domingo, 11 de dezembro de 2011

Aventura no Funchal com final feliz!

Marítimo 0:1 Benfica

Depois da noite do apuramento imaculado para a elite europeia, mesmo sem uma exibição arrebatadora, veio o dia imaculado da Virgem Santíssima, padroeira de Portugal...

O nevoeiro circulava rente aos telhados, ocultando o seu fruto divino, o Cristo edificado no alto da cidade... evocámos as suas graças na Eucaristia, rogámos pela saúde e protecção familiar e de toda a humanidade...

Viajámos até ao campo, desafiando a penumbra e a comodidade, como membros do coro, convidados para a festa de anos do primo mais novo... 

6ª retornámos às salas do mister e saber, o frio e o nevoeiro persistiram com a clausura do tempo e do empenho... e ao regresso tardio, pela calçada, cintilavam as luzes de Natal junto da estação, uma colcha nebulosa cobria a noite, e a lua espreitava na transparência dos pensamentos...

O Sábado marcou o regresso da chuva, suave e espaçada, escudada pela espessa neblusidade, presente no treino enlameado de futebol, enxarcando os arrojados e entusiastas mini futebolistas...
Depois da quentura, da aula de catequese, já no findar da tarde, regressámos ao fresco da noite da baía do Seixal, para participar numa concentração de futebol com outras Escolas do Benfica... a lua reapareceu com o brilho, driblando as manchas nebulosas que pairavam sob os campos de treino… repartido por varias linhas de encontro, onde os miúdos lutavam com todo o afinco pela posse da bola e obtenção de golos...

Depois do serão familiar e reparador, o domingo, 3° do Advento, amanheceu incerto e fresco, combalido ainda da travessia chuvosa, mas já com o sentido no sol... tal como João Batista que desbravava os caminhos de salvação, na liturgia dominical...

De tarde mais um torneio de futebol, desta feita entre portas, sob os auspicios do redentor, com laivos de sol e de grande luta na disputa do esférico e da vitoria… com 4 partidas no largo terreno de jogo...
Desci então com a noitinha aos meandros da cidade, trazendo o jogador extenuado…, a mesma noite que fazia sobressair a luminosidade do Funchal, algures no oceano, onde o Benfica disputava a liderança e tentava vingar o roubo da Taça...

Já na quietude caseira, nos confins da sala, com o desassossego habitual… começava o jogo com os mais previsíveis, com a falta de (Luisão) Gaitan, alinhava o Rodrigo na direita, quando o  normal seria o regresso de Nolito…. o Marítimo começou muito confiante e aguerrido, subido no terreno, só com o passar do tempo, o Benfica foi equilibrando, passando a controlar e a ter mais posse de bola. Nesse crescendo, na segunda metade da 1ª parte, o Aimar teve uma boa ocasião, isolado e logo a seguir, o Cardozo contrariou as leis da física e exemplificou como é que se falha um golo, de baliza aberta...

Com o Benfica por cima, mesmo que os da casa ainda continuassem serenos, foram para o intervalo, com tudo em aberto para o segundo tempo...

As bancadas vazias anteviam um belo estádio, mesmo assim as equipas estavam a adornar o espetaculo com muita entrega… o meio campo do Marítimo tem jogadores rijos, e num lance corrido, junto à linha, o Oberdam levou o segundo amarelo, abandonando o jogo… Esperava-se que o Benfica ainda fosse mais dominador e tivesse tarefa facilitada, mas a velocidade não era suficiente para desorganizar a barreira defensiva, o Aimar continuava vigiado, e o congestionamento à entrada da área obrigava a um lance mais veloz e inspirado…

O tempo ia passando, os da casa prostravam-se no chão, os do Benfica corriam, lutavam pela vitória, mas não havia meio de chegar o golo… Entraram então o Saviola, para as imediações da área, o Nolito para a esquerda, e o aperto foi aumentando de intensidade em proporção do final do jogo…

O Nolito ainda tentou de longe, mas o Peçanha estava atento, mas numa jogada de insistência, a bola sobrou à entrada da baliza, no meio da defesa, onde o Cardozo só teve que chutar para dentro da baliza, para fazer o tão desejado golo, faltavam 5 escassos minutos para terminar, para grande alegria de todos os jogadores…

Até ao fim, ainda poderíamos ter feito mais um golo perante o espaço encontrado no ataque, pois o Marítimo apostou tudo no empate, parecia que este é que era um jogo de eliminatória; se demonstrarem sempre este carácter em todos os jogos será difícil perderem, tal como o Jesus referiu no final…

Na próxima 6ª-feira, na Catedral, com todo o crer e combatividade patenteados, com o apoio dos adeptos, temos que continuar na senda das vitórias; depois de ficarmos a saber o adversário em sorte para a Europa, temos que dar mais um passo, pequeno para ganhar a Liga Nacional, grande como é o Natal para a humanidade…

Nenhum comentário: