
Nacional 0:2 Benfica
Ainda na recta final das férias, depois duma prolongada estadia no interior do país, de largos quilometros viajados por terras distantes do centro-norte do território, passados tantos episódios familiares, expostos à autenticidade do lazer e da emoção, esperamos que todas as recordações vividas, nos aperfeiçoem a maneira de ser e dêem alento para continuar…
Nunca deixei de acompanhar o Benfica, de ver os jogos sempre que pude, uma paixão nunca se arreda do sentimento, mesmo que às vezes se sobreponham outras sensações ou se valorize mais outra maneira de estar…
Assisti ao empate na Holanda: depois de entrarmos a perder, conseguimos revirar o resultado e demos uma boa réplica; mais tarde veio a vitória na Luz sobre o Feirense, que não consegui acompanhar, apenas o começo radiofónico até ao golo do Nolito, e mais tarde, na BenficaTV espreitei algumas imagens, e vi o golo soberbo do Bruno na parte final…e finalmente o jogo do apuramento europeu, com uma exibição de encher o olho, com uma vitória contundente sobre o Twente, que se mostrou um adversário forte, com o Witsel a ter um excelente desempenho…
Assisti ainda ao sorteio milionário dos campeões, com o Benfica a calhar em sorte no grupo C, com o Manchester, Basileia e Otelul, e que em teoria é acessível para pensar na fase seguinte, mesmo que seja evidente a supremacia do United.
E foi assim, ainda um pouco desfazado da rotina, apesar da rápida ambientação ao local, às gentes e aos costumes, que chegou o momento de estar de novo em frente à saudoza e ampla televisão da minha modesta casa, junto do calor familiar, para seguir o jogo do Benfica, desta feita na ilha da Madeira, frente ao Nacional…
O jogo começou vistoso e brilhante com o encarnado garrido na procura da baliza, para manter a senda vitoriosa, mas os da Choupana, sempre na expetativa, tentavam no contra ataque, surpreender com antecipação e velocidade… mas o nevoeiro começou a envolver o jogo, as cores começaram a ficar esbatidas, na palidez da noite, no meio de tanto apito, no atropelo das faltas, na marcação cerrada dos da casa e do tempo…
Mesmo assim, depois de tanta interrupção, lá conseguimos descobrir o caminho do golo, um centro bem medido do Gaitan, encontrou uma forte cabeçada do Cardozo, no coração da área, para abrir o marcador, decorria 20 minutos de jogo… Logo após veio outro desconto, uma pausa que quebrou a intensidade e a partida foi-se arrastando para o intervalo no meio da névoa e da lentidão…
Na segunda metade, teríamos que esperar quase 50 minutos para ver outro golo, mas valeu a pena, já com a imagem bonita, uma corrida louca e mais um golo vistoso do Bruno, depois da hora, que veio coroar a vitória com glória e distinção… é certo que a magreza do resultado até tão tarde, trouxe algum suspense ao resultado, mas a vantagem numérica e a posse de bola, a moralização existente foram mais que suficientes para aguentar os três pontos… o Nacional ainda tentou forçar no reatamento e na parte final, mas nunca foi muito esclarecedor e objectivo nesses intentos…
A equipa no seu todo esteve coesa e personalizada, mas sentiu-se um pouco a ausência da consistência defensiva do Garai, no entendimento com o Emerson, o Aimar foi incansável, no lugar do Saviola, o Witsel desempenhou bem o papel do Aimar, o Javi continua solitário mas compenetrado na sua tarefa defensiva, mas foi vítima da ausência já referida e da inconstância dos laterais. O Artur também continua imperturbável e impenetrável e o Cardozo esforçado, mesmo que limitado, lá vai conseguindo levar a água ao moinho…
Força Benfica…vamos continuar com a mesma cadência e ambição, empenho desmedido e união...
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