Olhanense 2:3 Benfica
O Dezembro foi subindo os degraus do tempo, quase a bater
à porta doutra estação, no cume da negrura dos dias, no ânimo paradoxal do sol que
vai doirando a folhagem e os patamares da vida...
Domingo, amanheceu junto da brisa salgada do oceano, muito
antes da tarde ceder aos encantos do Cristo Rei à hora da Eucaristia.
Noite
abaixo, descemos de novo aos vícios da cidade, pelo meio do casario, de mão
dada ao filho, para assistir ao futebol, anónimos no meio dos que veneravam a televisão…
Assistimos à primeira parte, em direto, à flutuação
do marcador, musculando o nervosismo perante o assombro dos acontecimentos.
Deixamos o anonimato das ruas e regressamos ao estrelato do lar, onde o empate
a dois foi denunciado no écran do telemóvel, com a aplicação a dar conta do
desenrolar do jogo e do marcador…
Sulejmani veio do banco para dar a vitória ao Benfica, num
jogo mais difícil do que se esperava, atendendo à valia individual e coletiva
das duas equipas. O Olhanense esteve por duas vezes em vantagem e destapou
debilidades na equipa encarnada.
O Benfica sentiu a ausência de Enzo Perez, dando mais liberdade a Matic, mas destapando mais a defensiva, oque foi aproveitado pelo Olhanense para saltar para o ataque...
O Benfica sentiu a ausência de Enzo Perez, dando mais liberdade a Matic, mas destapando mais a defensiva, oque foi aproveitado pelo Olhanense para saltar para o ataque...
No Benfica, também não houve Markovic (está lesionado) e Ivan Cavaleiro jogou à
frente de Maxi Pereira. Não voltou depois do intervalo, aparecendo Sulejmani em
boa hora, para os encarnados.
O Olhanense marcou na primeira vez que chegou à baliza do Benfica e aproveitou a entrada tardia dos encarnados em jogo. Uma ausência que durou até aos dezanove minutos. As dificuldades do Benfica em encontrar o caminho para a baliza do Olhanense eram muitas, mas, numa jogada entre Sílvio e Gaitan, o argentino cruzou para o segundo poste, onde apareceu Lima a cabecear para o fundo da baliza de Belec. Pela qualidade do futebol do Benfica, o golo foi uma dádiva.
Esta foi a primeira vez que o Olhanense marcou dois golos num jogo para o campeonato. Elucidativo das facilidades concedidas pelos jogadores encarnados. Matic, claro, conseguiu equilibrar o resultado com um remate de fora da área.
Em vantagem, os encarnados acalmaram e geriram, sem grandes dificuldades, o jogo. Apesar de não terem existido claras ocasiões. Esta vitória não esconde as dificuldades de afirmação, depois dum jogo muito conseguido com o PSG, a intermitência das exibições e os golos sofridos tem sido frequentes...
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