Rio Ave 1:3 Benfica
O frio
atravessou o fim-de-semana, braços abertos ao Dezembro e ao enlevo do
Natal, às luzes que dão cor às cidades meio
abandonadas... O metro vai habitando as avenidas, os carros circulam pelas artérias, antes de dispersarem na vertigem do tempo, em busca da diversão
ou do afazer…
O Benfica
jogava no primeiro entardecer de Dezembro, Domingo da família e primeiro do Advento,
afinidades e proximidades que impediram chegar a tempo e horas em frente da televisão… À falta de ampla e nítida emissão, ao abrigo da poltrona, resolvi calcorrear a
calçada e ruelas do interior e seguir até ao calor dum café…
Antes, pela rádio, fiquei a saber que o Rodrigo já tinha colocado o Benfica em vantagem, estávamos
a 45 minutos de escalar o topo da classificação… fiquei espantado pois não me
lembro de ouvir jornalistas a fazerem comentários tão depreciativos sobre um árbitro...
Ao chegar
defronte da televisão, infiltrei-me à beira dos adeptos, tentei
olhar o resultado que já estava 2-1, mesmo em cima do acontecimento, pois pouco
passava da hora de jogo… Até ao fim foi observando com alguma tranquilidade, apesar do burburim, o
Benfica tentava segurar a bola e a vitória com algum poderio, o Feija dava
mais estabilidade defensiva…
Ao entrar no
ultimo quarto de hora, entre as entradas do Markovic e Sulejmani, que fizeram
descansar o Gaitan e o Rodrigo, respetivamente, ainda existiram outras jogadas
dentro da área do Rio-Ave, e haveria de ser noutra ofensiva
vistosa, já o adversário com menos uma unidade, que o Lima bisaria, aparecendo a
rematar de primeira, rente ao relvado e ao poste, pondo de parte qualquer
dúvida sobre o desfecho da partida e liderança da classificação.
Regressámos
felizes no frescor da noite, na lentidão do tempo que vai passando sobre as nossas
vidas, ora aguçando o nosso contentamento ora amargurando o nosso viver, mas há
sempre uma luz no meio do vazio que nos guia…
6ª-feira voltamos ao frio da noite de Lisboa, mais uma jornada, com o Arouca, onde um foco imenso de Luz irá renovar o calor da esperança...
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