
Setúbal-0-Benfica-4
Mais um fim de semana nas nossas vidas, de futebol! O Benfica apenas iria jogar ao findar do segundo dia, quando a noite encobriu de novo o sol radioso da primavera que parecia ter começado perdido no Sábado cinzento e chuvoso.
Mais um fim de semana nas nossas vidas, de futebol! O Benfica apenas iria jogar ao findar do segundo dia, quando a noite encobriu de novo o sol radioso da primavera que parecia ter começado perdido no Sábado cinzento e chuvoso.
Assim, para contrariar a lenta mas insistente pluviosidade de Abril, não restavam muitas alternativas, os aglomerados comercias ou os espectáculos de pavilhão. Foi então que, depois de ter acompanhado os gaiatos às piscinas da Luz, decidi prolongar por ali a estadia, assistindo ao jogo dos 4-final de Andebol entre o Benfica e o S. Bernardo. Antes porém ainda houve tempo para visitar o Colombo (cheio que nem um ovo), lanchando e espreitando os novos espaços comerciais. Continuámos pelos parques subterrâneos e subimos ao Pavilhão onde nos esperava uma excelente partida de Andebol.
Algum público, uma claque ruidosa, uma equipa muito consistente, recheada de valores e boas individualidades. Após um começo dividido, o S. Bernardo soube impor alguma réplica, apesar de um plantel muito jovem, mas havia de ser o seu Treinador, um pouco mais experiente, que não deixou conter alguma ansiedade, protestando em demasia e com despropósito nervosismo, o que levou à sua expulsão do Banco. A partir daí, mesmo como discreto Treinador de Bancada, não conseguiu evitar algum desconforto dentro do campo, o Benfica foi aos poucos desbravando uma vitória muito expressiva, com brilhantismo, de tal modo permitiu fazer alguma rotação de atletas mais novos, com destaque para o Cláudio e Luis Nunes, já entrosado com a equipa principal, mas onde todos merecem um elogio especial, começando pelos mais mediáticos Carlos Carneiro, Rui Silva, Zaikin e o pilar Ferreirinha….
Entretanto, depois do dia climatéricamente tempestuoso, o Domingo acordou calmo, solarengo o bastante para declarar o estado de Bonança. O dia ainda iria ser longo, era preciso distrair e afastar o corpo para as adversidades acostumadas do jogo de logo à noite: Actividades ao ar livre, sair do buraco, cansar o corpo, ir ao parque, espraiar a vista, cultivar o espírito, visitar a família, terminar com trabalhos manuais para a escola do pequeno, no refúgio da casa, numa espécie de pré-estágio, antes de entrar na sala dos nervos com o écran todo encarnado.
O Campeonato precipita-se rapidamente para o final, os dragões, apesar de terem caído do alto de um sonho europeu, vão chegando para as tarefas internas, gerindo a moral e a distância pontual adquirida. Os Leões estiveram à beira do desaire mas, já eu fazia contas, se ficaríamos a 1 ou 2 pontos de distância, quando assistia aos últimos minutos da partida de Guimarães, quando em dois lances a história do rato velho Derlei e da raposa Liedson fulminante roubaram os três pontos em disputa, realçando o colorido verde da esperança.
Se já não fosse o bastante, nós tínhamos pela frente mais uma final, um jogo dificílimo para disputar, ultrapassar mais uma das equipas adversárias motivadas. Não tínhamos outra alternativa, ganhar os pontos em jogo, não apenas para deixar tudo na mesma, mas com uma força anímica para alimentar, um orgulho para conquistar, uma equipa para estabilizar, uma alma para reparar, um Benfica para engrandecer.
Entretanto, depois do dia climatéricamente tempestuoso, o Domingo acordou calmo, solarengo o bastante para declarar o estado de Bonança. O dia ainda iria ser longo, era preciso distrair e afastar o corpo para as adversidades acostumadas do jogo de logo à noite: Actividades ao ar livre, sair do buraco, cansar o corpo, ir ao parque, espraiar a vista, cultivar o espírito, visitar a família, terminar com trabalhos manuais para a escola do pequeno, no refúgio da casa, numa espécie de pré-estágio, antes de entrar na sala dos nervos com o écran todo encarnado.
O Campeonato precipita-se rapidamente para o final, os dragões, apesar de terem caído do alto de um sonho europeu, vão chegando para as tarefas internas, gerindo a moral e a distância pontual adquirida. Os Leões estiveram à beira do desaire mas, já eu fazia contas, se ficaríamos a 1 ou 2 pontos de distância, quando assistia aos últimos minutos da partida de Guimarães, quando em dois lances a história do rato velho Derlei e da raposa Liedson fulminante roubaram os três pontos em disputa, realçando o colorido verde da esperança.
