
Benfica-2-Leixões-1
Numa semana vestida de futebol e de máscaras, nada melhor que uma noite encarnada, vésperas de aniversário, para vibrar com mais um jogo emocionante; mesmo que aconteça o imprevisível, não podemos sossegar; após os dias de folia, seguidos de alguma introspecção espiritual que nos merece a Quaresma, eis a receita para mergulhar novamente num excitante turbilhão de sentimentos, espreitar mais um fim-de-semana, assistindo a uma gloriosa partida de futebol.
O dia, mesmo que o trabalho nos sufoque, passa tranquilo, ritmado pela alegria e ansiedade que o jogo nos transmite, pelo lugar e importância que o Benfica ocupa no nosso coração, na maneira de ser e de pensar… entro pela noite, a caminho do templo abençoado, onde me espera o amor e o conforto da família, espreito o riso rasgado da lua por cima duma estrela cintilante, e logo desejei que, no seio do lar, Deus me pudesse valer e proporcionar um serão descansado.
O jogo nem começou mal, antes pelo contrário, na primeira metade da 1ª parte, fizemos uma jogatana, com velocidade, a toda a largura do terreno, com um desenho táctico excelente, onde o Ruben, o Katso e o Aimar se complementavam muito bem com os dois extremos, natos e ofensivos, todos com a ajuda do Pivot Cardoso, tentando por todos os meios alcançar o golo.
Com alguma naturalidade, a bola parou dentro da baliza contrária, num lance fortuito mas com o Cardoso na expectativa; mas logo após esse período, o Leixões começou a sobressair mais um pouco e a aproximar-se mais da baliza do Moreira.
Com o intervalo à vista tudo ficou mais equilibrado, a mesma toada com que iniciou a segunda metade, com o Leixões com mais bola mas sem incomodar sobremaneira ou com muito perigo, apenas pontapés de fora da área mas que quase nunca levaram o sentido da baliza, ao contrário o Benfica desperdiçou algumas claras oportunidades para dilatar o marcador.
Sem que se estivesse à espera, pelo menos a jogada não antevia o desfecho, com o Cardoso a centrar, o Nuno golo, repentino e eficaz, cabeçou derrompante para o fundo das redes, ampliando a diferença de golos, para descanso da massa adepta, composta por mais de 30.000 ao vivo e outros milhões que seguiam em directo nos milhares de écrans de todo o mundo.
Mas quando pensávamos que a noite estava a correr de feição, uma noite festiva, que ficariamos a salvo dos sobressaltos acostumados, eis que um golpe de teatro se ia abatendo sobre o palco da luz. Com mais de um quarto de hora ainda para um final feliz, o Carlos ressentiu-se e teve que abandonar, talvez o Balboa pudesse ter esperado um pouco mais do lado de fora mas, ninguém contava que acontecesse o inesperado; como se já não fosse suficiente tanto infortunio, sofremos o golo logo de seguida, após um ressalto na área, o que ainda nos deixava mais à beira de um ataque de nervos…
Para variar, suplicamos aos Deuses, e as nossas preces, mesmo que os segundos parecessem minutos, foram sendo ouvidas, os mesmos Deuses que nos impingiram a desgraça, socorreram-nos e deram-nos aprotecção divina, o tal fim das histórias para adormecer, encantadas...
Os jogadores foram solidários, aqui e ali alguma demora acentuada, mas, mesmo que o Arbitro possa ter abreviado a partida, não houve um sufuco, nem tão pouco uma situação aflitiva, que pudesse fazer escapar esta sofrida, mas merecida vitória. Aplausos, para os que presencearam o espectáculo, que deram mostras de um verdadeiro estado de alma, uma paixão imensa que nos arrepia, apoiando e gritando pela equipa, nos instantes que antecederam o apito final, contagiando de alegria o Quique que manifestou e agradeceu veementemente a sua gratidão.
O segredo deste jogo foi a maior disponibilidade dos jogadores, um Aimar com mais bola, mais afoito e interveniente, complementado pelas alas que deram boa conta de si, baseados na segurança e na presença do Amorim e do Katso no miolo. A defesa, toda ela esteve num bom nível e o Cardoso, apesar de perdulário foi importante a sua manobra na frente.
Mesmo que tenhamos, em algum momento ter dado mais espaço ao adversário, o Aimar é o pêndulo, mas ainda não pode ou não consegue estar o tempo tudo envolvido no jogo, a sensação que nos fica, após o jogo, se descontarmos os 15 miutos finais, é que o Leixões não esteve tão bem como é costume (3 vitórias nos campos mais dificeis de Portugal), sentiu o peso dos 2 golos sofridos e a boa réplica que o Benfica soube impor, mesmo que nem sempre bem nem com a mesma intensidade, fomos uns justos vencedores, e eles uns dignos vencidos.
Viva o Benfica! Parabéns pelo 105ºaniversário! Obrigado por tudo que nos tens feito acreditar, pelos sonhos prometidos, pelas conquistas realizadas, pela paixão que nos tem feito viver, uma esperança infinita que nos vai na alma, que nos torna humanos com os olhos no alto, que nos devolve uma serena ilusão e uma insustentável leveza para sonhar!
