
Benfica-0-Nacional-0
A expectativa era grande, apesar da certeza de permanecermos em primeiro, há muito incrédulos do pai natal, esperávamos que uma vitória milagrosa nos devolvesse o espírito encarnado, ao mesmo tempo que nos afastavámos duma incómoda concorrência...
Mas a nossa triste sina teima em fazer-nos sofrer, paulatinamente, qual caminho de santidade onde sempre esperamos a vinda dum novo Cristo redentor.
Os últimos resultados negativos amornaram de alguma maneira os ânimos, a par de uma inseparável ansiedade, apesar da crença dos 36000 adeptos presentes, e da euforia de milhões de espectadores, acabou por não ser um jogo completamente conseguido…
Mesmo assim, demonstrámos mais segurança defensiva e posse de bola, com excepção dos atribulados minutos iniciais da 2ª parte, o Nacional quase não teve oportunidades flagrantes, nem sequer bola, muito por culpa da maior dinâmica defensiva, mesmo que se notem ainda alguns bloqueios, com o Yebda a demonstrar um coração enorme na sua recuperação; o Luisão uma torre intransponível, o Miguel Victor está a tornar-se um grande central…
Afinal a estratégia de poupar os melhores jogadores na UEFA (esquecendo a saida pela porta pequena), revelou-se benéfica, jogadores como o Suazo, o Yebda, o Luisão ou o Maxi, sou para falar nos que se destacaram mais, foram muito solicitados e valeram-se da sua invejável condição física (0 mesmo já não se poderá dizer do regressado Di Maria). De resto, toda a equipa, retirando aqueles minutos mais desarticulados, esteve segura, com bastante posse de bola, o problema é que, se por tática do Nacional ou por lentidão e falta de criatividade dos dianteiros, estes nunca incomodaram realmente o guarda-redes adversário (salvo alguns lances, em especial o do Amorim).
Na frente, o Suazo é garante de diferença, mas o Cardozo não é jogador para servir, mas para ser servido, porque mais estático… Continua igualmente a faltar mais agressividade logo no ataque, com os jogadores a alhearem-se da jogada quando a bola é recuperada pelo adversário, tem que haver uma constante concentração na disputa da bola…
No computo geral, fizémos um bom jogo, O Nacional, também não é uma equipa qualquer, veio jogar defensivo à espreita do contra-ataque, mas devíamos ter feito muito mais, sermos ainda mais acutilantes, rápidos e criativos na elaboração das jogadas de ataque, com o intuíto de alcançar o golo…
No final, eu ainda cheguei a gritar golo, por isso ainda ficou mais o amargo da frustração de não termos atingido o auge, mas o árbitro descurtinou, com visão de raio x, uma mão irregular... contudo, este ano, apesar da crise instalada, vou reviver momentos de glória, o pai natal está de volta, uma grande alegria paira no ar: o menino Jesus vai nascer!
No próximo ano começamos a jogar com o último, não quer dizer que haja mais facilidades, no seu reduto, e espero que já estejamos mais sólidos e consistentes, principalmente mais ligeiros e concretizadores… com o decorrer dos jogos, se conseguirmos manter a liderança e retomarmos as vitórias, isso vai reforçando a moral e os níveis de confiança, fazendo-nos acreditar que é possível concretizar o sonho em 2009…
O Feliz Natal que seja pronúncio dum próspero Ano novo!
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