quinta-feira, 3 de abril de 2014

Um cravo floriu no meio das tulipas!

AZ Alkmaar 0:1 Benfica

Dia após dia, o Abril vai infligindo mil aguaceiros a um calor morno, ditando o germinar da natureza. Ora andamos circunspetos sobre os beirais ou na ligeireza dum olhar que se espreguiça num raio de sol…

O Benfica decidia, no norte da Holanda, o terceiro acesso a uma meia-final nesta temporada. A equipa local não estava bem cotada, mas o futebol holandês é destemido e podia causar problemas.

O Benfica para mostrar o seu favoritismo, colocou um quarteto defensivo acastelado, com o grande Artur, os centrais Luisão e Garay, e os laterais Siqueira, que vai cumprir castigo na Liga e o Maxi.

Para a luta do meio campo, Jesus destacou o Amorim, que iria ter uma grande infelicidade, com a sua saída por lesão, o André Gomes, que depois teria a seu lado o outro André, Almeida, este que já não jogava há muito, mas que trazia a tarimba de muitos jogos internacionais…

Para dar mais equilíbrio e consistência, a dupla argentina das alas era do melhor, com o Salvio, aos poucos a voltar a uma grande forma, e o Gaitan, que continua a fazer uma excelente época. Na frente jogava Rodrigo, no apoio ao ponta de lança, mas não muito, Cardozo.

Os resultados e exibições nem sempre andam a par, como o Jesus já tinha falado na véspera, mas o Benfica sai de Alkmaar em óptima posição para seguir em frente nesta competição, pondo fim a 45 anos sem uma vitória em solo holandês, aparte alguma ausência de brilhantismo.

A pressão estava do lado do Benfica, notou-se isso no início do jogo, mas o AZ também adoptou uma postura de inferioridade, mas sempre à espreita de desequilíbrios, aparecendo com um trio de jogadores velozes na frente. 
Este ímpeto caseiro, misturado de alguma apatia encarnada, levou a que a equipa holandesa obrigasse Artur a duas enormes intervenções. 

Aos poucos o Benfica foi encontrando um ritmo certo, Gaitán juntava-se com frequência a Amorim e André Gomes, mas era Rodrigo quem mais procurava vir ao meio-campo, mostrando confiança, mesmo que escasseasse a inspiração. 

A este cenário indefinido, veio juntar-se a lesão do Ruben Amorim mesmo em cima do intervalo. Mas logo no reatar da partida, o AZ cedeu à pressão benfiquista, em frente à sua área, permitiu um remate isolado a Cardozo, mas a bola sobrou para Salvio, que – com Esteban fora da baliza – rematou de primeira para o 1-0. 

O golo alterou por completo o desenrolar da partida, fez o Benfica mais confortável e entusiasta e aumentou o descrédito nos da casa. Jesus voltou a mexer, trocando o insípido Cardozo para fazer entrar Lima, mais tarde, Rodrigo daria lugar a Markovic.
Os últimos minutos acrescentaram pouco a história do encontro. O Benfica limitou-se ao risco calculado, mas ainda poderia ter aumentado a vantagem na eliminatória.

O AZ forçou o que pôde, sem nunca estar verdadeiramente perto do empate. Este resultado abre as portas das meias-finais à equipa da Luz, que em casa só terá de garantir uma prestação razoável para confirmar a terceira meia-final em quatro épocas. 

Segue-se o Rio Ave (na 2ª-feira), mais uma final para consolidar o campeonato antes do embate na 5ª-feira para a Liga Europa, ambos no palco da Luz.

Nenhum comentário: