Benfica 2:1 Juventus
Vésperas do dia da Liberdade, noite luminosa ali para os lados de Benfica, muito antes da fanfarra sair à rua, do fogo de artificio, da agitação das massas e das tropas marcharem para fora dos quarteis...
O Cristo Rei brincava ainda com as sombras que que se escondiam nos murais, olhava a luzidia Lisboa refletida no Tejo, virando costas ao pequeno bairro onde vivia...
A semana descia mais cedo o pano sobre o palco do trabalho, o lar era invadido por artes mágicas e o sonho esperava que fosse suficiente todo aquele encanto...
E o Benfica não podia ter entrado melhor nesta 14ª meia-final europeia, com Garay a cabecear, na sequência dum canto de Sulejmani, logo nos primeiros minutos, pondo em delírio os muitos adeptos no Estádio...
Sem Salvio e Gaitán, Jesus recorreu aos sérvios para os flancos e manteve André Gomes no eixo, aproveitando a moral alcançada, mas, mais importante do que o onze era, anular o Pilro e a dinâmica atacante da Juventus.
O golo deu ânimo e o Benfica foi pressionando e criando dificuldades, mas, aos poucos veio ao de cima a classe e a categoria do adversário... Com Pogba a dar intensidade física e profundidade ao flanco direito, e com Tevez a pegar no jogo com pormenores de classe, empurrando o Benfica para trás...
Jesus foi o primeiro a mexer, trocando Sulejmani, por André Almeida, para segurar mais o meio campo e, depois, Cardozo por Lima, para dar mais mobilidade ao ataque. O problema é que a bola raramente lá chegava e as coisas pioraram com a entrada de Giovinco na Juventus, a ligar melhor o jogo nas imediações da área, até que Asamoah, apareceu pela esquerda, e deu para Tevez, furar a defesa e fazer o empate.
Depois de ter estado vários minutos na frente do jogo, a Juventus estava pela primeira vez no comando da eliminatória, mas, então veio a terceira substituição de Jesus, com Ivan Cavaleiro no lugar de André Gomes, deu um pequeno balão de oxigénio ao Benfica, que o aproveitou da melhor maneira. Aos 83 minutos, num lance cozinhado por dois suplentes, Lima apareceu embalado para concluir de primeira o espaço aberto por Cavaleiro, fuzilando Buffon, fazendo o vulcão da luz entrar novamente em erupção...
Depois, ainda houve um decisivo Artur, negando golos a Marchisio e Chiellini, enquanto do outro lado Markovic passou a centímetros da glória, após grande trabalho de Lima.
O jogo acabava pouco depois, com o Benfica a recuperar, sobre a meta, uma ligeira vantagem, atenuada pelo facto de ter sofrido um golo.
O Benfica impôs a primeira derrota, nesta Liga Europa, à favorita Juventus, e parte para a segunda mão, em Turim, com uma ténue vantagem... para chegar a mais uma final nesta temporada...
Entretanto, Domingo vem mais um embate com o Porto, em disputa está o acesso a mais uma final da Taça da Liga.
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