miragem num oásis de ilusão, mas para quê outra ambição?!

4ª-feira era dia de jogo na Europa, tínhamos que entrar bem, na Escócia, sem o Luisão, mas com uma esperança enorme num bom resultado. O estádio era sufocante, condizentes com a atitude e o futebol, o Benfica apresentava a equipa possível, o André no lugar do Maxi, o Jardel ao lado do Garay, o Enzo, médio centro, o Rodrigo na frente, ajudado pelo Aimar, Sálvio e Gaitan…

Desde logo veio ao cima o cariz do jogo, uma pressão enorme dos jogadores do Celtic, disputa de bola intensa e o Benfica sem espaço para pensar e manobrar, sem conseguir construir jogadas e ganhar confiança

A Liga (Federação) têm que repensar o interregno do ultimo fim de semana, as equipas lusas entram desde logo em desvantagem, por falta de ritmo com as congéneres europeias, nota-se que o desempenho e a frescura física estão afetados pela prolongada paragem de competição…

Ainda assim, fomos conseguindo anular as investidas caseiras, fomos fazendo valer o estatuto já granjeado, a custo de muita entrega e pouco discernimento… Cá atrás a classe do Garay e a segurança do Jardel, o pulmão do Matic, o Gaitan ainda tentou acelarar, o Aimar tentava impor o ritmo, ainda era o Salvio que conseguia desequilibrar, mas a entreajuda defensiva oponha-se com toda a determinação, inviabilizando jogadas de maior perigo…

O Celtic também não causava grandes calafrios, apenas pelo ar, jogadas de insistência nas imediações da área, mas também nós tínhamos bem povoado o terreno, mesmo que se sentisse o pouco à vontade do Enzo, mais se calhar pela velocidade imprimida, o Melgarejo tentava ocupar o seu espaço, mas o intervalo chegou com um justo empate

No segundo tempo, a perspetiva era melhorar, alcançar um golo, sair com a vitória, mas a pujança física continuou em não dar tréguas à qualidade técnica, e mesmo que tivéssemos surgido mais vezes e com mais perigo à área adversária, não fomos suficientemente expeditos para o conseguir…

O Rodrigo não esteve inspirado, todos os remates saiam por cima ou esbarravam na defesa e a baliza foi objeto que não foi muito visado, ainda entraram o Cardozo, o Bruno e o Nolito, para darem mais frescura, o Bruno entrou mais desembaraçado, mas não acrescentaram muito mais, acabando por se aceitar o empate, como resultado final…

Afinal, a tradição vale o que vale, o fantasma da defesa, os especuladores de táticas, todos os cenários mais negativos saíram gorados, o Artur continua sem sofrer golos, houve um esforçado desempenho de todos os jogadores, com o senão da falta de ritmo, e não é possível deixar de continuar a acreditar e esperar por melhores resultados, com o apoio frenético, dum estádio cheio, bater o pé ao grande Barça…

Claro que o jogo mais importante da carreira do Benfica desta época é em Coimbra, já no próximo Domingo, onde se espera uma excelente prestação…

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