Benfica 1:1 Olympiakos
No emaranhado duma claridade cada vez mais quebrada pelo
agigantamento da noite, a chuva vai cumprindo as profecias do Outono, levando o
enevoado do horizonte ao pé de nós, num rodopio de afazeres, preenchendo a
vida, habitando connosco a cidade…
Naquela noite, muito antes de ir espreitar o Benfica
pelo minúsculo écran do computador, no infindável obscuro da internet, tinham
que ser completados trajetos e hábitos diários requeridos pela afadigada vida
familiar …
Levei então o micro-visor para o lado do prato do
jantar, para tentar saciar a ânsia e a fome da alma, mas estava longe de prever
a atribulada hora e meia, o temporal que se iria abater sobre o jogo…
O Benfica defrontava o Olympiacos na 3.ª ronda do
Grupo C da Liga dos Campeões, tinha que fazer pela vida, amealhar pontos com um
concorrente direto pelo apuramento, mas as dificuldades técnicas e meteorológicas,
o dilúvio que passou por Lisboa, também empenaram o Benfica e a exibição deixou
muito a desejar.
Antes do 2º tempo, mergulhei nas ruas do cataclismo,
para resgatar o jovem atleta, as condições do terreno não se afiguravam nada fáceis,
só um milagre nos salvaria do naufrágio, os gregos tinham bradado aos deuses, colhido
os frutos temporões...
Na etapa complementar, fomos mais convictos e
aguerridos, pelos menos assim rezam as crónicas, pois continuavam péssimas as condições tecnológicas, mas não suficiente para vencer.
Foi numa das várias interrupções, já perto do desespero, que o marcador se
igualou, depois de vislumbrar alguns adeptos a festejar…
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