
Fenerbahce 1:0 Benfica
Mais uma semana solarenga
para despertar a lembrança revolucionária de Portugal, porque o sol tem encanto
diverso dependendo do local de nascimento...
Verdejante aconchego do
canto das aves e das pausas do dia, papoilas livres que vão crescendo e
colorindo a natureza...
3ª-feira ampla de
possibilidades, vastidão azul que paira sobre a repetição com uma confiança
suprema...
Ouvem-se latidos
colaterais mas a caravana segue apressada para a Turquia..., território que
vibra com futebol; o Luisão ficou de fora, O André Almeida e o Enzo também não
vão poder ajudar...
E a tarde escondeu-se pelo
interior, leva-nos do quotidiano para os abrigos da noite e conforto
sentimental...
4ª-feira, vésperas,
algumas nuvens matinais contrariavam os graus da temperatura que afiançavam pela
rádio, 19 para a Guarda, 25 para Lisboa..., e o dia foi aquecendo em calor e
trabalho...!
Mas no regresso deslizante
pelos escombros do dia, regeneramos o entusiasmo da noite e congeminamos uma
invasão à praça da cidade...
No meio da multidão ouvimos o interventivo mas cansado Sérgio Godinho, vimos o fogo multicolor lançado sobre o firmamento, com a lua cheia em fundo, e depois de longa espera, com o miúdo exasperado, o Boss do rap, para agitar as hostes, consumar a rebelião, para nos dar ânimo para o caminho...
Na liga milionária, as
equipas espanholas sucumbiram perante o colosso e a mentalidade germânicas...
5ª-feira trazia a liga
europeia, as legitimas aspirações do Benfica na lonjura do continente...
A preguiça começou por dominar
a manhã, e sentenciou a disposição a cadeia domiciliária…
Nos confins do dia, foi
retido na cozinha que vi as primeiras imagens de Istambul. O Benfica jogava com
o Aimar, André Gomes e John na linha inicial, o ambiente era realmente
infernal, era preciso uma atitude corajosa...
Ainda desviei por outras
televisões antes da chegada ao camarote da sala, mas o nervosismo foi acompanhando, motivos não iam faltando…
O Benfica tenta entrar
personalizado mas o Fenerbahce entra com uma atitude agressiva. O André entra
acanhado, o Aimar, mesmo com falta de ritmo, aos 8 remata dentro da área, mas
aos 15 sofremos o primeiro remate ao poste, com o publico em delírio…
O Benfica consegue amornar
os ímpetos, baixar o ritmo, segurando a bola, vai equilibrando mais o encontro.
Aos 30 minutos amarelo para o André Gomes. Foi só aos 31 que obtivemos o primeiro canto, seguido doutro…
O Aimar faiscou com
Meireles e levou amarelo aos 37. O tempo ia passando o
Melgarejo escorrega, os da casa seguem em contra ataque mas no contra golpe o
Salvio desmarcado centra para o espaço vazio…
Logo a seguir numa
recuperação monstruosa do Matic leva o John para o contra ataque mas Salvio e
Cardozo não conseguiram finalizar e aproveitar a subida do Maxi...
Mesmo em cima do intervalo
o John fica para trás e faz penalti, mas mais uma vez a estrela, a aura e o
poste, as rezas com o filho, estiveram do lado do Benfica…
O Fenerbahce tem dois
atacantes possantes, um meio campo experiente
O intervalo chegou logo,
talvez o Jesus puchasse a orelha ao John ou trocasse por Gaitan… Mas foi o
Aimar que ficou no balneário para a sua entrada.
Era preciso aguentar a
mentalidade turca no reatamento, mas dois remates puxados de fora da área (encostaram-nos
às cordas), galvanizaram ainda mais a claque, aos 51, outra bola ao poste que
vai direita para as mãos do Artur.
Começa a notar-se a
ausência da presença fisica de Enzo no meio campo, mas mesmo assim
sobrevivemos, aos 53 Cardozo remata fraco de longe, e aos 54 reduzimos para 3-1
em bolas ao ferro com Gaitan a entrada da área em jeito. Antes da hora de jogo
Cardozo tenta furar na área mas sem destreza.
Não se via a cor vermelha
nas bancadas o ruído turco abafava o terreno. O John dá o lugar ao Rodrigo. Lesiona-se
o Meireles um jogador preponderante no meio campo, só que, se teoricamente estaríamos
mais favorecidos, numa insistência turca, depois dum canto, o Melgarejo
cabeceia para trás, isola 3 jogadores que, em cima da baliza, nem um super Artur
tinha como evitar…
O Martins ainda jogou a partir
dos 80 para o lugar do André, e nem entrou mal, mais robusto, houve ainda um
esforço suplementar do Benfica, nos últimos minutos, para alcançar o empate,
mas a equipa turca recuou e segurou bem o resultado, com algum desacerto à
mistura no ultimo passe do ataque…
Mesmo sendo uma derrota,
se pensarmos no ambiente hostil encontrado, nas limitações do Enzo e do Lima,
se misturarmos a sorte e o azar, o canto que origina o golo também não é canto,
mesmo pensando que o Fenerbahce tem jogadores possantes e um coletivo forte, com
espírito guerreiro, acaba por ser um resultado superável, daqui a uma semana,
no nosso palco infernal, com o apoio frenético dos benfiquistas e a crença avassaladora
dos jogadores… Antes só temos que ir primeiro ganhar à Madeira…
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