
Marítimo 1:2 Benfica
Depois da descida ao demo turco, resistiu a esperança para digladiar no inferno luso... A manhã percorreu as estradas de sol até às portas do quotidiano, não havia a "ponte" de 25..
Lá fora ficava à nossa espera o ultimo fim de semana de Abril, até a fraqueza da tarde se envolver numa aragem fresca...
Dei a mão ao catraio e enfrentamos a escuridão com o arrojo do vento, para jogar futebol, contornando o monte santo, guiados pela luz cristã à entrada da cidade...
Sábado, foi o vento que nos empurrou novamente até futebol, desta vez no relvado no alto do casario...
O azul inundava a manhã, o ar embatia louco no Cristo pedra, embalava nas sinuosas colinas defronte e seguia a corrente do Tejo, onde cúmplices embarcações partiam para os sete mares...
Refeição tradicional beirã para uma típica família provinciana, alguns tentaculos citadinos, tudo em ordem ao convívio da prole...
Com o esgueirar do dia o rapaz foi ao templo ouvir pregar sobre a vida dos santos, juntamo-nos para celebrar a eucaristia, e o sol ainda nos piscou o olho antes de apagar o horizonte...
Já no hotel 5 estrelas gostámos de interagir com o entetenimento do serão...
E amanhecemos com o Domingo, de pijama, de almoço vistoso, da televisão em excesso, do relaxamento exacerbado na tarde familiar...
E 2ª-feira surgiu na reta da meta, os alunos regressaram aos estabelecimentos escolares, os operários à liberdade condicional...
A tarde não destrinçava a luz, debruçados sobre Lisboa, o Abril cumpria o penúltimo entardecer...
Os jornais davam conta da ausência do Gaitan, da recepção insolar, da importancia do jogo no Funchal... Esta iria ser uma semana crucial na confiança e no rumo da época, manter a distância sobre o Porto, conquistar um lugar numa final europeia, os jogadores tinham que se esgotar fisicamente, manter disciplina, motivação coletiva, uma entrega mental atroz, contrariar a imprevisibilisade e a teoria...
O sol espreitou o fim da tarde dos destroços nubelosos, o frio escondia-se nas sombras e viemos velozes pelos carris na direcção a casa...
Quando o jogo iniciou ainda não tinha chegado aos camarotes, mas acionei a tecnologia e voltei atrás no tempo...
Jesus pôs o André do lado esquerdo, o Rodrigo ao lado de Lima, de resto, eram os habituais titulares...
Antes de recuar ao apito inicial vi que o marcador já estava a nosso favor, decorrido o primeiro quarto de hora.
O terreno não era o ideal mas o Benfica entrou decidido a vencer, antes dos 5 minutos, eis um penalti sobre o Lima, que o mesmo, com toda a sobriedade, atira para o fundo da baliza...
Mas o Benfica, inesperadamente, ficou passivo, deixando que o Maritimo acreditasse, e a cerca de 4 m do final da primeira parte, uma bola sobrevoa a area e os da casa conseguem repor a igualdade...
Benfica despertou novamente, mas o intervalo estava logo ali...
Tivemos que esperar pela segunda metade, onde o Benfica apareceu como ator principal, cheios de fulgor e ambição, para reconquistar a vantagem, tão importante para alcançar os objetivos...
O Salvio sobressaia, o Ola John também, apesar da inedaquação do André ao lado esquerdo, e aos 53 bola na trave do Lima, aos 55 no poste, deram vantagem nas bolas ao ferro...
Por volta da hora (quando o John costuma sair ou entrar), entra o Cardozo para frente de combate...
E aos 72, finalmente, o Salvio fura pela area e remata para um desvio do defesa que fez a bola anichar-se a um canto das redes...
Aos 76 entra o Martins, para render o Rodrigo, demonstrando mais determinação... E o Roderik, para deixar escoar o tempo, em cima dos 90 para a saida do Lima...
Foi uma vitória importantíssima, a dificuldade superada ainda trouxe mais sabor e a convicção que somos capazes e estamos à beira de conquistar, com bravura e a ajuda dos adeptos, o tão desejado título...
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