domingo, 2 de janeiro de 2011
Luz viva..., esperança intensa!
Benfica 2:0 Marítimo (Taça Liga - 1ºjogo - fase final)
Depois das Solenidades, momentos festivos passados no recolhimento familiar, primeiro com a celebração natalícia, em torno do pinheiro, com a presença do menino redentor, mesmo que ausência do progenitor não deixasse contemplar a plena luz, deixámos que o convívio potenciasse o envolvimento jovial das crianças, a benção espíritual, pedindo nós, apenas ânimo e paz para enfrentar o advir…
Na verdade, ainda vamos ouvindo relatos de acções solidárias, de comprometimento com os mais carenciados, alguma ajuda calorosa entre a comunidade, contrastando com o egoísmo e com o pronúncio de crise, mas nunca se consegue evitar, até por morar num epicentro comercial, um quotidiano sem a envolvência e a azáfama consumista habitual…
Mas o Natal será sempre a festa mais fraterna, a mais comovente história da humanidade, que nos fará ser mais bondosos e caritativos com os demais, mesmo que muitas vezes fiquemos apenas no calor restrito do seio familiar…
O Ano novo, com outra expectativa e ilusão presente, augurar um novo começo, uma vida com mais ventura e progresso, momentos de saúde e felicidade, mas na mesma com o privativo companheirismo da família mais próxima, sem grandes euforias, apenas as crianças se manifestaram com mais entusiasmo, dando vindas ao ano 11.
Afinal é apenas um número que muda, mas de repente, passadas duas semanas, a luz do sol entrou-nos pela janela, já na tardia manhã de Sábado, anunciando um novo ano, o dia 1 do mês 1 do novo ano, tinha chegado com caricias, depois de alguns dias chuvosos e de muita instabilidade...
O 2º dia, dum qualquer fim de semana, avançava rapidamente em todos os novos calendário espalhados pela casa, trazia mais uma oportunidade para nos restabelecermos dos excessos na alimentação, do alcool e do chocolate ou da doçaria tradicional. Apesar do imenso nevoeiro que veio até à porta, aventurei-me a sair para a rua, para a primeira visita ao novo ano...
O mais pequeno quis levar a trotinete, enfiamo-nos no carrinho e subimos até ao cume da cidade, onde ainda foi possível vislumbrar o sol empaneado que sucumbia no horizonte que denunciava a presença imponente do Cristo Rei. Depois de uma voltinha no pequeno biciclo, fomos até à casa do Senhor, para ouvir as sentidas orações do Domingo da Epifania. Rezámos pelos ausentes, por uma vida melhor, e que o brilho da estrela nos consiga manter atentos pelo caminho, não deixe de iluminar com bondade e esperança…
E foi já noite, com as horas do jogo do Benfica a aproximar-se, que atravessámos de novo a cortina de nevoeiro, embalando para junto do calor do lar. Também na televisão os filmes sucediam-se, histórias de super herois e de encantar, de tal modo o tempo passou num apice, até que a Luz voltasse a acender…
14 dias depois, O Benfica voltava à ribalta, defrontava o Maritimo para o 1º jogo da Taça da Liga, num estádio com os dois primeiros aneis compostos para mais uma partida de futebol. A magia estava de volta, mesmo que a importância e as circunstâncias temporais não revestissem de grande brilho e atenção. Afinal, também nós precisávamos de recuperar a estrela do adepto mais fervoroso, ou talvez já antevendo o que se esperava do jogo, pois o descanso seria incoveniente para equipas sem ritmo de competição…
O Luisão e o Cardoso ainda por mais ordens de razão, não fizeram parte do plantel, mas Jesus ainda resolveu fazer descansar o Fábio, o Javi, o Aimar…, quanto ao resto, eram as apostas mais arrojadas, com um Salvio em excelente forma, o Gaitan um pouco mais na penumbra, o Kardec, que perdeu um pouco de folego em relação ao ascendente que vinha a demonstrar a quando da rendição do Cardozo, o Saviola que esteve num nível aceitável, tendo em conta a suas prestações desta época, um Sidnei que esteve impecável a substituir o mestre, fazendo dupla com o incansável compatriota, com o incomodo e aguerrido Maxi, apenas do lado esquerdo da defesa se notou mais a falta do titular, o conterrâneo do Coentrão ainda tem que calcorrear muita relva junto à linha, para se fazer jogador…
O jogo começou morno, o Marítimo aproveitou, porque não tinha nada a perder, para discutir o jogo, entrando com vontade de atingir a vitória. Em velocidade, mesmo que algo desapoiadas, esboçaram algumas jogadas de perigo, mas o Benfica, sereno, foi equilibrando, segurando mais a bola, com o Martins a querer segurar a batuta, mas com o Salvio a dar mais nas vistas, no controlo e transporte da bola, pelo lado direito, onde tinha um ajudante mais sólido e cooperante...
E foi com esta atitude positiva, com os jogadores mais tecnicistas, a trocar a bola na frente, com algum apoio do público, que chegámos ao golo, culminar duma bela jogada, com um pontapé irrepreensível, com uma trajectória fatal, para surpresa do guardião e gaudio da massa adepta…
No seguimento desta fase de bom futebol, em que a equipa foi crescendo, com o Airton em bom plano, tentando estar sempre presente, não complicando, mesmo sem a classe do Javi, tem vontade para se vir a tornar num notável substituto, que chegamos com naturalidade ao segundo golo, depois de uma jogada vistosa que resultou num livre à entrada da área, o Carlos Martins executou com mestria, e na recarga da defesa de recurso o Gaitan dá de bandeja para o Saviola encostar para o fundo das redes.
O resto do jogo foi nesta toada, com o Marítimo a tentar ficar à tona, o Benfica, sem acelarar muito a tentar ampliar a vantagem… À medida que o tempo passava, que não aparecia o terceiro golo, os forasteiros iam tentando forçar a obtenção dum golo, mas o tempo esgotou-se sem que o resultado final viesse a sofrer alterações. Ainda entrou o Amorim e o Jara, este ultimo, com toda a sua pujança ainda tentou marcar, mas a sua técnica e confiança não lho permitiram.
E foi assim que começámos um novo ano, um ciclo que se espera vitorioso, para catapultar o ânimo da massa associativa, para alegrar os nossos corações, trazer sempre presente a emoção, de sentir o Benfica glorioso, ter na alma uma chama imensa... reflexo da palma que almejamos para a nossa vida...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário