sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Luzes, ação: jogo da vitória!


Paços Ferreira 1:2 Benfica

Veio a última semana de Setembro, numa tenra manhã de Outono, colocar na frente os horários da escola e do trabalho...

Na rádio, ouvimos os gritos mudos do Passos chamando a atenção, renunciando à tsu, projetando afetar outras siglas mais ordeiras, porque o regatear não nos liberta das amarras da dívida...

A semana prosseguiu a caminhada já avistando o Outubro, nos aguaceiros do fim da tarde, os atletas separaram-se entre o pavilhão e o relvado, antes do calorifico casulo...
Mas foi a madrugada que suportou a trovoada, abafando a luz do firmamento; e a chuva foi ganhando confiança, as nuvens fora ficando ao largo, sufocando o sol no pesaroso horizonte...

Na antevisão do jogo de 6ª, em Paços, na rádio, o Jesus disse que queria manter a qualidade e a invencibilidade, depois da má sorte coimbrã..., que os árbitros têm que conviver com as críticas…; também se ouviu que houve uma reunião dum dirigente portista com o Conselho de Arbitragem, afinal os bastidores e as queixas acostumadas...

Nessa noite houve Assembleia conturbada na Luz, a chuva continuou a beijar os telhados, e 6ª-feira acordou sisuda, mas de ar temperado...
O entardecer precipitou o fim de semana, 6ª-feira de futebol,em Paços, vermelho de sangue e glória, antes das terras de Sintra, de transpiração e bem-estar...
Janta apressada, para o ansiado brilho, que logo ficou breu..., saída forçada para recolher o desportista no pavilhão, já a radio anunciava o regresso da luz, e o empate a 1 golo...

Até ao intervalo, levámos a voz na viagem, depois o silêncio da partida esbateu-se no frenesim do amigável..., até que o eco eufórico da vizinhança, deu sinal do lima…

Antes de apagar a efervescência, fui pela calada fazer companhia à madrugada, pus-me na máquina do tempo da Zon e fui visionar o jogo:
E gostei do que vi, da atitude da equipa, da adaptação às condições do terreno e do adversário, da moldura humana a inflamar e a ser estimulada...

Para desespero do Jesus e nosso, sofremos o golo, numa jogada corrida, cartão-de-visita da casa, mas o minuto seguinte repôs a igualdade e colocou o azar em sentido...

O Enzo aparecia por todo o lado, com toda a técnica e objetividade, só precisava da ajuda do Matic, pronto socorro, à procura do seu espaço, o Nolito teve mais meia oportunidade, ficou o Bruno sem bilhete, o Gaitan tinha que entrar na segunda parte...

O Salvio e o Maxi começam a entenderem-se às mil maravilhas e dominar o lado direito, o Rodrigo anda um pouco deslocado, nas imediações da área, talvez tenha responsabilidade em demasia para a importância do cargo, o Lima, está com o sumo todo, manobrando a seu belo prazer...

Foi um jogo duro, tivemos que descer à oficina para conseguir como é que se fabricava a mobília, para montar todos os encaixes, atarraxar todos os parafusos, sair da mata real com a móvel montado, a alegria da vitoria...

São estes jogos que sabem bem ganhar, que se percebe que houve uma equipa, ambição e suor, que foi na investida pelo terreno que aniquilámos o adversário...
O golo apareceu mesmo com o cenário mais ilustrado, os adeptos mais fervorosos a gritar depois do remate colocado do Lima...

Tivemos outras oportunidades, O Gaitan à trave, o Lima na canela, mas foi uma vitória justa, mesmo que a posse de bola dividida retrate a divisão territorial, fomos mais ambiciosos e esclarecidos...

Ainda entrou o Martins na parte final, para o lugar do Matic, recuou o Enzo, deu mais robustez ao centro, o André substituiu o Rodrigo, para ocupar o lugar do Matic, preenchendo mais o miolo, ainda o Enzo pode avançar mais e libertar o Martins, mas o resultado acabaria por ficar intacto...

PS - Na hora que acabo de redigir este artigo, Sábado adentro, noite fora, já soube da faena do Barça em Sevilha, vai ser duro de roer, do empate a 2 dos dois rivais, e que recuperámos a liderança partilhada da Liga nos cerimoniais de Outubro, na terça só nos resta desfrutar mais um jogo de futebol...

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