Se já não fosse o bastante, nós tínhamos pela frente mais uma final, um jogo dificílimo para disputar, ultrapassar mais uma das equipas adversárias motivadas. Não tínhamos outra alternativa, ganhar os pontos em jogo, não apenas para deixar tudo na mesma, mas com uma força anímica para alimentar, um orgulho para conquistar, uma equipa para estabilizar, uma alma para reparar, um Benfica para engrandecer.
E para vencer, seja para manter tudo na mesma, seja para mudar mentalidades e desbravar o amanhã é certo e sabido que era preciso correr mais que o adversário, não os deixar jogar, trocar a bola com certeza e rapidez, aproveitar as oportunidades criadas...
E agora um pouco de fiolosofia, que o jogo até deu para me inspirar:
Independentemente dos jogadores titulares, das posições ocupadas no terreno de jogo, é sempre a atitude, o "pressing" que se exerça, a dinâmica e a segurança com que se troque a bola e a eficácia obtida na frente que sempre farão a diferença. É o equilíbrio e a confiança que se estabeleçam na equipa, a solidariedade e cumplicidade que haja no seio do grupo, a força e a ambição incutida no clube, a estabilidade e o apoio que se sinta da parte dos adeptos…
No Benfica é difícil reunir todos estes factores, haver uma base sólida de sustentação, parte-se logo do topo da pirâmide, que somos a melhor equipa, facilmente atingimos um estado eufórico, uma avalanche de frenéticos apoiantes ou um vazio e um silêncio constrangedor que dão lugar a contestações ruidosas e a críticas estruturantes…
Claro que a comunicação social anda a reboque das vitórias e dos insucessos do Benfica, é a notícia popular que interessa divulgar, a que tenha mais alcance mediático, o Benfica é que não pode andar a reboque dos títulos bombásticos e das notícias sensacionais…
Tem que evoluir de uma forma sustentada, lenta e positiva, com os pés bem assentes, com uma liderança forte que saiba gerir o enorme polvo que representa o Benfica, que em cada braço e actividade sejam recrutados, num universo tão amplo, as pessoas mais competentes e credíveis e que mais se identificam com o Benfica, como acontece no futebol com o Rui Costa, no Basquete com o Carlos Lisboa, etc.…
Por um lado o Benfica precisa de estar vivo para manter a máquina de propaganda comercial e então deixa expor-se em demasia, por outro lado são muitas as vozes e as opiniões que a matriz de um clube popular trazem para a ribalta.
Um exemplo: Bum dia de jogo grande para os azuis e brancos, em que bastaria um empate para prosseguir para uma impressionante meia-final europeia, alguns jornais preferem dar destaque à situação periclitante que uma derrota provoca no clube da luz… Porque é que será que o Porto com a sua brilhante prestação e resultados convincentes não se torna apetecível para falar e escrever?!
AS vitórias do FCP já são uma ideia feita, que é tudo consequência de uma a máquina já bastante oleada, com engrenagens sólidas, com jogadores que interiorizam toda uma estrutura e apresentam sempre os melhores resultados… Se alguém vem falar de algum detalhe ou levantar a ponta do véu sobre alguma situação mais ambígua são rapidamente transformados em inimigos, os Corpos Directivos assumem quase sempre uma postura de vítimas, a mesma que durante anos transformou os adeptos mártires em abnegados heróis, pois o que se nota é que quase sempre, por alguma ou por outra razão se sentem injustiçados e sofredores nas mãos de um país demasiadamente vermelho, o qual é preciso sem tréguas nem piedade tingir de azul…
Enfim, isto apenas para dizer, que o Benfica, tem que saber adoptar um rumo definitivo e ganhador, não que assente em eternas disputas pessoais ou clubistas, não que assente apenas à sombra de um passado glorioso, não que apenas interesse ganhar a todo o custo, mas feito do somatório do trabalho e da paixão que as pessoas com história e sabedoria dispendam a este grande clube, que não se precipitem com as decisões de um povo ansioso ou eufórico, mas que transmitam essa profunda vontade a todos que o representam, para que aos poucos possamos ir ressurgindo, readquirindo essa alma e esse fervor…
São preciso simultaneamente homens de coragem, preserverantes e de largas ambições, com um carisma inaudito, uma presença confortante, como representa o ícone Rui Costa… mas também é preciso que os adeptos estejam em sintonia, os que vão ao estádio que não assobiem, os que ficam em casa a sofrer que não desistam, criemos um elo de ligação muito forte entre todos, o ambiente quase sempre transporta consigo o cheiro do medo ou da confiança, e somos nós que temos primeiro que acreditar!
No próximo fim de semana, vamos correr contra o tempo, pela nossa saúde, adquiramos um bilhete, vamos encher o estádio, respirar alegria e confiança, partilhar um espectáculo de magia e de futebol, darmos as mãos em redor da equipa, afinal já só faltam 5 jogos, 3 no majestoso cenário da Luz, sejamos receosos ou destemidos, seja apenas por diversão, vamos levar o Benfica para sempre no coração!
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