Benfica 1:0 Braga
Depois dum tempo azulado que enchia a noite de estrelas, o frio revelou-se dos confins de Novembro, agigantando névoas no céu…
A seleção uniu a pátria e cicatrizou o orgulho, desvanecendo o cinzento do horizonte, pelo atlântico que nos lembra a esperança
e a glória...
Foi um cenário invernoso que nos trouxe o último fim de
semana completo de Novembro, voltava a Liga de futebol caseiro, com a ausência de Jesus, em
Domingo do Cristo Redentor… O Sábado acorrentado em nuvens, ganhara a liberdade da
chuva à custa do fresco e apressado negrume da noite… Mas acendeu-se uma luz, num dos bairros de Lisboa, Benfica recebia o Braga, que vinha à procura da sua capacidade guerreira...
Sozinho, diante do écran, no enlevo da casa, comecei a
assistir ao desenrolar do jogo. O Braga alinhava compacto e fechado, aguerrido nas suas
intenções, fazia do jogo um colete de forças,
do qual o Benfica, apesar da esmagadora posse de bola, e moral em crescendo, não se conseguia desamarrar…
Com a ausência de Cardozo, era Lima o ponta de lança, com a ajuda de Djuric, nas extremidades apareciam Gaitan / Markovic, o coração pertencia a Enzo / Matic, a muralha defensiva ao Garay / Luisão, os lateriais eram Sílvio / Siqueira, Artur o guardião...
Por volta dos 12 minutos, o Braga, numa jogada rápida, manda um petardo à trave. Benfica responde com um livre nos limites da área. Aos 36, Matic, aparece solto diante da baliza, mas o remate sai torto ao lado do poste…
No reatar da partida, o Braga manda outra bomba à barra,
mas o estrondo não muda muito a matriz do encontro, mesmo que os visitantes comecem
a acreditar mais um pouco é o Benfica que domina o meio campo, com os
tentáculos de Enzo e Matic, apenas faltando um pouco mais de velocidade e
discernimento no ultimo passe.
O Djuric ainda anda à procura do seu espaço e de confiança,
mas neste jogo nem teve no ataque os artilheiros certos nem a defesa adequada, saindo por volta da hora para
dar o lugar ao Rodrigo... O Markovic, desta feita, sem muito espaço para as suas
arrancadas, nas poucas ocasiões criadas foi perdulário. Para o seu lugar aos
65 minutos veio o Cavaleiro que, pouco depois, consegue furar, numa boa tabela,
mas faz brilhar o Eduardo, com uma enorme defesa.
Mas depois de tanto lutar, havia de ser o herói Matic que, num roubo de bola, aproximou-se da área destemido e de primeira, sem que o Eduardo esperasse, chutou com o pé esquerdo, rasteiro, para o fundo da baliza. Passava o minuto 73, um impulso de alegria contagiou os cerca de 35000 adeptos presentes e libertou a minha agonia…
Até ao final, mesmo que o Braga tentasse em desespero o
empate, sentia-se o Benfica mais forte e acabaria mesmo por conservar a
preciosa vitória…
4ª-feira voltamos à Liga dos campeões, no epicentro da europa, num jogo dificil, com o velho Anderlecht, em que só uma vitória interessa para alimentar o sonho e a supremacia...
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