Paços Ferreira 1:2 Benfica
Veio a última semana de
Setembro, numa tenra manhã de Outono, colocar na frente os horários da
escola e do trabalho...
Na rádio, ouvimos os
gritos mudos do Passos chamando a atenção, renunciando à tsu, projetando afetar
outras siglas mais ordeiras, porque o regatear não nos liberta das amarras da
dívida...
A semana prosseguiu a
caminhada já avistando o Outubro, nos aguaceiros do fim da tarde, os
atletas separaram-se entre o pavilhão e o relvado, antes do calorifico casulo...
Mas foi a madrugada que
suportou a trovoada, abafando a luz do firmamento; e a chuva foi ganhando
confiança, as nuvens fora ficando ao largo, sufocando o sol no pesaroso horizonte...
Na antevisão do jogo de
6ª, em Paços, na rádio, o Jesus disse que queria manter a qualidade e a
invencibilidade, depois da má sorte coimbrã..., que os árbitros têm que
conviver com as críticas…; também se ouviu que houve uma reunião dum dirigente portista com o
Conselho de Arbitragem, afinal os bastidores e as queixas acostumadas...
Nessa noite houve
Assembleia conturbada na Luz, a chuva continuou a beijar os telhados, e 6ª-feira
acordou sisuda, mas de ar temperado...
O entardecer precipitou o
fim de semana, 6ª-feira de futebol,em Paços, vermelho de sangue e glória, antes das
terras de Sintra, de transpiração e bem-estar...
Janta apressada, para o ansiado
brilho, que logo ficou breu..., saída forçada para recolher o desportista no
pavilhão, já a radio anunciava o regresso da luz, e o empate a 1 golo...
Até ao intervalo, levámos
a voz na viagem, depois o silêncio da partida esbateu-se no frenesim do amigável...,
até que o eco eufórico da vizinhança, deu sinal do lima…
Antes de apagar a efervescência,
fui pela calada fazer companhia à madrugada, pus-me na máquina do tempo da Zon
e fui visionar o jogo:
E gostei do que vi, da
atitude da equipa, da adaptação às condições do terreno e do adversário, da
moldura humana a inflamar e a ser estimulada...
Para desespero do Jesus e
nosso, sofremos o golo, numa jogada corrida, cartão-de-visita da casa, mas o
minuto seguinte repôs a igualdade e colocou o azar em sentido...
O Enzo aparecia por todo o
lado, com toda a técnica e objetividade, só precisava da ajuda do Matic, pronto
socorro, à procura do seu espaço, o Nolito teve mais meia oportunidade, ficou o
Bruno sem bilhete, o Gaitan tinha que entrar na segunda parte...
O Salvio e o Maxi começam
a entenderem-se às mil maravilhas e dominar o lado direito, o Rodrigo anda um
pouco deslocado, nas imediações da área, talvez tenha responsabilidade em
demasia para a importância do cargo, o Lima, está com o sumo todo, manobrando a
seu belo prazer...
Foi um jogo duro, tivemos
que descer à oficina para conseguir como é que se fabricava a mobília, para
montar todos os encaixes, atarraxar todos os parafusos, sair da mata real com a
móvel montado, a alegria da vitoria...
São estes jogos que sabem
bem ganhar, que se percebe que houve uma equipa, ambição e suor, que foi na
investida pelo terreno que aniquilámos o adversário...
O golo apareceu mesmo com
o cenário mais ilustrado, os adeptos mais fervorosos a gritar depois do remate
colocado do Lima...
Tivemos outras
oportunidades, O Gaitan à trave, o Lima na canela, mas foi uma vitória justa,
mesmo que a posse de bola dividida retrate a divisão territorial, fomos mais
ambiciosos e esclarecidos...
Ainda entrou o Martins na
parte final, para o lugar do Matic, recuou o Enzo, deu mais robustez ao centro,
o André substituiu o Rodrigo, para ocupar o lugar do Matic, preenchendo mais o
miolo, ainda o Enzo pode avançar mais e libertar o Martins, mas o resultado
acabaria por ficar intacto...
PS - Na hora que acabo de
redigir este artigo, Sábado adentro, noite fora, já soube da faena do Barça em
Sevilha, vai ser duro de roer, do empate a 2 dos dois rivais, e que recuperámos
a liderança partilhada da Liga nos cerimoniais de Outubro, na terça só nos
resta desfrutar mais um jogo de futebol...
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