
Benfica 2:0 Trabzonspor (3ªp-eliminat. L. Campeões- 1ªmão)
O julho estende os derradeiros dias, esplanando pela ultima semana o sol mais intenso, simbiose perfeita para gozar algum descanso do trabalho... aproveitamos para viajar até aos confins dos montes, para visitar a natureza central do território: mergulhar na fresquidão da ribeira, serenar o olhar na imensidão campestre, respirar o ar saudável que envolve a ruralidade, sentir a simplicidade das gentes...
A meio da semana, depois do regresso acalorado e longínquo ao litoral cosmopolita, o entardecer testemunhava o regresso da Luz aos grandes eventos da Europa, crescia a efervescência dos adeptos, cerca de 40000 ocuparam os lugares no Estadio, muitos mais, como eu, reservaram os camarotes em frente do televisor…
A expetativa era grande, a classe dos jogadores que vieram reforçar o plantel faziam aguçar ainda mais o apetite, e a importância do desafio assumia contornos emotivos até pela influência que teria para o resto da temporada…
Jesus apostou na estabilidade e na experiência, com os elementos base da última época, aos quais juntou os defesas Garay e Emerson, que substituiam o Coentrão e Jardel e o extremo Enzo no lugar do Salvio… o Amorim fazia com igual mestria e segurança o lugar do Maxi, ou seja, contabilizando a qualidade dos jogadores poderíamos considerar a equipa mais coesa: à maior rentabilidade do Gaitan, juntava-se a maturidade do centro da defesa e mantinha-se a classe na ala direita do ataque…
O Benfica começou com alguma rotação, catapultado pelos adeptos vibrantes e alguma ansiedade alheia, mas faltava objetividade ou velocidade para violar a bem montada barreira defensiva dos turcos… ainda que desvendasse algum primor, entrosamento e qualidade técnica, apesar de alguma apatia na frente…
Com o desenrolar do tempo, a equipa turca começou a acreditar e a equilibrar mais, mesmo sem arriscar em demasia… no reatamento entraram o Nolito para o lugar do debilitado Enzo, o Maxi rendeu o Amorim e o Witsel entrou para o lugar do Aimar, e a equipa não se ressentiu, ao contrário ganhou mais consistência, com o belga no miolo, mais expedito no ataque e a defender, o Nolito mais pragmático na frente e o Maxi mais entusiasta e matreiro no corredor direito…
E foi nesta toada que o Benfica havia de chegar ao golo, ainda como Aimar em campo, a desmarcar o Nolito que, irrompeu pela área e rematou para o fundo das redes, pouco passava da hora de jogo… o segundo golo foi esboçado no lado contrário, numa insistência do Maxi, com o Witsel a entrar para dentro, nas imediações da área, dando a bola para o Gaitan que, na meia lua, parou e atirou à meia volta, em arco, para o poste mais longe, fazendo um golo de belo efeito…
O encontro aproximava-se dos últimos segundos, o ambiente quase incendiava de alegria, os jogadores tinham cumprido a sua obrigação, angariando uma vantagem preciosa para segurar a eliminatória na Turquia, daí a uma semana…
Enfim, a equipa esteve equilibrada e mostrou empenho, mesmo que exista ainda uma longa caminhada pela frente, até entrar pela porta dos Campeões… é sempre bom ver bons princípios aos filhos… neste caso, à nossa equipa da eleição…força Benfica!
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