domingo, 1 de dezembro de 2013

Sem embandeirar em arco...!

Rio Ave 1:3 Benfica

O frio atravessou o fim-de-semana, braços abertos ao Dezembro e ao enlevo do Natal, às luzes que dão cor às cidades meio abandonadas... O metro vai habitando as avenidas, os carros circulam pelas artérias, antes de dispersarem na vertigem do tempo, em busca da diversão ou do afazer…

O Benfica jogava no primeiro entardecer de Dezembro, Domingo da família e primeiro do Advento, afinidades e proximidades que impediram chegar a tempo e horas em frente da televisão… À falta de ampla e nítida emissão, ao abrigo da poltrona, resolvi calcorrear a calçada e ruelas do interior e seguir até ao calor dum café…

Antes, pela rádio, fiquei a saber que o Rodrigo já tinha colocado o Benfica em vantagem, estávamos a 45 minutos de escalar o topo da classificação… fiquei espantado pois não me lembro de ouvir jornalistas a fazerem comentários tão depreciativos sobre um árbitro...

Ao chegar defronte da televisão, infiltrei-me à beira dos adeptos, tentei olhar o resultado que já estava 2-1, mesmo em cima do acontecimento, pois pouco passava da hora de jogo… Até ao fim foi observando com alguma tranquilidade, apesar do burburim, o Benfica tentava segurar a bola e a vitória com algum poderio, o Feija dava mais estabilidade defensiva…

Ao entrar no ultimo quarto de hora, entre as entradas do Markovic e Sulejmani, que fizeram descansar o Gaitan e o Rodrigo, respetivamente, ainda existiram outras jogadas dentro da área do Rio-Ave, e haveria de ser noutra ofensiva vistosa, já o adversário com menos uma unidade, que o Lima bisaria, aparecendo a rematar de primeira, rente ao relvado e ao poste, pondo de parte qualquer dúvida sobre o desfecho da partida e liderança da classificação.

Regressámos felizes no frescor da noite, na lentidão do tempo que vai passando sobre as nossas vidas, ora aguçando o nosso contentamento ora amargurando o nosso viver, mas há sempre uma luz no meio do vazio que nos guia…

6ª-feira voltamos ao frio da noite de Lisboa, mais uma jornada, com o Arouca, onde um foco imenso de Luz irá renovar o calor da esperança...

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