AZ Alkmaar 0:1 Benfica
Dia após dia, o Abril vai infligindo mil aguaceiros a
um calor morno, ditando o germinar da natureza. Ora andamos circunspetos sobre os beirais ou na ligeireza dum olhar que se espreguiça num raio de
sol…
O Benfica decidia, no norte da Holanda, o terceiro
acesso a uma meia-final nesta temporada. A equipa local não estava bem cotada,
mas o futebol holandês é destemido e podia causar problemas.
O Benfica para mostrar o seu favoritismo, colocou um quarteto defensivo acastelado, com o grande Artur, os centrais Luisão e Garay, e os laterais Siqueira, que vai cumprir castigo na Liga e o Maxi.
Para a luta do meio campo, Jesus destacou o Amorim,
que iria ter uma grande infelicidade, com a sua saída por lesão, o André Gomes,
que depois teria a seu lado o outro André, Almeida, este que já não jogava há
muito, mas que trazia a tarimba de muitos jogos internacionais…
Para dar mais equilíbrio e consistência, a dupla
argentina das alas era do melhor, com o Salvio, aos poucos a voltar a uma
grande forma, e o Gaitan, que continua a fazer uma excelente época. Na frente
jogava Rodrigo, no apoio ao ponta de lança, mas não muito, Cardozo.
Os resultados e exibições nem sempre andam a par, como
o Jesus já tinha falado na véspera, mas o Benfica sai de Alkmaar em óptima
posição para seguir em frente nesta competição, pondo fim a 45 anos sem uma
vitória em solo holandês, aparte alguma ausência de brilhantismo.
A pressão estava do lado do Benfica, notou-se isso no início do jogo, mas o AZ também adoptou uma postura de inferioridade, mas sempre à espreita de desequilíbrios, aparecendo com um trio de jogadores velozes na frente.
Este ímpeto caseiro,
misturado de alguma apatia encarnada, levou a que a equipa holandesa obrigasse
Artur a duas enormes intervenções.
Aos poucos o
Benfica foi encontrando um ritmo certo, Gaitán juntava-se com frequência a
Amorim e André Gomes, mas era Rodrigo quem mais procurava vir ao meio-campo,
mostrando confiança, mesmo que escasseasse a inspiração.
A este cenário indefinido,
veio juntar-se a lesão do Ruben Amorim mesmo em cima do intervalo. Mas logo no
reatar da partida, o AZ cedeu à pressão benfiquista, em frente à sua área,
permitiu um remate isolado a Cardozo, mas a bola sobrou para Salvio, que – com
Esteban fora da baliza – rematou de primeira para o 1-0.
O golo alterou
por completo o desenrolar da partida, fez o Benfica mais confortável e entusiasta
e aumentou o descrédito nos da casa. Jesus voltou a mexer, trocando o insípido Cardozo
para fazer entrar Lima, mais tarde, Rodrigo daria lugar a Markovic.
Os últimos
minutos acrescentaram pouco a história do encontro. O Benfica limitou-se ao
risco calculado, mas ainda poderia ter aumentado a vantagem na eliminatória.
O AZ forçou o
que pôde, sem nunca estar verdadeiramente perto do empate. Este resultado abre
as portas das meias-finais à equipa da Luz, que em casa só terá de garantir uma
prestação razoável para confirmar a terceira meia-final em quatro épocas.
Segue-se o Rio
Ave (na 2ª-feira), mais uma final para consolidar o campeonato antes do embate
na 5ª-feira para a Liga Europa, ambos no palco da Luz.
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