domingo, 18 de setembro de 2011

Nuestro hermano Nolito...!

Benfica 4:1 Académica

Os dias foram arrastando o Verão para o derradeiro fim de semana, encurralando-o no tempo curto do entardecer, resistindo ao ultimo sopro abrasador…
A escola foi impondo o seu ritmo, avivando repetidos trajectos, o cumprimento de rigorosos horários, os professores saíram a terreiro para virem ao encontro dos seus (novos) alunos…

O sábado adiou a rotina, com promessas de despedida, uma temperatura amena veio convidar-nos para um passeio ao campo, para reunir em família, dar uma extenuante pedalada…

A segunda metade do descanso amanheceu doce e terna, com um beijo de parabéns açucarado, os filhos também me envolveram em alegria, ainda por cima estava rodeado do carinho da querida mãe… enquanto o sol sorria lá fora em loucas brincadeiras com o vento…
A maior riqueza é o amor fraterno, a prenda mais valiosa é a companhia, a comunicação dos amigos e o tempo sereno que nos vai acolhendo em serenidade, e mesmo que os anos tragam a velhice, é a troca justa por momentos de felicidade…

E a noite fui chegando de mansinho na margem sul, mas num bairro de Lisboa, a luz intensa enfrentava a escuridão, o brilho do acontecimento prolongava-se em mais hora e meia de emoção…
O Benfica poupava alguns jogadores, dando hipóteses a outros de mostrarem a sua valentia, só assim se poderá saber com quem contar, qual a potencialidade do plantel, sem por em causa a vitória, imprescindível nesta caminhada extensa até ao final…

A defesa mantinha-se coesa e certa, no eixo central circulavam na locomotiva: Matic, Witsel, Saviola e Cardozo, com a ajuda exterior do Bruno e do Nolito… a partida desde logo evidenciou um Benfica dominante, em razão do clima de confiança, mas a Académica também estava moralizada e não tinha nada a perder…

Os minutos foram avançando nesta toada, os forasteiros briosos e solidários na disputa da bola, um Benfica aos solavancos, com alguma falta de controlo e mais qualidade na posse de bola, afinal estavam de fora os dois com mais técnica e imaginação… Ainda assim, o repentismo desconcertante do Nolito e o fintar mirabolante do Bruno, foram tentando furar o esquema, com a ajuda esmorecida do Saviola e a discrição do Cardozo…

O Matic também sobressaia pelo factor destruição, mas a bola não fluía, com o Witsel no meio de tantos homens de negro, apesar das bolas irem entrando na área, não havia muita inspiração…
Até que o Bruno se aplicou com o seu pé esquerdo, driblando para dentro, no coração da área, atirando para o fundo das redes, desfeiteando o Peiser, antes que este vestisse o fato de herói

Com o jogo controlado, apesar do apito constante, do fora de jogo hilariante, eis que numa insistência ou desconcentração a bola haveria de entrar na nossa baliza, já o jogo se aproximava do intervalo…
Só que na resposta, o nervo espanhol, pôs a defesa em fanicos, e colocou novamente o Benfica em vantagem, para gáudio dos adeptos, cerca de 30.000 presentes e dos outros de perder conta que acompanhavam pela televisão…

A segunda parte estava já à espreita, a noite recolhia em silêncio, a vantagem magra não permitia grande conforto, e o jogo foi seguindo aos repelões… Até que o Aimar e o Gaitan entraram em cena e combinaram entre si o terceiro golo…

A Académica não quis atirar a toalha, ainda tentou empurrar os da casa contra as cordas, mas foi o Benfica que aproveitou para fazer mais um golo, com o Nolito a faturar mais um para a sua conta pessoal… O Rodrigo teve direito à estreia, mas não teve fortuna com a bandeira que lhe calhou  em sorte, esperamos nós que não faltem outras ocasiões…


E foi assim, com mais uma vitória esclarecedora, apesar de difícil, ainda é preciso que haja mais entrega e acerto, que vamos trilhando o nosso destino, alcançámos novamente o topo da classificação… a próxima partida, é dentro do caldeirão, contra o fogo do Dragão, é preciso que haja mais empenho e determinação, só o trabalho nos irá permitir derrotar a supremacia e a soberba, atingir a virtude e a humildade de campeão…

É lá mais para o final da semana, depois do adeus do Verão, de mais um ano enlaçado no amor conjugal, assente nos crescidos e inquietos filhos, no Outono que nos vai envelhecendo, que vamos até à cidade invicta, tentando segurar essa mesma condição…
Sem medo de atravessar a ponte… pois que devemos estar ao largo das propagandas regionalistas, antes mostrar um grande poder mental, com crer e afirmação… Viva o Benfica!

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