Ao 3° dia abriram as escolas, calibramos horários, ajustamos voltas e entrámos pela cidade adentro, moldando-nos ao frio e aos ditames do quotidiano...
Enquanto me escondo do
trabalho, espero que o sol venha à tona, submerja o olhar, encontre Deus nas
vãs palavras...
6ª-feira, o ritmo vai
intrujando a preguiça, o casario sedutor resplendece sobranceiro, vamos ao
cume antes da penumbra do centro nos dispersar nos lugares e afazeres...
À noite fui ao futebol, correria
descontrolada atrás da bola antes de desaparecer no sossego do sono, depois de transpor as trevas das cidades...
No Sábado, subimos no encalço
do el doirado, ao campo onde o miúdo treina futebol, o frio ia diluindo no sol
e nas fintas, eu circulava registando imagens para ilustrar um sonho
qualquer...
Depois da catequese, romaria ao forum para levar o rapaz ao cinema, e comprar alguns simples presentes
para a chegada dos Reis, trazidos para o conforto e seio famíliar…
No domingo, dos Reis,
seguimos a estrela até junto dum presépio, ouvimos a pregação do pastor e
voltamos ao ocidente, do outro lado da ponte, pelo mesmo caminho...
À tarde ainda voltamos à capital,
para ver o Voleibol, contra o Fonte Bastardo, onde o mago Gaspar e companhia ganharam
com alguma dificuldade, voltando no negrume até à luz do lar, já os focos quase iluminavam o Estoril…
Logo a seguir ao jantar
fui navegar nas águas tenebrosas da Net, com a bandeira pirata no mastro, écran
minúsculo e trémulo para acompanhar a viagem à linha, onde o Benfica tinha uma missão: manter a liderança…
A equipa estava coesa, com
o André no lugar do Maxi, o Jardel ao lado de Garay, o Melgarejo do lado
esquerdo, onde jogava o Gaitan, do outro lado o Salvio, no centro de ataque o
Rodrigo fazia dupla com o Cardozo e no centro a dupla Matic e Enzo.
A equipa estava com uma boa dinâmica, os jogadores demonstravam uma boa atitude, apesar da irregularidade das jogadas, talvez pela luta estorilista, estado da relva, ou solavancos da transmissão…
Fui acompanhando os écrans,
a bola e o noticiário, mais prendido quando surgiam jogadas na imediação das
áreas, até que, já para além da meia hora, a caminhar para o fim da primeira
parte, por volta do minuto 37, o Gaitan, na sequência dum canto, atirou de calcanhar,
para o fundo da baliza, abrindo o marcador…
Ao intervalo ficou o
Rodrigo nas cabines, outra vez amarelado de forma imprudente, apesar da sua subida
de rendimento, e foi o Lima que depois duma boa desmarcação, aos 59m, logrou
fazer o golo, concluindo um bom passe do Gaitan. Sete minutos depois (66m), tudo
parecia sorrir ao Benfica e o Salvio alargou a contagem para 3-0.
Minutos mais tarde, por volta dos 69m, saiu o
Gaitan para entrar o John, e o Cardozo sem marcar o seu 149º,
acabou por sair, depois duma jogada que acabou estatelado, aos 74m, para
dar lugar ao mago da Argentina, Aimar, que regressou após longo período de
ausência…
Pensava-se que poderíamos ampliar
o resultado, que o Estoril baixasse os braços, mas quase a terminar, o Artur
facilitou num canto e o Estoril marcou o golo de honra, já o relógio se
aproximava do minuto 90. O Benfica tinha afrouxado um pouco e o Estoril
aproveitou para tentar outra sorte, mas sem êxito, e o jogo acabou logo depois
com a vitória justa do Benfica por 3 bolas a 1.
Agora vem o jogo decisivo
da Taça da Liga, com a Académica, a meio da semana, rampa de lançamento para o
grande jogo de Domingo, com o embate entre rivais, onde o Benfica tem que
aproveitar para ganhar e demonstrar que quer a vitória, que tem capacidades
para se isolar e seguir em primeiro…
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