sábado, 10 de setembro de 2011
Um(a) vitória, clara... ou negra!
Benfica 2:1 V. Guimarães
Já com rotina entranhada, da vida citadina, uma semana de trabalho bastou para diluir a ilusão... trocamos já a felicidade por um curto fim de semana...
Com o pronúncio do quotidiano escolar à vista, o sol é o único companheiro da viagem louca pelos confins da existência, espalhando amor pela terra à passagem do cansado Verão...
A cor vermelha vai tingindo o sonho, ocupando o espaço deixado pela diversão, vamos pintando a alma, com estas pequenas coisas, mantendo vivos o encanto e a sedução...
O Benfica jogava ao final da tarde, já o sol se tinha desenvencilhado das névoas, chuviscos fracos que quase nem molhavam o chão, já as luzes se acendiam na estrada da Luz, para receber a noite cada vez mais apressada... Ainda tinha pensado ir assistir ao jogo, mas resolvi adiar a minha ida ao estádio para outra oportunidade...
40.000 pessoas não hesitaram e foram ver o glorioso, eu, com mais outra indecisão, acabei por perder meia hora do jogo... Sabendo que a próxima partida era contra o M.U, na quarta uefeira, gala dos campeões, resolvi activar o canal SportTv, mesmo sabendo que é preciso estancar a magreza orçamental, prefiro renunciar a outros luxos...
E até que chegassem as imagens, o dia foi passado no quarteirão, dando atenção à família, em especial à querida avó dos meus filhos, e talvez por isso fui paciente com a chegada da emissão, confiante que estava no desempenho do meu papel e nos dos futebolistas...
E não me enganei, o écran trazia a alegria brivante do relvado, com o berrante manto encarnado,o envolvente ambiente, o marcador com uma bola a zero... O Benfica jogava animado, enchia o campo, corria veloz atrás da vitória e praticava bom futebol...
O Bruno grajeou a titularidade, o Saviola fazia dupla com o Cardozo, o miolo estava bem entregue ao Witsel e Javi, mas quem dava mais nas vistas era o Gaitan, com mirabolantes jogadas..., na rectaguarda o muro impenetrável, pelo menos na parte central, o Emerson começa a ganhar exuberância, mas ainda não está livre de alguma tremideira...
E tudo corria de feição, no aperto das jogadas, os defesas faziam de guarda-redes e o arbitro assinalou a terceira penalidade... o Cardozo não se fez rogado, e numa tímida paradinha, o Nilson, que no resto não facilitou, não teve como evitar o segundo golo...
A segunda parte retornou com o alento e ambição, mas nem mesmo as entradas do Nolito e do Aimar trouxeram o antídoto para ampliar a Vitória... Este por sua vez, com a entrada do genial Assis, começou a acreditar e a segurar mais a bola, acabando por reduzir a vantagem...
Antes disso, era o Benfica que empolgava, que esteve próximo do terceiro, mas num lance corrido, o Edgar disparou convicto e furou o Artur, a partir daí o Benfica tentou estabilizar, jogando com mais certeza, ainda assim sempre próximo da baliza contrária, mas com o decorrer do tempo, o Guimarães foi tentado a lançar a sorte com o seu mago Assis...
O público sentia que a equipa tinha correspondido e esforçado, merecia a aclamação, ansiava pelo fim, para festejar mais uma vitória, e o novo treinador vimaranense, até acertou no prognóstico do golo sofrido, mas esteve muito longe do tríduo de nomes (o seu, da equipa e da partida) chamado vitória...
Já com a noite a salientar o brilho do vermelho sob o fundo esverdeado, mais os homens de negro, abandonaram o palco, debaixo dum forte aplauso, felicitação para os vencedores e pra os dignos vencidos, que agradeceram à facciosa claque...
Na 4ª-feira regressamos à galáxia do futebol, com o competitivo e resistente Manchester a querer dobrar o fulgor e a classe do Benfica... mas nós, empurrados pela projecção do clube da águia, com os jogadores unidos e lutadores, tentaremos obter um resultado encorajador, com o apoio do público adepto, para correr atrás duma época de sucesso...
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