terça-feira, 2 de outubro de 2012

Vencido, convencido, mas orgulhoso...!


Benfica 0:2 Barcelona

O fim-de-semana apressou o Setembro dourado pela passadeira azul...

Sábado radioso para o estrelato em ascensão: pontapés na bola e lançamentos ao cesto...
A lua branca abriu as portas do serão, na saida da Igreja, com um beijo de paz...

Domingo foi dia de “Beijar-u-boi”, restaurante típico para faustosa refeição de aniversário dum familiar, com a tarde soalheira para assentamento na base e introspeção…

A semana entrou rompante, ainda a lua saltava as cordas nublosas, quando nos fizemos à estrada da escola e do trabalho...
Era mês de caminhadas pedestres, de vai-vém deslizante, dos olhares sobre as calçadas..., ainda se via o fumegar das esplanadas ao almoço, os catraios que perseguem a escola, os idosos que resistem ao incerto destino...

O Barça era a equipa galática que vinha dar Luz às ilusões sombrias do povo luso, a alegria efémera dum jogo de futebol…
Voei com o Metro, suspendi o mundo no conforto do sofá, íntimo dos filhos e olhos colados ao écran…, o Benfica alinhava forte, o Bruno no centro ataque, o Salvio e o Gaitan nos extremos a ajudar o desamparado Lima, na retaguarda, a dupla pivot, Enzo e Matic, e o quarteto habitual na defesa com o Artur a guardião…

O Benfica entrou cauteloso, demasiado recuado, mas era uma fase de estudo, de ajuste, mesmo que já todos esperássemos o domínio exacerbado do esférico, uma quantidade infinita de passes. O Jesus não queria mostrar medo, mas a equipa apresentou respeito excessivo, uma atitude receosa pelo que poderia acontecer…

Apesar de tudo, não entrámos mal, esboçámos algumas jogadas de ataque, lances rápidos que nos fizeram chegar à baliza contrária com algum perigo, remates que podiam ter resultado em golo. Mas na primeira jogada pelo lado direito, o Messi vai à linha, centra rápido para a pequena área onde o Alexis aparece acutilante e matador, decorriam apenas 6 minutos de jogo…

Fomos tentando responder, o Gaitan esteve em bom nível, o Enzo e o Matic ocupavam o meio, o Salvio fazia o que pudia, fomos conseguindo ter bola, gizando jogadas, mas era o Barcelona que manobrava, sem dar espaço, jogava em correria, e apareceu numa desmarcação veloz, o segundo golo de Fabregras…

A segunda parte trouxe o Martins para o lugar do Bruno, ganhava-se robustez por troca de agilidade, mas este nunca se conseguiu encontrar, com falta de ritmo, teve fraca produção. O Aimar entrou para render o Enzo, ainda surgiram jogadas de luxo, intervenções mágicas, com trocas de bola, mas a partir dum determinado período do jogo, o Barcelona reteve a bola e comandou a partida a seu belo prazer, para mais com a entrada do Iniesta (76-24 foi a % final)…

Ainda houve algumas quezílias, a lesão grave do Puijol, a expulsão do Sérgio, mas faltavam poucos minutos, a entrada do Nolito também não acrescentou quase nada, e o resultado ficou ali, entre o merecido golo de honra, ou mesmo o empate, se tivéssemos aproveitado e fossemos mais atrás da sorte e a goleada forasteira…  

Os elementos em destaque foram os incansáveis Garay e Matic, uma carraça do Messi, o Jardel, Maxi, Enzo, Gaitan, Aimar e o Salvio em bom plano, o Lima demasiado só fez o que pode, o Melgarejo quase não passou o meio campo, ocupado em tarefas defensivas, a equipa em geral está de parabéns e teve a um bom nível, conseguindo um resultado sem muito desprimor, contra o favorito à conquista da prova…

Sábado temos já outro jogo muito importante, em que não podemos desligar a ficha, com o Beira-Mar, no mesmo local, com redobrado empenho, para garantir o mais cedo possível a continuação da liderança na prova nacional…

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