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Benfica-1-Sporting-1 (3-2 g.p.)
Se apenas analisarmos esta final empolgante em torno do lance infeliz dos juízes que também queriam ter brilhado, se não evidenciarmos o esforço e o trabalho desenvolvido pelas duas equipas por alcançar este troféu, o colorido e a emoção envolventes dos adeptos, o suspense presente até ao último chuto, os falhanços ou as defesas meritórias, então podem ficar apenas pela leitura do título…
Por mais que alguém quisesse desprestigar o valor desta Taça, por razões ocultas e diversas, ao nível desportivo tem o mesmo valor do que qualquer Troféu, mesmo a imponente tradição também já foi um insignificante recém-nascido, sendo este o segundo ano de uma saudável e prometedora competição.
Claro que as opiniões dividem-se, era muito melhor que estivessemos a falar de Provas europeias, ou da principal disputa a nível nacional, mas quem desdenha tão simples façanhas ou não tenha sabido provar que tem um plantel da mesma igualha, que tenham a melhor sorte no percurso uefeiro, que subam ao monte olimpo, atingam o extase da emoção, mas consigam finalmente com isso perder tanta arrogância em favor duma sã e humilde convivência.
Mas voltemos ao sul, à conquista desta final, sofrida, como não podia deixar de ser, assistida por uma multidão, vibrante no campo ou nervosa em frente do televisor, meio Portugal expectante, à espera da febre daí resultante, duas equipas que não queriam por nada perder… ambas destroçadas pela fraca classificação, apesar de faltarem oito semanas para o término do Campeonato, apostavam tudo, neste dramático jogo, para readquirir a confiança perdida, qual balão de oxigénio para permanecerem imunes às aves de agoiro que vivem de cenários conturbados…
E foi assim, em tons de vermelho e branco que, na noite primaveril algarvia, se escreveu uma história com um final feliz… a qual dará certamente mais alento para continuar a trilhar esse penoso atalho até ao caminho outrora calcurrido e triunfante.
E o jogo até começou com uma excelente oportunidade para o Benfica, mas o Nuno, não quis apressar a festa, e a partida foi seguindo muito cerrada, jogadores receosos do risco, nem sempre um futebol vistoso, a bola disputava-se no centro do terreno, com o Sporting mesmo assim mais instalado no nosso meio-campo, a tentar chegar à nossa área em jogo corrido. O Benfica apenas o fazia pelo ar, o perigo vinha quase sempre de bola parada… mas não resultavam oportunidades flagrantes, apenas o suor.
No início da 2ª parte com a obtenção do golo leonino, não se antevia nada de bom, pois o desenrolar da partida, o fraco caudal ofensivo do Benfica não tinham suscitado muita expectativa, a crença duma reviravolta estava bastante condicionada…
Mas o jogo lá foi continuando, ao contrário do que se esperava, o Sporting não se veio a afirmar, nem o Benfica se inferiorizou em demasia, apesar de apenas continuar a chegar à area contrária em lances pelo ar. Foi num desses cruzamento em que a bola vai à trave que nos fez de novo acreditar… e pouco depois, mesmo para os mais incrédulos, o empate viria mesmo a acontecer… e logo numa jogada corrida, sem que a bola batesse no braço e houvesse falta para assinalar. Foi então, no minuto 77, (“o do roubo”) mesmo com alguns minutos de suspense e murmúrios, que o Reys lá correu (e eu ajoelhado em oração) para converter a grande penalidade.
A partir da reposição da igualdade, viu-se um pouco mais o Benfica, muito à custa da superioridade numérica, aparecemos a circular mais a bola mesmo que não criassemos grandes oportunidades. O desfecho foi assim inevitável, ficando reservado para o fim a sorte e a emoção do resultado, que seria desfeito através de 10 pontapés da marca de grande penalidade…
Claro que tudo poderia acontecer, dependia da decisão dos jogadores e da inspiração dos guarda-redes (da corrente de oração), o Quim tinha um teste dificil para mostrar as suas capacidades mas, após longa ausência, voltou a demonstrar a sua classe e se calhar, à custa do sacrifício do Moreira, é chegada a altura de voltar à titularidade…
Por muito que custe ao Paulo Bento, habituado a ganhar Taças, não foi ainda esta a mão cheia que mostrou por sentir alguma injustiça no lance da igualdade, o muito que dependia deste jogo, nada justifica a postura menos digna de alguns vencidos…
Afinal quem nunca foi beneficiado de uma ou doutra forma que atire a primeira pedra… só que assim é mais fácil desculpabilizar a falta de eficácia, as recentes goleadas infringidas ou as atribuladas ausências e desencontros com os jogadores… é sempre assim, a exigência e o sufoco dos resultados, a pressão dos adeptos, a ansiedade de preencher uma vida angustiada com as éfemeras alegrias das conquistas do futebol…
Porque afinal, a montanha pariu um rato, como se já não estivéssemos habituados a estes golpes de teatro ou lances mais duvidosos dentro das 4 linhas. Pois o grande Homem Lucílio Baptista veio dar a cara, passadas 24 horas no mesmo canal, quase com a mesma audiência, assumindo com grande frontalidade e humanidade o craço erro que cometeu, ficámos a saber que ele próprio queria ter saido da Taça a ganhar, mesmo que só nos lembremos duma das Equipas. Não que se possa voltar atrás, para a história já fica registado mais este feito do SLB, mas esta acção também fica na história da arbitragem em Portugal, quando foi que vimos isto, nos milhões de erros passados, com influência directa do desenrolar do jogos, quando foi que vimos alguém, impeluto Juiz, vir à Praça Pública reconhecer os seus pecados…
E quantos não terão sido já os erros legitimados, ao contrário deste jogo, que eram intencionais, e quantas vezes as faltas do meio campo, o enervamento propositado, a acção disciplnar indevida não influiu indirectamente no resultado. Posto isto, depois do Sporting não ter marcado mais nenhum golo nos 90 minutos e terem deixado o Quim defender 3 penalidades, quem é que errou mais: foi o Lucílio ou foram os jogadores do Sporting?!
