Porto 1:0 Benfica
Vamos pelas encruzilhadas da quaresma, cerrados nas
veredas do quotidiano, tentando distinguir outros sentidos…
O tempo enublado debruça-se sobre o caminho, arrefece o ânimo desenfreado,
na lentidão dum Março já cansado de profetizar outro horizonte…
Sem o canal elitista do desporto, a semana saltava a noite
para a outra margem, os pequenos viçosos junto do regaço materno, a paz traída pela ansiedade acostumada,
empurrou-me para o café, para apreciar melhor as incidências do jogo, pelo menos as da 1ª parte…
Mas, naquele palco de má memória, de há dez meses atrás, o Benfica
voltou a sofrer por culpa própria e do eterno rival. É verdade que depois duma
entrada mirabolante, que catapultou ainda mais o Porto para uma boa prestação,
fomos conseguindo sobreviver à forte pressão, acabando o jogo vivos e até por cima...
Já depois do golo, logo aos 6 minutos, na sequência dum canto, houve mais dois cortes fabulosos de Luisão, um falhanço de Varela completamente isolado perante o grande Artur. No segundo tempo, a bola de Jackson ao poste direito e a perdida de Quintero, sozinho e deslumbrado, mas a supremacia do meio campo nunca foi avassaladora.
O onze do Benfica, não foi
nem de perto o que saiu na imprensa, desde logo o Artur, ocupou a baliza, reentrou
o Silvio para uma das laterais, na outra o expriente Maxi, a servir de entrave ao
Quaresma, na luta do meio campo, Feisja e o Amorim, e na frente o Rodrigo com o Cardozo, coadjuvados nas alas pelo Salvio e Sulejmani.
O Porto, renovado, pelo
novo visual e força anímica dos resultados, apresentou-se desinibido e com
grande intensidade competitiva, pois aposta tudo nesta prova. Os elementos do
meio campo, muito moveis e subidos no terreno, Herrera e Defour, não deixavam o
Benfica construir jogo, como está habituado, com o organizador Amorim sempre
muito importunado.
O Salvio ia tentando levar
a bola para a frente, mas o Maxi nem sempre se prontificava a ajudar, do outro
lado o Sílvio muito tímido fazia o que pudia perante a irreverência, mas pouco, do
Slujemani, o Rodrigo era muito curto para encher o centro e entender-se com o
Cardozo, a quem a bola não chegava e tarda em aparecer em forma…
A desvantagem madrugadora deixou o Benfica sem entusiasmo, e o
Jesus à beira dum ataque de nervos, e foi só depois dos ajustes do segundo
tempo, que conseguimos equilibrar a contenda, em especial com a entrada do Gaitán.
Uma coisa é certa, ainda temos uma palavra a
dizer, apenas estamos a perder ao intervalo, pela diferença mínima, e o
tira-teimas, será algures à entrada do inferno...
Quem vencer merecerá estar no Jamor, o Jesus não irá querer desperdiçar mais esta oportunidade, na 4ª-feira-santa logo se verá, mas a grande aposta é a Liga!
Quem vencer merecerá estar no Jamor, o Jesus não irá querer desperdiçar mais esta oportunidade, na 4ª-feira-santa logo se verá, mas a grande aposta é a Liga!
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