
No futebol não existem análises simples e conclusivas, tudo depende do modo como se encara cada partida, a maneira corajosa e destemida como se aborda cada jogo, de todo um conjunto de factores que contribuem positivamente para o sucesso, ou influenciam de forma decisiva o estado espírito e anímico dos jogadores, um nervosismo que se vai aflorando e faz mergulhar uma equipa no caos e indefinição…
Perspectivando todos os cenários, o jogo dos encarnados era relativamente mais acessível, os adversários directos jogavam em campos mais difíceis, tudo apontava para que, pelo menos um deles perdesse pontos, bastando uma vitória para subir na classificação…
O facto do Estrela jogar mais relaxado, poderia ser um factor determinante, mas era preciso o Benfica ter começado o jogo com outra atitude, mais dominante e interventiva, mas tal, para desespero dos adeptos, não veio a acontecer…
Ao contrário, a pressão e a ansiedade, mais uma vez, veio minar a acção dos atletas, as jogadas não fluíam, saia tudo ao repelão, rapidamente, tudo se inverteu, tornou-se um campo difícil, uma equipa incómoda que começava a trocar a bola, deixando antever que não existia alma suficiente que pudesse levar um corpo tão débil a atingir os objectivos propostos…
O Rui Costa, sem poder explanar todo o seu saber, algo cansado, o Petit, qual sombra que se vem a arrastar pelos relvados, o Maxi, apesar do seu brio, algo desenquadrado, uma Dupla de atacantes perdida e inoperante (um pontapé do meio da rua é a excepção), apesar de tudo, um Sepsi que tudo fez por não se notar a ausência do colega substituto, os centrais que iam chegando para as encomendas, via-se que faltava o Di Maria para criar mais desequilíbrios, para a bola poder chegar mais à área adversária…
O Chalana, não se lhe pode atribuir as culpas que já herdou, mas nesta fase não basta só o carisma e a humildade, era preciso saber incutir nos jogadores um espírito de combatividade superior, uma motivação extra, para superar todas as dificuldades… não ficar tanto tempo à espera para atacar o resultado, sabendo que o pior que podia acontecer era ficar na mesma posição… sim porque, desde logo com a entrada do nº20, criámos ocasiões claras de golo, assim também o Luisão e o Edcarlos tivessem tido mais engenho… mas já não adianta, quando um colectivo não funciona não se pode estar a criticar ninguém em especial...
Posto isto, apesar de um adversário que soube explanar o seu futebol, mesmo que não tivesse perdidas flagrantes de golo, tem que se aceitar o empate, até por toda a inoperância e passividade já relatadas, que mesmo no final nunca foram muito contrariadas…
Assim, o Estrela possa jogar na cidade berço, descontraído e acutilante, apesar do fervoroso ambiente que lhe espera, é tudo o que nos resta, para poder continuar a alimentar uma míngua de esperança…
Claro que o último jogo, na Luz, ao invés, em vez de ser empolgante, uma casa cheia para a despedida, o 12º jogador…, vai ser assistido por desconfiados e impacientes adeptos, que por sua vez, vão contagiar a equipa (mais uma prova ao orgulho dos jogadores), à espera que, em Maio, haja outro milagre no futebol…
Uma palavra de elogio para a excelente época que está a protagonizar a equipa de Andebol, tendo ganho o 1º dos jogos da Final com o ABC....
Um comentário:
O que é mais duro de aceitar, é ver jogadores credenciados falharem passes de poucos metros, só na Reboleira foram mais de 40, isto não é só a falta de um treinador, já nasce com o jogador. Foi um desprezo total pela massa adepta.
Viva o Andebol.
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