segunda-feira, 17 de março de 2014

Unidade encarnada alastra pelo território nacional!

Nacional 2:4 Benfica

O Março esbranquiçava os murais da cidade, corria os passeios nas tardes soalheiras, espreitava por cima dos telhados chamado-nos do trabalho…

O fim de semana encheu de azul o horizonte, entre o escuro do aglomerado esguio de ruelas, onde o destino esbraceja pela claridade…
Outra semana despertou o subsistir no afluir cintilante da manhã, passadeira estendida para a chegada da Primavera…    
No Funchal, quando a tarde naufragou no atlântico, a luz trazia para a ribalta mais um jogo de futebol. O Benfica defrontava o Nacional, atrás de mais um campeonato. 
Apetrechado com a mais moderna tecnologia, resignado aos cortes "troicos" da televisão, fui acompanhando a estável transmissão…
O Jesus insistia na equipa base da Liga, o Amorim alinhava como baluarte defensivo, na ausência do Feijsa, reentravam no onze o Lima, o Gaitan, o Enzo e o Maxi.
Soprava um vento forte no quase lotado Estádio da Madeira, as duas equipas eram adeptas de bom futebol, entregaram-se à luta e foram inevitáveis os golos para ilustrar a crónica da partida.

O Nacional entrou forte e surpreendeu, impedindo as transições encarnadas, logo alcançou vantagem no marcador, beneficiando duma grande penalidade, a bola resvalou para o braço do Luisão, tinham passado apenas 6 minutos de jogo.
Mas o Nacional então recuou, o Benfica foi acertando o passo e a partir do minuto 20 começou a acercar-se com perigo da baliza à guarda de Gottardi, numa altura em que Aly Ghazal, forte pilar defensivo dos alvi-negros, já havia sido substituído por lesão. 

Rodrigo ameaçou aos 22 minutos, e fez sentir que o Benfica estava ali para ganhar, e volvidos mais dois minutos, Lima haveria de fuzilar Gottardi, após jogada de entendimento de Markovic e assistência de Rodrigo, empatando assim a contenda. 
O golo encostou o Nacional às cordas, com Gaitan aos 25 minutos e Markovic aos 32 a socarem fortemente a defensiva. 
Até que, de novo Rodrigo, não foi de modas, e à passagem do minuto 33, desferiu uma bomba de fora de área ao ângulo esquerdo da baliza à guarda de Gottardi, consumando a reviravolta no marcador...

Passado alguns minutos, depois de um canto na esquerda batido por Enzo Perez para o poste mais distante,surgiu Garay, quase em cima da linha de fundo, a cabecear em arco para o poste contrário, fazendo a bola voar caprichosamente até ao fundo da baliza nacionalista, pensando-se que o Nacional já não tivesse forças para se levantar do tapete... 

A vencer por três bolas a uma ao intervalo o Benfica veio para a segunda metade controlar a vantagem, perante um Nacional incapaz de levar problemas de maior à baliza à guarda de Oblak. O jogo decaiu de qualidade e foi preciso esperar 15 minutos para ver um lance de perigo, depois de uma jogada de entendimento entre Gaitan e Markovic. 
O resultado não interessava à equipa da casa e Manuel Machado arriscou tudo, fazendo entrar mais dois avançados, acabando por reduzir o marcador para 2-3, depois de um cruzamento de Candeias na esquerda que encontrou Djaniny completamente solto de marcação no coração da área benfiquista. 

A desvantagem mínima espevitou os da casa, mas a machada final estaria para chegar ao minuto 88, com o central argentino Garay a bisar na contenda, depois de um excelente centro de Sílvio pela ala esquerda. 
O Benfica acabou por conseguir assim uma importante vitória no campeonato, o publico já vibra com cada vitória, já pressente que está cada vez mais difícil não alcançar a suprema glória da conquista…

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