A semana foi subindo, até ao alto do meu aniversário, por entre gestos de amizade e amor familiar, ao encontro da leveza do ser..., oração no santuário, olhar furtivo sobre a cidade e o rio, até à festa de arromba no aconchego do campo, qual louvor à vida…
O jogo de Guimarães interrompia a tarde solarenga de Domingo, a televisão estava condenada à política de contenção, restava-me o pequeno portátil para seguir as peripécias do jogo, bem no coração do lar, demasiado longe da emoção…
Os minutos iam parando nas imagens quase fotográficas, as jogadas corriam lentamente, desafiando a ansiedade, o marcador ia permanecendo impávido aos solavancos e avanços da transmissão…
O Jesus não gosta de inventar, então jogava com a mesma equipa de 3ª-feira, o Guimarães empolgado pelos adeptos tentava controlar, mas o Benfica respondia com empenho…
E a 2ªparte veio depressa sem alterar o resultado; a disputa combativa dos lances levou à expulsão dum defesa vimaranense, mas nem isso tornou mais fácil chegar ao golo.
Foi apenas a um quarto de hora do final, numa altura em que tinha me afastado do écran, numa jogada dividida na área, que apereceu o Cardozo a rematar para dentro da baliza, num golo prontamente relatado pelos filhos lá do fundo do corredor…
Entretanto, encontrei uma ligação mais fluída, sem interrupções, mesmo com comentários estrangeiros; na repetição das jogadas mais vistosas, vi um derrube ao Lima bem dentro da área, tal como a mão do jogador do Rio Ave, e a mão do jogador do Porto fora, ou seja, três razões de queixa para os três maiores clubes, de resto, foi o que cada um fez ou não para ganhar os seus jogos, e mais não devia merecer comentário...
No horizonte o Outono a desvanecer o Setembro, mais uma semana que segue o ritmo do tempo...
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