4ª-feira
levantou-se com negrura e a preguiça acostumada... Ao entrar na cidade, as pingas na vidraça
anunciaram a lavagem completa da viatura...
Mas num ápice, depois da inundação, da roupa ao seco no estendal, o sol calou a trovoada e libertou a rua alagada e sombria...
Mas num ápice, depois da inundação, da roupa ao seco no estendal, o sol calou a trovoada e libertou a rua alagada e sombria...
A locomotiva deslizava então pelo
interior da luz na direção do cais portuário, libertando passageiros, operários
dum futuro incerto, na cadência do tempo...
Outro dia, a mesma trovoada para
entrar no burgo e largar os estudantes, a mesma molha pedonal antes de
mergulhar nos afazeres do trabalho...
A tarde salpicou o ar com sol,
apesar da resistente fortaleza nubelosa.
Os testes vão classificando os
estudantes, os imprevistos vão testando a contínua aprendizagem sobre relações
familiares, humanidade versus a indefinição...
A lua empoleirada em castelos de
nuvens, qual ovo que se aninha na noite, murmurando a vida na imensidão...
6ª-feira, ultimo acordar no
escuro, apesar do sol se espreguiçar com despertina, mais uma caminhada e um arco colorido desenhou a aliança com mais um fim de semana
de ilusão breve...
O futebol cansado algures na
noite, viagens de fadiga e mistério, para assimilar o fim de semana...
A manhã começou cedo com mais futebol, o
sol iluminou o relvado, a grandeza do Cristo com vista sobre o Tejo interior, as
nuvens que coroavam em redor o cenário majestoso...
Visita da matriarca com almoço incluído, aulas de catequese, antes da tarde de festa, pinturas, brincadeiras, confraternização para festejar
os 7 anos do primo...
A noite foi envolvendo a folia,
apurando a conversa, um écran gigante projetava as imagens de Barcelos, onde
Benfica jogava a liderança e a dignidade, o
regresso às vitórias...
Fiquei um pouco surpreso quando vi a constituição na parede, jogava o Luisinho, o Gomes e o John, o Enzo posicionava-se no extremo, nada que pudesse descompensar a coesão e a manobra da equipa, mas porque eram duas entradas diretas e um reposicionamento, num tempo que era preciso já ter mais certezas e segurança...
Fiquei um pouco surpreso quando vi a constituição na parede, jogava o Luisinho, o Gomes e o John, o Enzo posicionava-se no extremo, nada que pudesse descompensar a coesão e a manobra da equipa, mas porque eram duas entradas diretas e um reposicionamento, num tempo que era preciso já ter mais certezas e segurança...
Mas, ao contrário dos últimos jogos, em que entrámos sempre a perder, desta vez coube-nos a nós a estrela de
marcar ao segundo minuto, numa boa jogada, com o centro da direita para o
cabeceamento derrompante do Lima, para rubro da assistência encarnada, na qual
eu sobressai com um grito alucinante e abafado...
Claro que a confiança foi em
crescendo, a atitude e a entrega ao jogo, o Ola John mostrava classe, da timidez inicial que foi soltando, afinal ainda está a apanhar o ritmo do
futebol luso, algo que o Enzo no outro extremo já demonstra com toda a garra e
convicção...
O André Gomes ia passando despercebido,
mas é ágil e posiciona-se bem, tem vontade sem ser precepitado, o Luisinho,
devagarinho, vai conseguindo fazer bons desempenhos, está no seu lugar, o
Cardoso é que andou um pouco ao lado do jogo, apenas cumprindo o seu papel de
pivot, mas o Benfica já não é a maquina oleada que trabalha para ele marcar, nos
tempos que correm todos tem que correr e fazer pela vida, assim fez o Luisinho,
numa boa jogada de entendimento, aparecendo dentro da área a encostar e mais
adiante, com um jogada de insistência com o André a acreditar e a fazer
um golo de belo efeito, para gáudio do publico aficionado...
O intervalo chegou, previa-se que pudesse haver mais golos, o jogo mantinha-se com o mesmo argumento e elenco...
Com o decorrer do jogo, o enredo
não trazia muita ação, a bola andava de pé em pé, e uma equipa quando ataca e
não marca dá mais moral à outra, e o Gil
começou a abeirar-se mais da baliza do Artur, preferencialmente por cima...
O Enzo, enquanto andou em trabalho árduo no centro do campo, nos jogos anteriores, nunca foi amarelado, o Pio, que
andou a cantar de galo o jogo inteiro, passou impune, e o Enzo por duas
faltas somenos foi mais cedo para o balneário...
O Jesus demorou nas trocas, talvez
o resultado permitisse a monotonia, mas o Bruno entrou para o lugar do Matic,
talvez já a pensar na Champions, recuando o André, mas o esquema logo foi boicotado com a expulsão do Enzo, obrigando à troca do Lima pelo Rodrigo. Até
ao final, com a diminuição da intensidade e da ambição fomos gerindo o tempo,
ainda entrou o Almeida para dar mais consistência no miolo, e nada mais
aconteceu digno de registo...
Claro que não foi muita a
exigência da partida, mas o plantel soube dar uma boa resposta, cumpriu, lutou
e mereceu a sorte... E assim foi o filme, com um final
feliz, no vira do Minho pulamos para o topo do poleiro, onde ficamos a cantar
até à entrada da madrugada...
O próximo jogo, na Luz, vai ser
contra o Guimarães, em que o pensamento tem que passar pela vitória, antes de
nos debruçarmos com corpo e alma na missão Europa...
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