Também no Benfica é assim, nesta altura um pouco mais imune à instanilidade imposta pela mediatização vigente, com o Rui Costa a trazer outro carisma e tranquilidade, também nós vamos seguido à mercê das glórias e dos desaires conseguidos… O Amorim deu conta desse sentimento que as críticas apontadas ao profissionalismo e competência marcam sobremaneira e são só as vitórias que diluem essa tenção e amargura, que fazem deles prodígios, mesmo que ainda ontem, na derrota anterior fossem uns perfeitos anormais…
Foi assim que, na alegria de alguns, muitos, reagindo com exuberância ao levantar da Taça ganha (um magnífico convívio familiar passado) e a frustração de outros, menos, recusando os prémios merecidos, se chegou ao final de mais este capítulo triunfante.
Uma somenos conquista para alguns, o único Troféu que nos faltava nos corredores da Luz ou de um futuro Museu Encarnado, para outros, a glória de mais uma Taça ganha, mais um passo pequeno para o Benfica mas um passo gigante para a sua estima e grandiosidade…
Se apenas analisarmos esta final empolgante em torno do lance infeliz dos juízes que também queriam ter brilhado, se não evidenciarmos o esforço e o trabalho desenvolvido pelas duas equipas por alcançar este troféu, o colorido e a emoção envolventes dos adeptos, o suspense presente até ao último chuto, os falhanços ou as defesas meritórias, então podem ficar apenas pela leitura do título…
Por mais que alguém quisesse desprestigar o valor desta Taça, por razões ocultas e diversas, ao nível desportivo tem o mesmo valor do que qualquer Troféu, mesmo a imponente tradição também já foi um insignificante recém-nascido, sendo este o segundo ano de uma saudável e prometedora competição.
Claro que as opiniões dividem-se, era muito melhor que estivessemos a falar de Provas europeias, ou da principal disputa a nível nacional, mas quem desdenha tão simples façanhas ou não tenha sabido provar que tem um plantel da mesma igualha, que tenham a melhor sorte no percurso uefeiro, que subam ao monte olimpo, atingam o extase da emoção, mas consigam finalmente com isso perder tanta arrogância em favor duma sã e humilde convivência.
Mas voltemos ao sul, à conquista desta final, sofrida, como não podia deixar de ser, assistida por uma multidão, vibrante no campo ou nervosa em frente do televisor, meio Portugal expectante, à espera da febre daí resultante, duas equipas que não queriam por nada perder… ambas destroçadas pela fraca classificação, apesar de faltarem oito semanas para o término do Campeonato, apostavam tudo, neste dramático jogo, para readquirir a confiança perdida, qual balão de oxigénio para permanecerem imunes às aves de agoiro que vivem de cenários conturbados…
E foi assim, em tons de vermelho e branco que, na noite primaveril algarvia, se escreveu uma história com um final feliz… a qual dará certamente mais alento para continuar a trilhar esse penoso atalho até ao caminho outrora calcurrido e triunfante.
E o jogo até começou com uma excelente oportunidade para o Benfica, mas o Nuno, não quis apressar a festa, e a partida foi seguindo muito cerrada, jogadores receosos do risco, nem sempre um futebol vistoso, a bola disputava-se no centro do terreno, com o Sporting mesmo assim mais instalado no nosso meio-campo, a tentar chegar à nossa área em jogo corrido. O Benfica apenas o fazia pelo ar, o perigo vinha quase sempre de bola parada… mas não resultavam oportunidades flagrantes, apenas o suor.
