quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Mais uma vitória no Condado...!
Rio Ave 0:2 Benfica (1/4 final Taça Portugal)
O Domingo revelou a outra face dum fim-de-semana, gelado, cercado por nuvens impenetráveis aos raios de sol… mas apesar do negrume do tempo, erguemo-nos cedo para um passeio campestre, até às terras circundantes ao Palácio de Queluz, antes porem, fomos cumprir a obrigação cívica, votar no senhor presidente...
As preferências políticas não são relevantes, as cores dos ditames de Belém também não, por isso há que fazer uma opção sensata, evitando a despesista segunda disputa, dando mais um mandato ao Cavaco, já com larga experiência à frente dos destinos do país...
A viagem trazia motivações desportivas, com efeito uma partida de futsal antecedia um faustoso banquete a convite do conde local. Depois do digestivo elixir encetámos viagem de regresso aos aposentos citadinos, afastando-nos da vila, sob um crepúsculo circunspecto que se refugiava no entardecer...
A noite, depois da confirmação dos resultados eleitorais, ainda ficou mais invernal, com a chegada da chuva gelada que se fez anunciar no beiral...
A semana escancarou então as portas, desvendando o mesmo papel cenário, um conturbado ajuntamento nebuloso pairava no ar, apesar do dia se pautar pela ausência de precipitação... Os meninos começaram a dar mostras de alguma fragilidade perante as adversidades temporais, mas foram seguindo os seus trâmites escolares… enquanto os pais enfrentavam a azáfama laboral…
A terça-feira continuou de semblante carregado, todavia algumas brechas permitirem um espectro de luz, reflectindo oiro nas janelas dos edifícios mais sobranceiros da colina coroada pelo Cristo Rei… com o girar do planeta, o sol de pouca dura fez mesmo uma aparição vespertina, mas desapareceu da mesma forma inesperada…
Era já o pronuncio de uma manhã de quarta-feira, caiada de azul, com uma barra disforme de nuvens, soltas no acaso celestial, com a meia lua especada no panorama que nos esperava à saída de casa… o sol foi encadeando sorrisos, inspirando os mais desafortunados, com soalheiras miragens banhadas de oiro e alegria…
Claro que não era alheio a todo este ecanto, o jogo do Benfica, na noite da Vila do Conde, e rapidamente chegados a casa, depois das tarefas primordiais, já com o cachecol encarnado ao pescoço, tentei isolar-me no meio da multidão, sentado-me em frente do televisor.
O Jogo era complicado, por isso o Jesus não facilitou e fez alinhar a mesma equipa, com excepção do Javi que dava lugar ao Airton nas funções fulcrais e da acostumada rotação dos guarda-redes…. O Benfica entrou por isso com um ritmo forte, tentando impor o seu poderio, alcançar o golo, com o Aimar sempre nas tarefas de distribuidor, jogando pelas alas, mesmo que esbarrando na oposição aguerrida do Rio Ave, bem escalonado e com jogadores traquejados na defesa… Apesar de tudo as oportunidades foram surgindo, com mais ou menos regularidade e evidência, mas com os encarnados a demonstrarem mais acutilância e supremacia…
Mas, num lance de contra ataque, o João Tomás aparece com espaço na area, aproveitando o toque por trás do Coentrão para forçar uma queda aparatosa que enganou o auxiliar no enfiamento da jogada… Só que Deus devolveu a César o que lhe pertencia, e tudo recomeçava da estaca zero, com uma movimentação progresiva e mais ntensa por parte do Benfica, por ambos os flancos, onde os extremos, coadjuvados pelos laterais, apareciam com frequência e aptidão…
O Saviola teima em não produzir o vistoso futebol, mesmo que passada meia época continue em crescendo, e o Cardozo teima em não saber jogar fora do habitat, ainda por cima, desperdiçou uma grande penalidade, para maior desespero…
Só que à segunda tentativa, depois dum penalti bem assinalado, o primeiro podia aceitar-se outra decisão, à lei da bomba, lá conseguiu introduzir o esférico no fundo das redes, para explosão dos adeptos e minha satisfação…
Até ali, os protagonistas tinham sido os guardiões e os árbitros, à mistura com algumas falhas na concretização, mas depois da vantagem alcançada, o jogo ganhou tornou-se muito mais dinâmico e intenso, mais equilibrado na divisão da bola, mas sempre com um sinal mais e com jogadas mais perigosas junto da baliza do Rio Ave…
O público aderiu a esta noite de futebol nos Arcos, terra do Coentrão, e não deu por mal empregue o entretenimento, mesmo que os encarnados ficassem com mais agrado, pelo resultado e boa exibição.
O Airton esteve melhor que no último jogo, mais confiante na parte ofensiva, o Coentrão brindou os seus conterraneos com mais uma grande prestação, também era o que faltava exigir-lhe golos, o Salvio está a afirmar-se como um grande futebolista, começou timido mas acabou em grade forma, está a impor-se de maneira mais persistente e incisiva.
O Martins também entrou melhor do que na última partida, mais calmo e sobrio no seu desempenho, os centrais intransponíveis fizeram o seu trabalho na perfeição, o David queria por a cereja no topo, despedir-se em grande, mas sairam goradas as suas intenções, se o negócio for por diante, as oportunidades são para aproveitar, de parte a parte, desejo-lhe muita sorte e agradeço a sua dedicação…
E foi assim, com mais um golo na parte final, depois de um remate do Cardozo a tabelar no defesa que, finalmente, selámos a passagem para as meias finais desta famosa competição, onde mediremos forças com o velho rival, num classico a dois jogos para decidir a ida ao Jamor, palco da final…
No Domingo, penso que poderemos fazer descansar mais alguns jogadores - até porque a meio da semana vamos ter mais uma hora e meia de grande combatividade física e psicológica - mas sempre concentrados na procura de mais uma vitória, desta feita na Vila das Aves, visando o carimbo de mais uma meia final, com sabor a final, para a Taça da Liga… Força Benfica!
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