domingo, 8 de fevereiro de 2009

Empate imposto!


Porto-1-Benfica-1

Plateia esgotada, de um lado a simplicidade e a revolta nortenha, a par dos seus ídolos de barro, em volta de uma bandeira, do outro a multidão em frente da caixa mágica (que quase ia mudando o mundo!), em sincronia com um fiel grupo de apoiantes, em volta de um país! Estava prestes a começar o grande clássico, com um cenário engalanado, a pátria ao rubro…

Desde logo viu-se um Porto, com muita energia, mas que corria mais do que produzia, um Benfica compacto, que chegava para as encomendas, e criava muito mais perigo pelo ar.

Está a começar a espalhar-se o perfume do Aimar por esses relvados fora, o Reys apesar de ter apanhado pela frente um dos jogadores em melhor forma da Liga, poderia ter sido ainda mais incisivo, o Ruben é enorme, a bola no seus pés sabe sempre qual é o melhor destinatário, o Sidnei abortou todas as investidas do Hulk; o Lizando e o Lucho não estão com a pujança máxima, o Rodriguez também só se viu no inicio, o resto é a garra habitual, com o Meireles a dar o mote, mas sem que houvesse muita construção de jogo, estão a ficar muito dependentes dos rasgos individuais.

O Benfica soube impor a sua presença, esticou bem o jogo sempre com a batuta do Aimar, mas foi nas bolas paradas que criou mais perigo, tirando o(s) lance(s) do Reys que apareceu isolado na área.

Foi uma partida dividida, fica a sensação que o jogo esteve sempre dominado, fica o travo amargo do lance que origina o golo do empate, com o árbitro mesmo ali ao pé, a tornar-se uma das figuras responsáveis pela divisão dos pontos.

É aquele tipo de jogos que antes pensámos ser bom o empate, mas que no final nos assentava muito bem a vitória... a única satisfação é que mostrámos perante o mais forte e directo dos adversários que não somos inferiores, ao contrário, podem agradecer a terceiros permanecerem na frente, que afinal a montanha pariu um rato, a supremacia tão proclamada não passa de uma grande falácia, que afinal, as críticas ao Benfica que não consegue dar o salto, nem atingir grandes exibições, tiveram uma resposta cabal do seu valor, e que podemos contar com a sua garra e crença para abordar a liderança deste campeonato…

Afinal não ganhámos nada, continuamos atrás, a próxima jornada será para cumprir calendário, queiramos nós acreditar no mesmo empenho e atitude, e depois temos que esperar que o Sporting nos possa ajudar, a perder em casa e a criar problemas no Dragão… Enfim o campeonato ainda agora vai no adro, cada vez mais a dois, por isso temos grandes razões para nos orgulhar e continuar a apoiar este grupo de trabalho com vista a abordagem de um futuro risonho…

É preciso equilibrio, estabilidade, o tempo tem que seguir o seu rumo na história, não se inverte um destino conturbado, nem se combate um sucesso duradouro, seja em apenas dois jogos, seja numa época longa e desgastante, agora, não se pode escamutear que os ventos sopram cada vez menos impetuosos (apesar do semblante carregado e da arrogância do Jesualdo), que o Cavalo de Troia já não assusta ninguém, já ninguém acredita em fantasmas, nem seguem as grandes bandeiras da conspiração, tudo tem um fim, é chegada a altura de lutarmos com as armas iguais… estamos de novo em terreno, a conquistar novamente a moral e o território…
P.S. Pelo 2º fim de semana consecutivo fizémos o pleno nas Modalidades (o Futsal em circunstâncias normais confirmaremos o triunfo ao intervalo)... estamos numa fase positiva, é preciso que haja uma cumplicidade entre adeptos e o clube, que a nossa grandeza não nos esmague em ansiedade mas nos dê animo e combatividade para chegar lá em cima, onde o voo da águia já foi, pelo menos atingir a imponência e altura, que nos devolva a serenidade e o orgulho...

Um comentário:

JR disse...

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