Gil Vicente 2:2 Benfica
A semana foi desbravando o Agosto com dias de verão escaldantes, para enganar as férias fomos mergulhando no ar condicionado do trabalho ou desafiando a quentura do fogão, do jeito que o calor permitia, fomos escapando pelas sombras, viajando nas asas das imagens que nos esperam ao virar da quinzena, no meio da natureza…
Os gaiatos já foram para o refugio de montanha, para junto dos primos e da matriarca, que juntou a ninhada de netos, lá vão fabricando os sonhos, no modesto albergue feito de sacrifício a favor do bem-estar dos descendentes, com as indispensáveis acomodações, seguindo a necessária terapêutica anual de regeneração…
Nós, cá ficámos na cidade, ultimando o desejado reencontro familiar, afinando os preparativos, deslizando na demora, sabendo que o efémero acabará por chegar, apenas rezando para que tudo corra pelo melhor, aliado do merecido descanso…
Ainda fizemos algumas refeições familiares, para a despedida da cidade, e no findar da semana, momento solene de início das desejadas férias, ainda assisti ao primeiro desafio do Benfica, que ditava a entrada desta temporada, na primeira Liga de futebol…
A história rezava que desde 2005 não conseguiamos vencer na abertura, este ano, com o Benfica mais forte e coeso, já com grande rodagem, esperava-se um começo derrompante,
para acabar de vez com esta malfadada tradição…
O Jantar não permitiu ver o começo a partida, a noite convidava ao convívio no exterior, um fausto banquete que aludia à descompressão e conversa, de tal forma só consegui chegar à frente do televisor por volta da hora de jogo, o resultado corria a favor do Benfica, apesar da magra vantagem…
A equipa do Benfica dominava o jogo, apesar da replica do Gil Vicente, que apesar da desvantagem não se desconcentrava das tarefas defensivas, apostando tudo num contra golpe… e na verdade, o jogo correu de feição aos da casa, num lance fortuito, já no findar do ultimo sexto da partida, num remate do fim da rua, o carrasco Laionel, colocou a bola dentro da baliza, empatando novamente a partida…
Não seria de esperar que, depois duma vantagem preciosa, logo no começo do embate, com o entusiasmo dos adeptos e o futebol praticado, tal reviravolta pudesse vir a acontecer… Talvez porque não fomos eficazes o suficiente para alargar o resultado ou talvez porque não soubemos segurar a bola o bastante para controlar a vantagem e esta inesperada reacção…
É certo que foram dois golos fortuitos, em outros tantos lances de sorte e azar, apesar da boa execução, se calhar dificeis de evitar, mas o Benfica fez tudo para ganhar, teve o jogo na mão… poder-se-á dizer que a saida do Aimar, ao intervalo, mais tarde do Gaitan, a somar à ausência do Luisão e do Cardozo retiraram referências no esqueleto base da equipa, mas não é menos certo que os elementos chamados ao relvado deram boa conta de si, com excepção do Jara, que, voluntarioso, não foi o matador que a equipa precisava…
Enfim, ainda não foi desta que vencemos, mas é preciso não baixar o ânimo, foi um jogo atípico, mesmo que o Benfica tenha obrigação de fazer melhor e assentar mais o jogo, estabilizar ao nível da ansiedade, fizemos uma boa exibição e devemos continuar como mesmo empenho e determinação…
Agora, a ausência em parte incerta, no merecido gozo de férias, longe da civilização, vão impossibilitar que possa manifestar a minha opinião nos próximos jogos, na eliminatória frente ao Twente e no jogo da 2ª jornada, na Luz frente ao Feirense…
Espero que corra tudo pelo melhor, consigamos o acesso à Liga milionária e trucidemos o Feirense na Luz, para gaudio dos adeptos e encorajamento dos jogadores, reparação da auto-estima e afirmação da nossa força… com muito orgulho e paixão pelo Benfica!
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