Foi por entre laivos dum frio de Dezembro e as ensolaradas imagens que clareavam o Tejo, que atravessámos na direção de Lisboa, acariciados pelos braços de Cristo, até aos arrabaldes da capital, num entusiasmo desmesurado, o cachecol estendido na dianteira ou na envolvência do punho, para ir ver jogar o Benfica...
Seguimos pelo meio da multidão, ao encontro dum olhar embevecido provocado por um estádio majestoso; no agitado anonimato de adereços encarnados, contornámos a catedral, avistámos a águia, e subimos ao 3º anel, a contar vindo do céu, para assistir a um espetáculo de sonho, já a noite se apressava a cobrir os telhados em redor...
No Relvado tão verde e intenso de luz, sobressaia o vermelho berrante, à procura da conciliação com os cerca de 54.004 adeptos presentes, correndo atrás da magia e consolação...
E haviam de ser seis pulos vibrantes de alegria, que haviam de fazer o sincronismo com as bancadas, manchadas de uma cor sangrenta de paixão, a alma ávida de emoção, com a mensagem renovada que é do Menino nascido que depende a salvação!
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