No início da 2ª parte com a obtenção do golo leonino, não se antevia nada de bom, pois o desenrolar da partida, o fraco caudal ofensivo do Benfica não tinham suscitado muita expectativa, a crença duma reviravolta estava bastante condicionada…
Mas o jogo lá foi continuando, ao contrário do que se esperava, o Sporting não se veio a afirmar, nem o Benfica se inferiorizou em demasia, apesar de apenas continuar a chegar à area contrária em lances pelo ar. Foi num desses cruzamento em que a bola vai à trave que nos fez de novo acreditar… e pouco depois, mesmo para os mais incrédulos, o empate viria mesmo a acontecer… e logo numa jogada corrida, sem que a bola batesse no braço e houvesse falta para assinalar. Foi então, no minuto 77, (“o do roubo”) mesmo com alguns minutos de suspense e murmúrios, que o Reys lá correu (e eu ajoelhado em oração) para converter a grande penalidade.
A partir da reposição da igualdade, viu-se um pouco mais o Benfica, muito à custa da superioridade numérica, aparecemos a circular mais a bola mesmo que não criassemos grandes oportunidades. O desfecho foi assim inevitável, ficando reservado para o fim a sorte e a emoção do resultado, que seria desfeito através de 10 pontapés da marca de grande penalidade…
Claro que tudo poderia acontecer, dependia da decisão dos jogadores e da inspiração dos guarda-redes (da corrente de oração), o Quim tinha um teste dificil para mostrar as suas capacidades mas, após longa ausência, voltou a demonstrar a sua classe e se calhar, à custa do sacrifício do Moreira, é chegada a altura de voltar à titularidade…
Por muito que custe ao Paulo Bento, habituado a ganhar Taças, não foi ainda esta a mão cheia que mostrou por sentir alguma injustiça no lance da igualdade, o muito que dependia deste jogo, nada justifica a postura menos digna de alguns vencidos…
Afinal quem nunca foi beneficiado de uma ou doutra forma que atire a primeira pedra… só que assim é mais fácil desculpabilizar a falta de eficácia, as recentes goleadas infringidas ou as atribuladas ausências e desencontros com os jogadores… é sempre assim, a exigência e o sufoco dos resultados, a pressão dos adeptos, a ansiedade de preencher uma vida angustiada com as éfemeras alegrias das conquistas do futebol…
Porque afinal, a montanha pariu um rato, como se já não estivéssemos habituados a estes golpes de teatro ou lances mais duvidosos dentro das 4 linhas. Pois o grande Homem Lucílio Baptista veio dar a cara, passadas 24 horas no mesmo canal, quase com a mesma audiência, assumindo com grande frontalidade e humanidade o craço erro que cometeu, ficámos a saber que ele próprio queria ter saido da Taça a ganhar, mesmo que só nos lembremos duma das Equipas. Não que se possa voltar atrás, para a história já fica registado mais este feito do SLB, mas esta acção também fica na história da arbitragem em Portugal, quando foi que vimos isto, nos milhões de erros passados, com influência directa do desenrolar do jogos, quando foi que vimos alguém, impeluto Juiz, vir à Praça Pública reconhecer os seus pecados…
E quantos não terão sido já os erros legitimados, ao contrário deste jogo, que eram intencionais, e quantas vezes as faltas do meio campo, o enervamento propositado, a acção disciplnar indevida não influiu indirectamente no resultado. Posto isto, depois do Sporting não ter marcado mais nenhum golo nos 90 minutos e terem deixado o Quim defender 3 penalidades, quem é que errou mais: foi o Lucílio ou foram os jogadores do Sporting?!
Também no Benfica é assim, nesta altura um pouco mais imune à instanilidade imposta pela mediatização vigente, com o Rui Costa a trazer outro carisma e tranquilidade, também nós vamos seguido à mercê das glórias e dos desaires conseguidos… O Amorim deu conta desse sentimento que as críticas apontadas ao profissionalismo e competência marcam sobremaneira e são só as vitórias que diluem essa tenção e amargura, que fazem deles prodígios, mesmo que ainda ontem, na derrota anterior fossem uns perfeitos anormais…
Foi assim que, na alegria de alguns, muitos, reagindo com exuberância ao levantar da Taça ganha (um magnífico convívio familiar passado) e a frustração de outros, menos, recusando os prémios merecidos, se chegou ao final de mais este capítulo triunfante.
Uma somenos conquista para alguns, o único Troféu que nos faltava nos corredores da Luz ou de um futuro Museu Encarnado, para outros, a glória de mais uma Taça ganha, mais um passo pequeno para o Benfica mas um passo gigante para a sua estima e grandiosidade…
3 comentários:
A verdade é que o trofeú está nas nossas vitrinas, mas muito mais que ganhar taças, seria para mim um orgulho maior se o meu clube, através do LFV, que vai defendendo a verdade desportiva o fizesse em alturas como esta. Isso sim seria de grande dignidade e provaria que não são falsas as intenções.
Se a Taça da Liga era irrelevante deixou de ser.
Saudações Benfiquistas
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