Benfica 0:2 Barcelona
O fim-de-semana apressou o
Setembro dourado pela passadeira azul...
Sábado radioso para
o estrelato em ascensão: pontapés na bola e lançamentos ao cesto...
A lua branca abriu as portas do serão, na saida da Igreja,
com um beijo de paz...
Domingo foi dia de “Beijar-u-boi”, restaurante típico
para faustosa refeição de aniversário dum familiar, com a tarde soalheira para assentamento
na base e introspeção…
A semana entrou rompante, ainda a lua saltava as cordas nublosas,
quando nos fizemos à estrada da escola e do trabalho...
Era mês de caminhadas pedestres, de vai-vém
deslizante, dos olhares sobre as calçadas..., ainda se via o fumegar das
esplanadas ao almoço, os catraios que perseguem a escola, os idosos que
resistem ao incerto destino...
O Barça era a equipa galática que vinha dar Luz às
ilusões sombrias do povo luso, a alegria efémera dum
jogo de futebol…
Voei com o Metro, suspendi o mundo no conforto do sofá,
íntimo dos filhos e olhos colados ao écran…, o Benfica alinhava forte, o Bruno no centro ataque, o Salvio e o Gaitan nos extremos a
ajudar o desamparado Lima, na retaguarda, a dupla
pivot, Enzo e Matic, e o quarteto habitual na defesa com o Artur a guardião…
O Benfica entrou cauteloso, demasiado recuado, mas era
uma fase de estudo, de ajuste, mesmo que já todos esperássemos o domínio
exacerbado do esférico, uma quantidade infinita de passes. O Jesus não queria
mostrar medo, mas a equipa apresentou respeito excessivo, uma atitude receosa
pelo que poderia acontecer…
Apesar de tudo, não entrámos mal, esboçámos algumas
jogadas de ataque, lances rápidos que nos fizeram chegar à baliza contrária com
algum perigo, remates que podiam ter resultado em golo. Mas na primeira jogada
pelo lado direito, o Messi vai à linha, centra rápido para a pequena área onde
o Alexis aparece acutilante e matador, decorriam apenas 6 minutos de jogo…
Fomos tentando responder, o Gaitan esteve em bom nível, o
Enzo e o Matic ocupavam o meio, o Salvio fazia o que pudia, fomos conseguindo
ter bola, gizando jogadas, mas era o Barcelona que manobrava, sem dar espaço,
jogava em correria, e apareceu numa desmarcação veloz, o segundo golo de Fabregras…
A segunda parte trouxe o Martins para o lugar do Bruno, ganhava-se
robustez por troca de agilidade, mas este nunca se conseguiu encontrar, com
falta de ritmo, teve fraca produção. O Aimar entrou para render o Enzo, ainda
surgiram jogadas de luxo, intervenções mágicas, com trocas de bola, mas a
partir dum determinado período do jogo, o Barcelona reteve a bola e comandou a
partida a seu belo prazer, para mais com a entrada do Iniesta (76-24 foi a % final)…
Ainda houve algumas quezílias, a lesão grave do Puijol, a
expulsão do Sérgio, mas faltavam poucos minutos, a entrada do Nolito também não
acrescentou quase nada, e o resultado ficou ali, entre o merecido golo de
honra, ou mesmo o empate, se tivéssemos aproveitado e fossemos mais atrás da
sorte e a goleada forasteira…
Os elementos em destaque foram os incansáveis Garay e
Matic, uma carraça do Messi, o Jardel, Maxi, Enzo, Gaitan, Aimar e o Salvio em
bom plano, o Lima demasiado só fez o que pode, o Melgarejo quase não passou o
meio campo, ocupado em tarefas defensivas, a equipa em geral está de parabéns e
teve a um bom nível, conseguindo um resultado sem muito desprimor, contra o
favorito à conquista da prova…
Sábado temos já outro jogo muito importante, em que não
podemos desligar a ficha, com o Beira-Mar, no mesmo local, com redobrado
empenho, para garantir o mais cedo possível a continuação da liderança na prova
nacional…
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