Um ano e uns dias depois, não que a paixão tivesse amornecido ou ficado em suspenso, voltei à ribalta, a estas andanças, mesmo longe dos estádios, saudoso da emoção dos jogos, de por em palavras o Benfica, quis voltar a sentir de forma apaixonada este imenso amor que não se explica…
O Benfica desta época, com o timoneiro Jesus, o mais genuíno dos génios do futebol, gastou 98,5 milhões em reforços. Bem, contas feitas, os gastos ficaram pelos 22,5 milhões, embora tenha de sublinhar-se a perda da maior referência defensiva (vendido por 68 milhões), feito o desconto conseguido com Pedrinho, a venda do Lema e os empréstimos de Florentino e Carlos Vinícius, além de uns trocos aqui e ali com outros jogadores.
Claro que, passados estes meses, conturbados (nem sequer estou a falar da Luz fantasma), estamos longe de ter consolidado o processo de jogo e ser, nesta altura, em Fevereiro, o mais forte candidato ao título.
Claro que, houve alguns atenuantes, para não termos arrasado ou não termos um futebol mais vistoso e a supremacia em Portugal. As expetativas começaram muito elevadas e o desaire na ilha de Creta, com um só jogo contra o PAOK (que até começámos com ímpeto mas que não soubemos vencer), deitou desde logo muito do ânimo por terra.
Depois tentámos erguer-nos na 2ª liga da Europa e sermos fortes ao nível
interno, mas apesar do bom começo, a intermitência na Liga Europa, fomos sempre
avançando com alguma dificuldade de afirmação, apesar de esforçados (muitos jogos que entramos a perder e conseguimos chegar
ao empate ou vencer) mas sem convencer em demasia, sem mostrar grande eficácia na frente ou oleado acerto defensivo (em certa parte derivado aos muitos novos reforços!)…
Mas uma temporada é uma prova de fundo, e ainda estamos a tempo da equipa se encontrar com os resultados, conseguir uma saudável moral e alcançar alguma glória… A confiança está sempre muito dependente das vitórias, da evolução coletiva, da atitude mental, está tudo interligado, mas o Benfica também está sempre obrigado a lutar por esse objetivo, a crença é coisa que não pode esmorecer e o amor também não há-de faltar!
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