quinta-feira, 25 de abril de 2013

Inferno: parte 1 - desvantagem ao intervalo!


Fenerbahce 1:0 Benfica 

Mais uma semana solarenga para despertar a lembrança revolucionária de Portugal, porque o sol tem encanto diverso dependendo do local de nascimento...
Verdejante aconchego do canto das aves e das pausas do dia, papoilas livres que vão crescendo e colorindo a natureza...

3ª-feira ampla de possibilidades, vastidão azul que paira sobre a repetição com uma confiança suprema...
Ouvem-se latidos colaterais mas a caravana segue apressada para a Turquia..., território que vibra com futebol; o Luisão ficou de fora, O André Almeida e o Enzo também não vão poder ajudar...
E a tarde escondeu-se pelo interior, leva-nos do quotidiano para os abrigos da noite e conforto sentimental...

4ª-feira, vésperas, algumas nuvens matinais contrariavam os graus da temperatura que afiançavam pela rádio, 19 para a Guarda, 25 para Lisboa..., e o dia foi aquecendo em calor e trabalho...!
Mas no regresso deslizante pelos escombros do dia, regeneramos o entusiasmo da noite e congeminamos uma invasão à praça da cidade...

No meio da multidão ouvimos o interventivo mas cansado Sérgio Godinho, vimos o fogo multicolor lançado sobre o firmamento, com a lua cheia em fundo, e depois de longa espera, com o miúdo exasperado, o Boss do rap, para agitar as hostes, consumar a rebelião, para nos dar ânimo para o caminho...

Na liga milionária, as equipas espanholas sucumbiram perante o colosso e a mentalidade germânicas...

5ª-feira trazia a liga europeia, as legitimas aspirações do Benfica na lonjura do continente...
A preguiça começou por dominar a manhã, e sentenciou a disposição a cadeia domiciliária…

Nos confins do dia, foi retido na cozinha que vi as primeiras imagens de Istambul. O Benfica jogava com o Aimar, André Gomes e John na linha inicial, o ambiente era realmente infernal, era preciso uma atitude corajosa...

Ainda desviei por outras televisões antes da chegada ao camarote da sala, mas o nervosismo foi acompanhando, motivos não iam faltando…

O Benfica tenta entrar personalizado mas o Fenerbahce entra com uma atitude agressiva. O André entra acanhado, o Aimar, mesmo com falta de ritmo, aos 8 remata dentro da área, mas aos 15 sofremos o primeiro remate ao poste, com o publico em delírio…

O Benfica consegue amornar os ímpetos, baixar o ritmo, segurando a bola, vai equilibrando mais o encontro. Aos 30 minutos amarelo para o André Gomes. Foi só aos  31 que obtivemos o primeiro canto, seguido doutro…

O Aimar faiscou com Meireles e levou amarelo aos 37. O tempo ia passando o Melgarejo escorrega, os da casa seguem em contra ataque mas no contra golpe o Salvio desmarcado centra para o espaço vazio…

Logo a seguir numa recuperação monstruosa do Matic leva o John para o contra ataque mas Salvio e Cardozo não conseguiram finalizar e aproveitar a subida do Maxi...

Mesmo em cima do intervalo o John fica para trás e faz penalti, mas mais uma vez a estrela, a aura e o poste, as rezas com o filho, estiveram do lado do Benfica…
O Fenerbahce tem dois atacantes possantes, um meio campo experiente

O intervalo chegou logo, talvez o Jesus puchasse a orelha ao John ou trocasse por Gaitan… Mas foi o Aimar que ficou no balneário para a sua entrada.

Era preciso aguentar a mentalidade turca no reatamento, mas dois remates puxados de fora da área (encostaram-nos às cordas), galvanizaram ainda mais a claque, aos 51, outra bola ao poste que vai direita para as mãos do Artur.

Começa a notar-se a ausência da presença fisica de Enzo no meio campo, mas mesmo assim sobrevivemos, aos 53 Cardozo remata fraco de longe, e aos 54 reduzimos para 3-1 em bolas ao ferro com Gaitan a entrada da área em jeito. Antes da hora de jogo Cardozo tenta furar na área mas sem destreza.

Não se via a cor vermelha nas bancadas o ruído turco abafava o terreno. O John dá o lugar ao Rodrigo. Lesiona-se o Meireles um jogador preponderante no meio campo, só que, se teoricamente estaríamos mais favorecidos, numa insistência turca, depois dum canto, o Melgarejo cabeceia para trás, isola 3 jogadores que, em cima da baliza, nem um super Artur tinha como evitar…

O Martins ainda jogou a partir dos 80 para o lugar do André, e nem entrou mal, mais robusto, houve ainda um esforço suplementar do Benfica, nos últimos minutos, para alcançar o empate, mas a equipa turca recuou e segurou bem o resultado, com algum desacerto à mistura no ultimo passe do ataque…  

Mesmo sendo uma derrota, se pensarmos no ambiente hostil encontrado, nas limitações do Enzo e do Lima, se misturarmos a sorte e o azar, o canto que origina o golo também não é canto, mesmo pensando que o Fenerbahce tem jogadores possantes e um coletivo forte, com espírito guerreiro, acaba por ser um resultado superável, daqui a uma semana, no nosso palco infernal, com o apoio frenético dos benfiquistas e a crença avassaladora dos jogadores… Antes só temos que ir primeiro ganhar à Madeira…

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