Numa semana vestida de futebol e de máscaras, nada melhor que uma noite encarnada, vésperas de aniversário, para vibrar com mais um jogo emocionante; mesmo que aconteça o imprevisível, não podemos sossegar; após os dias de folia, seguidos de alguma introspecção espiritual que nos merece a Quaresma, eis a receita para mergulhar novamente num excitante turbilhão de sentimentos, espreitar mais um fim-de-semana, assistindo a uma gloriosa partida de futebol.
O dia, mesmo que o trabalho nos sufoque, passa tranquilo, ritmado pela alegria e ansiedade que o jogo nos transmite, pelo lugar e importância que o Benfica ocupa no nosso coração, na maneira de ser e de pensar… entro pela noite, a caminho do templo abençoado, onde me espera o amor e o conforto da família, espreito o riso rasgado da lua por cima duma estrela cintilante, e logo desejei que, no seio do lar, Deus me pudesse valer e proporcionar um serão descansado.
O jogo nem começou mal, antes pelo contrário, na primeira metade da 1ª parte, fizemos uma jogatana, com velocidade, a toda a largura do terreno, com um desenho táctico excelente, onde o Ruben, o Katso e o Aimar se complementavam muito bem com os dois extremos, natos e ofensivos, todos com a ajuda do Pivot Cardoso, tentando por todos os meios alcançar o golo.
Com alguma naturalidade, a bola parou dentro da baliza contrária, num lance fortuito mas com o Cardoso na expectativa; mas logo após esse período, o Leixões começou a sobressair mais um pouco e a aproximar-se mais da baliza do Moreira.
Com o intervalo à vista tudo ficou mais equilibrado, a mesma toada com que iniciou a segunda metade, com o Leixões com mais bola mas sem incomodar sobremaneira ou com muito perigo, apenas pontapés de fora da área mas que quase nunca levaram o sentido da baliza, ao contrário o Benfica desperdiçou algumas claras oportunidades para dilatar o marcador.
Sem que se estivesse à espera, pelo menos a jogada não antevia o desfecho, com o Cardoso a centrar, o Nuno golo, repentino e eficaz, cabeçou derrompante para o fundo das redes, ampliando a diferença de golos, para descanso da massa adepta, composta por mais de 30.000 ao vivo e outros milhões que seguiam em directo nos milhares de écrans de todo o mundo.
Mas quando pensávamos que a noite estava a correr de feição, uma noite festiva, que ficariamos a salvo dos sobressaltos acostumados, eis que um golpe de teatro se ia abatendo sobre o palco da luz. Com mais de um quarto de hora ainda para um final feliz, o Carlos ressentiu-se e teve que abandonar, talvez o Balboa pudesse ter esperado um pouco mais do lado de fora mas, ninguém contava que acontecesse o inesperado; como se já não fosse suficiente tanto infortunio, sofremos o golo logo de seguida, após um ressalto na área, o que ainda nos deixava mais à beira de um ataque de nervos…
Para variar, suplicamos aos Deuses, e as nossas preces, mesmo que os segundos parecessem minutos, foram sendo ouvidas, os mesmos Deuses que nos impingiram a desgraça, socorreram-nos e deram-nos aprotecção divina, o tal fim das histórias para adormecer, encantadas...
Os jogadores foram solidários, aqui e ali alguma demora acentuada, mas, mesmo que o Arbitro possa ter abreviado a partida, não houve um sufuco, nem tão pouco uma situação aflitiva, que pudesse fazer escapar esta sofrida, mas merecida vitória. Aplausos, para os que presencearam o espectáculo, que deram mostras de um verdadeiro estado de alma, uma paixão imensa que nos arrepia, apoiando e gritando pela equipa, nos instantes que antecederam o apito final, contagiando de alegria o Quique que manifestou e agradeceu veementemente a sua gratidão.
O segredo deste jogo foi a maior disponibilidade dos jogadores, um Aimar com mais bola, mais afoito e interveniente, complementado pelas alas que deram boa conta de si, baseados na segurança e na presença do Amorim e do Katso no miolo. A defesa, toda ela esteve num bom nível e o Cardoso, apesar de perdulário foi importante a sua manobra na frente.
Mesmo que tenhamos, em algum momento ter dado mais espaço ao adversário, o Aimar é o pêndulo, mas ainda não pode ou não consegue estar o tempo tudo envolvido no jogo, a sensação que nos fica, após o jogo, se descontarmos os 15 miutos finais, é que o Leixões não esteve tão bem como é costume (3 vitórias nos campos mais dificeis de Portugal), sentiu o peso dos 2 golos sofridos e a boa réplica que o Benfica soube impor, mesmo que nem sempre bem nem com a mesma intensidade, fomos uns justos vencedores, e eles uns dignos vencidos.
Viva o Benfica! Parabéns pelo 105ºaniversário! Obrigado por tudo que nos tens feito acreditar, pelos sonhos prometidos, pelas conquistas realizadas, pela paixão que nos tem feito viver, uma esperança infinita que nos vai na alma, que nos torna humanos com os olhos no alto, que nos devolve uma serena ilusão e uma insustentável leveza para sonhar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário