Benfica 2:0 Nacional
A chuva ainda ficou mais uns dias, para visitar os escombros, fazendo a
travessia do resto da semana...
Na escuridão de 6ª-feira mais uma enxurrada e futebol, depois do relvado do
filho, antes dos meandros de Lisboa, o jogo do pai no pavilhão...
Sábado foi rasgando o céu, almoçarada em família, sol para temperar emoções, a catequese ao entardecer antes da Eucaristia, clarão dum caminho, luz para o serão…
Na alvura do Domingo, bem cedo, apesar da hora de avanço, ainda o nevoeiro
se espreguiçava na península, fomos para os limites das charneca ribatejana, para
mais uma jogo de basquetebol…
Guiados pelo luzente sol voltámos ao litoral, apesar do desânimo do
resultado, e antes do jogo de parabéns da Catedral, fomos festejar os anos dum
primo, com direito a uns xutos na bola, velas acesas, muita algazarra e cânticos
acostumados…
O Benfica defrontava o Nacional, o ambiente era festivo, mas longe de um
semblante efusivo, a equipa procurava uma inequívoca vitória que
consubstanciasse a sua força e moral…
Mas o Jesus não utiliza uma coerência contundente nas suas opções, talvez
porque o que interessa são apenas as vitórias, independentemente do onze
titular, qualquer treinador põe a jogar quem acha mais competente ou entende
dar mais segurança…
O Rodrigo já deu mostras de sub-rendimento, apesar das inúmeras chances, a
par de Cardozo, tornam o ataque muito lento, o Cavaleiro não era jogador para
defrontar o Nacional, mesmo com tantas potencialidades, mas para entrar já com
o resultado favorável, e foi preciso cair de exausto para ser rendido…
De resto, o Enzo e o Matic parecem-me indiscutíveis, o Enzo cada vez mais
para aguentar um jogo, o Gaitan está em franca ascensão, mas nota-se uma equipa
algo amorfa, sem muita convicção na disputa de bola, sem a chama ardente que
nos distingue dos demais…
Mas é preciso percorrer o deserto, ganhar jogos e motivação, uma confiança
inabalável que seja oásis e motivo de orgulho, que torne firmes os nossos
sonhos e a sua ambição…
Não se vêm grandes rasgos individuais ou jogadas coletivas, muita alegria a
jogar, e de repente, numa das jogada mais simples, que tornou o futebol no desporto
rei, o Siqueira, numa tabelinha, isola-se e remata para a baliza, inaugurando o
marcador…
Ainda tivemos outras oportunidades, numa delas o Cardozo ofereceu a bola ao
guardião. Foi preciso esperar pelo começo da segunda parte, para numa jogada do
Gaitan, por novamente o atacante sozinho diante do guarda-redes, para ampliar a
vantagem e fazer descansar mais os adeptos e libertar a equipa duma maior
pressão…
Aos poucos fomos aliviando amarras, voando mais longe, com jogadas mais
longas e vistosas, talvez porque o Nacional também quis correr mais atrás do
prejuízo, correndo outros riscos, mas foi uma vitória reparadora, com algum
conforto também na exibição…
Só estes desfechos conseguem dar mais margem ao treinador, libertar do
sufoco, apostar em mais jogadores, com a qualidade do Djuricic ou a qualidade
do Ola John…
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