Académica 0:3 Benfica
A semana encostava nas
boxes para o desentorpecimento habitual, abastecimento da alma, já outro mês traçava
um longo circuito de 30 voltas, numa pista repleta de curvas imprevistas direcionadas
ao inverno…
Naquela breve pausa
noturna de 6ª-feira, antes das magas trevas que os rapazes enfrentaram depois do desgaste desportivo, entrei pelo café adentro, sentei-me ao fundo, só
e sofredor, diante da ampliada tv, com imagens de Coimbra…
O jogo não deslumbrava,
não havia velocidade nem jogadas espampanantes. O Jesus insistia no Cavaleiro, a
ausência do Siqueira trazia a titularidade ao Cortez, o Lima roubava o lugar ao
Rodrigo, os restantes eram os habituais…
Os mouros eram
o Matic e o Enzo, o Cavaleiro tentava supreender com a sua irreverência, o
Cortez tentava impor a sua maturidade, o Gaitan deambulava pela frente, o Lima
ia aparecendo, mas a Académica fechava bem, preenchia os terrenos
defensivos, lutava pela posse de bola…
O café, bebido dum
trago, ia absorvendo o licor, eu compunha a postura, recostado, o
tempo ia avançando destemido, não havia maneira da bola entrar… Mas, quando não há equipa,
há sempre alguém chamado Cardozo, para desbloquear o jogo, quando este parecia arrastar-se
emperrado, sem solução, eis o
remate bomba do paraguaio, de fora da área…
Logo a seguir, depois de
abandonar a plateia, para ir ao encontro do desportista, ouvia na rádio que o
Benfica tinha alcançado o segundo golo, com a bola a ressaltar num defesa da
briosa para a própria baliza.
A Académica fazia pela vida, procurava manter-se organizada, mas com aquele duro golpe, à beira do intervalo, o pior ataque da Liga não conseguia desequilibrar, e foram os encarnados que ficaram às portas da vitória.
O momento era de exigência máxima, dias antes dum decisivo encontro para a Liga dos Campeões, em Atenas, a uma semana do jogo da Taça, ainda mais crucial, com o velho rival, por isso, mesmo sem grande primor é importante ganhar…
A Académica fazia pela vida, procurava manter-se organizada, mas com aquele duro golpe, à beira do intervalo, o pior ataque da Liga não conseguia desequilibrar, e foram os encarnados que ficaram às portas da vitória.
O momento era de exigência máxima, dias antes dum decisivo encontro para a Liga dos Campeões, em Atenas, a uma semana do jogo da Taça, ainda mais crucial, com o velho rival, por isso, mesmo sem grande primor é importante ganhar…
O Benfica não só manteve o controlo da partida, como
ainda ampliou a vantagem por Markovic, que entrou com o fulgor acostumado, aproveitando uma assistência do Amorim. Num jogo sempre em lume-brando, a
folgada vantagem esmoreceu o interesse pelo acompanhamento final, até porque o
écran tinha reduzido, a qualidade da transmissão via internet e o enlevo do
ambiente familiar, em noite alongada pela avareza ou doçaria da sedução…
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