segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Foi você que pediu 1... Ferreira ou 3!


P. Ferreira 1:3 Benfica

Depois de um fim de semana prolongado, calcurreando quilometros, visitando a história, observando os naturais cenários costeiros, conhecendo os maiores aglomerados piscatórios do oeste, partilhando emoções em família, eis que chegava o final do 3º dia, o primeiro do centenário da república, que iria ser assinalado pelo jogo 7 do glorioso, desta nova era de Jesus, ele próprio à beira de atingir a marca 100 das vitórias na Liga.

A chuva esperada acabou por chegar com o términus daquele abençoado descanso, ainda antes da altura de darmos por encerrado, com chave de ouro, o excelente fim de semana, com o visionamento do jogo do Benfica, também ele molhado e cheio de bençãos e sem que faltasse em redor uma boa moldura humana.

Desde logo, entrámos com velocidade e determinados a marcar um golo, com 2 jogadas perigosas, na sequência de uma delas, ainda antes do 3º minuto eis que o David cabeçou certeiro, abrindo o marcador. Continuámos com um pendor ofensivo acentuado, pressionando alto, fazendo correr a bola, com a batuta do Saviola e do regressado Carlos Martins, este havia de deixar bem vincada a sua marca, depois do canto, com um pontapé do meio da rua, que só parou por oposição das redes, ainda antes de baquear, fruto da sua excessiva rodagem ou debilidade.

O Cardoso também não quis ficar fora da montra dos números e da história do jogo, apontando um grande golo de livre, ao seu geito, para não haver dúvidas que à 7 jornada é ele o melhor marcador com 8, ficando a somente 1 do seu quinquagésimo golo na Liga.

Na defesa, o Quim demonstrou a sua experiência, já o David devia esfriar mais o seus impetos e tornar-se mais objectivo e eficaz, mas a irreverência, para o bem e para o menos bem, teima em deixar a sua marca. Os pêndulos Garcia e Ramires também sobressairam na estratégia defensiva, mesmo que não se tivesse dado muito por eles, o Ruben e o Fábio, apesar das suas tarefas distintas, não apareceram com grande preponderância como a sua categoria o exige...

Em 100 minutos que teve a partida, e quando pensávamos que iria mudar aos 3 e acabar com outros tantos, eis que o Paços se apoderou do jogo empurrando o Benfica para a sua rectaguarda, notando-se alguma intranquilidade na posse de bola e que veio a permitir aos da casa obterem o tento de honra, e que poderia não ter ficado por aí...

Se pela água excessiva, se pela margem alargada conseguida, algum cansaço ou excesso de zelo, o jogo tombou mais para a nossa baliza na segunda parte e competia ao Benfica mostrar mais futebol, criar mais lances de perigo, obter pelo menos mais um golo, acelarar um pouco mais ou reter mais a bola...

Mas claro que o resultado final está na senda do que inicialmente nos proporíamos ambicionar ou estaríamos à espera de poder acontecer, com mais uma boa exibição na primeira parte, mesmo sem três dos habituais jogadores, uma dinâmica goleadora, mesmo que tivéssemos vindo de um jogo nulo e com uma amarga derrota, num campo que ainda ninguém tinha vencido, ficando nós, mais o Braga somente com o estatuto de invencíveis, mesmo que os dois pontos de avanço do Bracarense queiram dizer só vitórias...

Os próximos 2 jogos, depois da ressaca da seleccção, dos festejos ou frustração pelo apuramento, que irá ditar se é uma excelente oportunidade para voltarmos como herois a Africa ou ficarmos, mais uma vez, orgulhosamente sós... (no Sábado pelas 9 da noite já se saberá alguma coisa, depois da batalha nórdica), vão ser decisivos, como todos o são, para fazer valer o nosso poderio, impor a nossa hegemonia, embalarmos na frente do pelotão, para uma forte arrancada, rumo ao grande e glorioso objectivo deste povo...

Tudo depende de nós, com 6 vitórias consecutivas, manter este equilíbrio e coesão, do lado de fora já se viu que não falta o apoio e uma chama viva de ilusão, para que os jogadores se sintam realmente motivados e seguros da sua difícil mas possível e nobre missão... fazer o Benfica campeão!

Nenhum comentário: