domingo, 14 de março de 2010

Para a vitória Nacional, já só faltam +7!





Nacional 0:1 Benfica

Depois do amargo de boca de quinta-feira, a europa luminosa quase se rendia ao inflamado ambiente criado no palco de Lisboa, mas um golpe de teatro na parte final, quis manter o suspense para o ultimo acto, desta divina comédia… ao invés, o final de semana surgiu ensolarado com um largo sorriso estampado no céu, incentivando ao passeio e à saudavel prática de actividades ao ar livre...

Com a Primavera à distância de sete números para completar a 3ª linha do cartão de Março, a Estação mais viçosa e colorida do ano deu-nos uma pequena amostra dos seus propósitos, esmerou-se no ensaio geral, para promover a sua grande reaparição... premiando-nos com uma antecipada benção...

Com toda a benesse metereológica, o Sábado haveria de marcar o meu regresso ao Parque natural da cidade, numa claridade dourada que inundava o amplo verde, circunscrito entre o arboredo; durante a corrida, as várias imagens enamoravam o pensamento, a música do mp3 encantava-se com o melodioso chilrear das aves e a fresca brisa com aroma de pinho amantisava-se com o oxigénio extasiante...

Ainda antes do almoço, no começo da tarde, haviam de continuar as modalidades do triatlo, desta feita, deleguei nos catraios, a prova de natação, para mais tarde, já depois do abastecimento, pelo entardecer, com a presença duma suave friagem a despedir-se do por-do-sol, disputar na rua, novamente com os mais novos a mereceram a confiança, representando a equipa, com a dura prova de ciclismo. Um dos elementos, iniciado nas  primeiras pedaladas, optou antes pelos pés assentes no chão, pelos chutos na bola, afinal, cada um é para o que nasce e não se deve contrariar a vocação…

O acentuado arrefecimento precipitou o regresso a casa, a estafa também foi aliada dum rápido recolhimento, mas antes do serão caseiro, ainda fomos visitar os mais idosos no seu refúgio domiciliário, ajudar nas tarefas acostumadas, partilhar sentimentos de amor e lealdade, consubstanciar o apego que é dificil deixar de sentir...

O Domingo continuou sorridente, nós continuámos receptivos ao cumplice cumprimento e deixámo-nos seduzir pelo amor da natureza. Logo pela manhã, depois do leite e mel, atravessámos a ponte sobre o Tejo (a uma semana da invasão pedestre da Capital), e fomos assistir à celebração eucarística, bebendo do cálice da felicidade. Os ensinamentos de Cristo, explicados em parábolas, confrontam-nos com a nossa imperfeita postura, tomamos consciência que é a nossa orientação espiritual que nos dá capacidade para seguirmos um caminho de maior santificação, tendo Deus como divino modelo.

Depois da aula de religião e moral, de sabermos que é importante (se calhar com mais intensidade neste tempo quaresmal), perdoarmos os familiares, talvez um irmão, com quem tivémos alguma quezília ou desentendimento, abraçá-lo, ir ao seu encontro, não guardar quaisquer ressentimento - tal como o pai perdoou o filho pródigo e o irmão fiel não o soube entender... Com o coração quente, confortado pela liturgia e pelo abraço do Pai, voltámos felizes para a nossa morada...

À tarde, mais uma voltinha pelo sol, até junto da família, sem antes salvaguardar a ligação à Madeira (activando a Sporttv), para assistir, no regresso, à (8ª) final do Benfica. No destino, o futebol de rua, requerido pelos rapazes, não deu para mais que um breve aquecimento, depois da visita de médico, do café curto e dois dedos de conversa, pois na ilha estava prestes a começar mais uma crucial partida no percurso triunfante e glorioso.

Antes de assentar arraiais em frente do televisor, com os carrapatos a fazerem guarda de honra, dividindo o sofá, ainda sobejou tempo para ir à casa dos pais, em mais uma insignificante missão de serviço, no Canal Benfica, ainda espreitei o jogo da meia-final de Voleibol contra o Guimarães (acabaria com uns esclarecedores 3-0); pois com a recente adesão ao Meo, por minha influente opinião, o ilustre Canal ainda constituia uma novidade... (Neste fim de semana, aliás, fizémos o pleno de vitórias nas modalidades).

Com todos estes contratempos, cheguei quase em cima da hora ao local de estágio, já os pequenos tinham reservado o lugar cativo, a tv dava as primeiras imagens da Madeira, com uma excelente moldura humana, um cenário majestoso em fundo e uma importante partida pela frente.
O onze tinham algumas mudanças em relação ao último embate, o Fábio e o Amorim entravam para o lugar do César e do Maxi. As expectativas eram altas, por um lado, um estádio tradicionalmente difícil, por outro, saber se iria notar-se o cansaço dos jogadores ou até que ponto o Nacional estava imbuido, com o circunspecto Treinador ao lado do pensativo Presidente, dum espírito vingativo, perante o dissabor da primeira volta...

Desde logo se viu pela postura da equipa visitada que estava ali para defender, com armas e bagagens a sua baliza, a outra logo se via se era possível lá chegar, e talvez, gizando alguma jogada ocasional, quem sabe até levar vantagem. Com a estratégia desenhada em metade do campo, à espera duma perda de bola ou de um contra ataque fulminante. Por seu lado, o Benfica acusou alguma fadiga ou a falta de espaço, ia trocando a bola cá atrás e tentando jogá-la pelo ar, para encontrar zonas livres por detrás da muralha ou do pico ruivo repleto de jogadores...

Apesar de tudo, nas poucas investidas e insistências, com o Di Maria e Saviola em destaque não haveríamos de criar muito perigo. Nos livres à entrada da área, o Cardozo teve duas tentativas mas sairam goradas pelo guardião. E foi assim, com muita entrega pelos da casa, alguma disputa de bola, com o Benfica a procurar chegar ao golo, que finalizou a primeira parte. O Aimar ainda não ganhou o ritmo suficiente, tal como o Javi, mas este jogo serviu para ambos apurarem mais o físico e a confiança...

Na segunda parte, o Benfica quis apressar a obtenção do golo, entrou mais determinado, mais uma vez o David Luis desmultiplicou-se pelo relvado, transportou a bola pelo campo todo, mostrou raça e preserverança para a equipa conseguir alcançar a vitória. O Nacional continuava receoso, expectante, no seu meio campo, até que, numa jogada de insistência, o David apareceu fugaz e derrompante furando a defesa, sendo travado à entrada da área, quando se preparava para dar um safanão na apatia. Mas o Cardoso, mais uma vez, displicente, enganou o guarda-redes e a si próprio, colocando a bola fora dos postes, para desespero do J. Jesus e de todos os que assistiam ao jogo, como nós que nos sintonizámos com fé no aproveitamento do lançe, que já ia com uma hora de jogo...

Mas eis que, quando ainda digeriamos a contrariedade, numa jogada de génio, o Ruben entrou pela área, do lado direito, e serviu de bandeja o oportuno e fulminante goleador, para gaudio de todos e de si próprio, redimido e festejado pelos companheiros de forma efusiva e exuberante...

Até ao final, mesmo a perder, o Nacional não quis partir para a discussão do resultado, pelo menos de forma comprometida, foi apenas conquistando algum fulgor com o findar, todavia, permitindo ao Benfica esboçar várias jogadas de ataque ou de contra-pé, surgindo com superioridade e oportunidade para desferir o golpe fatal. O Maxi entrou muito bem mas não soube ser mais objectivo... e o Cardoso não soube picar a bola numa assistência do gigante Saviola...

E foi assim, com uma grande alegria que ecoou o apito do arbitro, garantindo mais uma vitória, repondo a vantagem sobre os directos rivais. Toda a equipa, o Rui Costa como porta-standard, festejou este triunfo, os adeptos da madeira também mereceram este prémio, todos sentimos que foi muito importante vencer antes da recepção ao Sporting de Braga...

Agora estamos mais balançados e confiantes para abordar este jogo, para alargar a liderança e cimentar a primeira posição (independente do que acontecer nos próximos 2 jogos). Temos que ter a determinação no limite, a crença e ambição de levar de vencida a única equipa que, até agora, nos conseguiu ganhar no campeonato; com esforço, ultrapassando os bracarenses, daremos um grande passo para alcançar o tão desejado título Nacional.

Pois o Sporting, confirmou que está em crescendo de forma, e vai ser um osso dificil de roer, o Porto parece que já está farto de lições, mesmo com baixos índices de confiança, ao contrário dos de arrogância, que o Bruno e Jesualdo não conseguem fazer baixar, mas isso são ladaínhas doutro rosário, o costume, a nós, só nos interessa uma coisa, ganhar!

Na próxima 5ª-feira, vamos ao sul de França, para disputar a passagem aos 4-final da Liga Europa, com o peito aberto e a confiança que advém da excelente carreira que estamos a traçar, mesmo que os da casa tenham alguma vantagem (milhões a mais gastaram concerteza no seu plantel), mesmo parante o inferno de Vélodrome, temos jogadores e colectivo para discutir o jogo, marcar golos e discutir a eliminação, mas prognósticos só no final, por volta da hora de jantar...

No Domingo que vem, com a chegada da Primavera, vamos ao Algarve para jogar a final da Taça da Liga, o Benfica vai defender e tentar conquistar de novo o troféu, perante um adversário ferido, que vai querer curar connosco a gangrena, mas nós, com a categoria e audácia já reconhecida, queremos arrebatar a primeira das finais, o prestigiante prémio que está em disputa. Seja qual for o desfecho de 5ª-feira, o Benfica tem que entrar para este jogo, com o empenho e o brio de quem quer vencer, começar já a dar alegrias a quem está tão faminto de comemorar…

Força BENFICA

2 comentários:

Nothingandall disse...

Agora ganhamos ao Braga por mais de dois e ficam seis pontos de avanço (que valem 6,99..); até vamos poder jogar com as reservas no Dragão, sem pressão...e ganhamos. Votei no blog na categoria de desporto. Gostava que considerassem um voto no Nothingandall na categoria de generalista (se acharem que merce é claro!)

Filipe Silva Nunes disse...

Desconhecia a existencia deste blogue..
Parabens pq esta mt bom! e sempre mais um espaco dedicado ao glorioso!! Ja linkei este blogue na lista dos meus sitios importantes xDd

Saudacoes Benfiquistas!!