quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Benfica BATE o Borisov, sem espinhas...


Benfica 2:0 Bate Borisov

Foi pelo entardecer, depois do regresso controlado do quotidiano, mesmo que mais enleados pelo tempo que vai paulatinamente afastando o Verão e os momentos relaxantes das férias, que haveria de (re)começar, na Lisboa cosmopolita, mais uma época, com a participação do Benfica nas provas da Uefa.

Mesmo que queiramos resfrear a expectativa, contornar a saudade imensa dos jogos gloriosos que fizémos na europa do futebol, como se não bastasse já lidarmos com a natural ansiedade que antecede todos os desafios, este ano, as boas exibições e os resultados já alcançados, faz-nos elevar ainda mais a fasquia, seguir com mais entusiasmo e redobrado interesse, o desenrolar de cada partida.

Foi assim, com a esperança renovada e os olhos colados no televisor, que assisti a mais uma pequena conquista, uma tranquila vitória numa esplendorosa noite europeia. O carrocel encarnado, apesar das alterações do plantel, conseguiu apresentar níveis exibicionais satisfatórios, praticando bom futebol, conseguindo alcançar, mais uma vez, todos os objectivos propostos.

Apesar de não termos entrado tão impetuosos e acutilantes, fomos conseguindo impor o ritmo e a estratégia, poque nestes embates é importante saber conciliar a eficácia no ataque com a estabilidade defensiva. Mesmo que tenhamos permitido algumas jogadas corridas e a bola na proximidade da nossa baliza, por alguns instantes, com o decorrer do jogo foram encontrando mais equilibrio e impondo um pendor mais ofensivo que veio a resultar na obtenção dos dois golos.

O Ramires é um jogador extraordinário que enche o campo todo, um diamante, tanto defende e corre até à última consequência, como aparece na área estonteante, seja com a bola nos pés, seja à procura dela, visando sempre a baliza adversária. A dupla muralha central atrás do peito do Javi, que oferece o corpo ao manifesto, quase são suficientes para defender o último reduto, o guarda-rede acaba por ser uma questão de pormenor, mas o Julio esteve bem em duas intervenções. O Maxi voltou guerreiro, tem que ganhar mais andamento; o Peixoto está a crescer e a ficar mais sólido, mas não pode facilitar; o Nuno, voltou para marcar, mas nós queremos sempre mais, mais acerto e intervenção; o Di Maria parece uma papoila saltitante, esvoaçando com o vento pelo campo verdejante, ai se o último toque ou remate fossem mais certeiros! Seria um quadro perfeito, da estirpe de um Moonet.
Na segunda parte fomos um pouco perdulários, por momentos permitimos novamente que a bola rondasse a nossa área, o golo teimou em não aparecer, seja por displicência ou falta de concentração (os árbitros de baliza pareciam de cera), mas nós habituamo-nos a ganhar por muitos, e afinal o caudal ofensivo foi suficiente para outro resultado, mas o esforço tem que ser bem doseado (Ramires por favor não te canses), a época vai ser longa e extenuante, e nós ainda não ganhámos nada...
Em Leiria, no último Domingo do Verão, vamos encher mais um estádio do Europeu, colorir as bancadas de vermelho, ajudar a alegrar o nosso povo, conquistar mais um jogo neste nosso cantinho lusitano, dar mais um pequeno passo para o Benfica, um grande passo para a nossa identidade.

Um comentário:

BT26 disse...

Esse ultimo paragrafo é que vai ser difícil,está lá o boi sousa...

Benfica sempre