segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A emoção resultou em confiança...


Benfica-2-Sporting-0
Antevia-se um jogo emotivo, envolto num ambiente fantástico, mais uma vez, com um incerto desfecho, apesar das altas expectativas que não deixam de acompanhar o Benfica, da ansiedade própria de quem procura um novo rumo para as vitórias… Pelo menos nesta fase, renovada a esperança, a fé prossegue inabalável antes de cada jogo mas, com o Sporting, tem sempre aquele sabor especial…

Apesar das tréguas, da onda positiva que rodeia a equipa, estamos sempre vulneráveis às incertezas que advém da imprevisibilidade, às críticas vorazes que esperam um deslize para poderem escrever e falar mal, explicar o inexplicável. Num jogo, temos uma defesa de manteiga, o sector menos apetrechado da equipa, dizem uns; no outro jogo a seguir, até de maior exigência, temos uma defesa de betão, imaculada, digo eu. Afinal não interessam os jogadores que entram em campo, mas sim a mentalidade, a confiança, o espírito de entreajuda, a tranquilidade para desempenhar o papel, a sorte que acompanha os audazes…

Neste jogo, o destaque vai para o desempenho de toda equipa, ainda assim refira-se a entrega do Yebda, a disponibilidade do Sidney, o discernimento do Carlos, Katso e Aimar, o virtuosismo do Reys, mas acima de tudo, o esforço de todos os jogadores… Apesar da tradição, do conflito constante e trabalho intenso dentro das 4 linhas, veio a decidir-se nos pormenores, na inspiração individual e momentânea de alguns atletas, não é como o Paulo Bento diz que foram duas desatenções da defesa, tem que se reconhecer o mérito de quem concretiza, quantos lances idênticos ou mais descarados não se finalizam, em golo e quantos são evitados in extremis ou contrariados pelo bom desempenho do guarda-redes, mas só se fala do que já é definitivo e incontornável.

Mas, como eu dizia, os jogos, hoje em dia, são autênticas batalhas, o futebol jogado acaba por não encher as medidas, é raro ver-se uma jogada bem conseguida com princípio e fim, é mais a sucessão de passes, a insistência na recuperação da bola, o aproveitamento de uma falha, os rasgos de génio de um predestinado… a harmonia e o ânimo que se vai conquistando, a confiança que vai ajudando a manter a regularidade…

Assim, tenhamos o engenho e a sorte para ultrapassar o Nápoles, e os índices de moralização e competitividade ficarão ainda mais relançados…

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