domingo, 9 de janeiro de 2011
Terminámos bem a 1ª volta a Portugal
Leiria 0:3 Benfica
A semana seguiu nas asas do tempo, desbravando um novo ano, espalhando esperança e paz pela terra, ajudada pelo vento e frequentes aguaceiros, certificando-se que a mensagem chegava a todos os habitantes deste cantinho banhado pelo oceano…
Depois do rescaldo da exuberância festiva, que nos catapultou o espírito para outros níveis de satisfação, a travessia era prolongada, mesmo que ainda sob a égide das boas festas, pois vislumbrava-se na celebração dos Reis, já no descambar da semana, com o entoar das janeiras, um último entusiasmo para enfrentar o deserto semanal…
A chuva foi uma constante, uma instabilidade que nos remete para o aconchego caseiro ao mínimo enfraquecimento da claridade, das enfurecidas investidas da mostruosa nublusidade. O sol parece intimidado com a fúria das colisões, deixando a terra embalar no cortejo do Inverno…
Chegou finalmente o fim de semana, o segundo Sábado do ano, já com a arrumação dos símbolos natalícios, o asseio do lar de volta à banalidade, tal como os hábitos desportivos e religiosos… Os focos acenderam-se de novo, primeiro nas piscinas da Luz, com o pequeno a desembaraçar-se da prolongada inactividade, depois no pavilhão da cidade, com o já infantil a tentar superar o comodismo, logo com um jogo competitivo, depois da retoma dos treinos…
Quando o gongo soou pela última vez, o cesto do adversário tinha acabado de sentenciar a derrota, mas a aprendizagem é o que mais importa. E depois do almoço merecido, como se a lição não bastasse, foi tempo de alimentar a alma com a doutrina da Catequese. E o resto do dia perdeu-se entre quatro paredes, desfrutando o convívio familiar, enquanto lá fora se ouviam outros prolongados temporais…
O Domingo, começou com a cinzenta tonalidade mas, para os mais crentes, antevia-se uma melhoria do tempo, e a chuva deixou de constituir uma ameaça, com o desenrolar do dia, chegaria mesmo o apaziguamento do céu…
Logo pela manhã, derivado ao imprevisto jogo de basquetebol, seguimos para terras interiores, contornado o estuário do Tejo, para acompanhar o atleta, aproveitando para ir à Igreja numa Paróquia rural.
O Batismo do Senhor, era o episódio abençoado que nos ajudou a interiorizar a mensagem cristã, a fazer a introspeção ao nosso comportamento, antes de voltarmos às práticas terrenas, assistindo à partida desportiva e ao desempenho do filho...
A tarde chegou derrompante, horas de lazer e recreio, já esperando o jogo do Benfica, que iria assinalar o começo do serão…
Os rivais tinham ganho os seus jogos, nas vésperas, o Benfica estava na encruzilhada pontual, só lhe restava ganhar, somar mais uma vitória, a partir daqui vai ser uma corrida de fundo, ganhará quem tiver mais moral e souber dosear o esforço…
À hora do jogo, divididos os écrans pelos olhares e entretenimentos diferenciados, lá estava eu defronte do grande écran panorâmico, em canal HD, para não me escapar patavina de emoção… Apesar das tonalidades esverdeadas não serem o palco majestoso que todos estávamos à espera, apesar das câmaras longínquas não favorecerem o melhor visionamento, desde logo o encarnado foi sobressaíndo, palpitando sobre a relva, fazendo deslizar a bola até às redes contrárias, que esta lhe tocasse em qualquer ocasião…
Tirando o Aimar, a quem parece terem feito mal as Festas, todo plantel estava à disposição, as peças chave estavam em acção, com as torres de volta: ao eixo da defesa, no cerramento de fileiras e na artilharia da frente, todos já com a aprovada aptidão…
Apesar de tudo, os visitados, na fortaleza leiriense, estavam bem cotados, queriam manter essa postura, e a réplica dada, apesar da supremacia encarnada em crescendo, foi sempre muito cerrada, com um experiente Ze António a comandar a defesa e frenéticos atacantes a tentarem desferir cruzadas fatais.
Apesar de tudo, as investidas leirienses não eram muito consequentes, notavam-se falta de homens na área, e o Benfica, mais pelo lado direito, com a dupla maravilha, com uns pés esquerdos de oiro, iam construindo lances de golo, provocando pânico nas imedeações da baliza do gigante guardião. O Saviola está a começar a aparecer com mais dinâmica e rentabilidade, e foram dele as melhores ocasiões: a melhor jogada, furando pela área, rematando em arco, e o melhor golo, com um pontapé de primeira, no meio da área, alcançando a glória…
No meio, apesar de tudo, havia muita disputa de bola, os da casa não se rendiam, e mesmo que o Benfica quase chegasse ao segundo ainda antes do intervalo, o Leiria foi tentando recompor-se...
No reatamento da partida, a motivação do Leiria veio ao de cima, o ímpeto atingiu o seu auge, mas o Benfica nunca se deixou desequilibrar, com toda a equipa a correr, a lutar pela posse de bola. Com o desenrolar do jogo, o Leiria tentou arriscar mais, os espaços foram surgindo com mais frequência, as jogadas pelas alas foram uma constante, o Fábio e o Salvio começaram a dar nas vistas, mas havia de ser o Gaitan a estar no sítio certo para empurrar para o fundo da baliza, depois de uma assistência sagaz do Cardozo. Depois da vantagem, jà perto da meia hora, foram precisos mais de 50 minutos para ampliar a vantagem.
Depois disso, ainda houve um pontapé no poste do Salvio, o Jara entrou com a sua força para assistir o Cardoso, no seu regresso aos golos em 2011, o Amorim está cada vez com mais consistência física e competitiva, a equipa está a subir os níveis de confiança e a apurar os índices físicos, que só a soma das vitórias consegue fazer rentabilizar…
Em relação às exibições individuais, quis parecer-me que o Carlos Martins, está com algumas dificuldades para se afirmar na sua plenitude, não está muito confortável em espaços curtos, por oposição à sua visão de jogo e combatividades em crescendo, terá que melhorar ainda a sua agilidade… tal como o David Luiz que está enorme na sua entrega e dedicação, mas devia jogar mais simples e eficaz na hora de libertar o esférico… o Luisão não compremeteu, esteve seguro, foi bom para ganhar ritmo, apesar da injustiça para o Sidnei que vinha a jogar com muita classe…
Quanto ao resto, estiveram ao seu nível, o Salvio talvez não desse tanto nas vistas pelo peso do factor visitante, apesar de ter terminado em alta, e o Javi ainda estava um pouco perro, afinal aos 14 dias do último jogo, temos que adicionar mais 7, o que torna muito extensa a sua ausência.
O Próximo jogo é já na 4ª-feira, no primeiro de dois contra o Olhanense, um embate a meio da semana a contar para a Taça de Portugal. Nesta prova prestigiante, apesar das trocas nos titulares, não devemos facilitar, para seguir com a ambição em alta, visando a sua conquista, no culminar da festa tradicional, em pleno Jamor.
Até lá, está já à porta, a segunda rodada semanal, o trabalho e a escola convidam para continuarem as tarefas com brio e preserverança, o ano vai surgir mais sorridente, apesar do frio, fiados no boletim metereologico, mas é a esperança e o amor que não podem faltar nas nossas vidas…
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