sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Por esse rio acima...!

Benfica 5:1 Rio Ave

Depois da alegria insular, a chuva ainda se fez sentir à beira do continente, antes do adormecimento do fim-de-semana...

Outra encruzilhada, mais uma semana de chão duro, que ia atravessar a ponte dos meandros de Dezembro, movidos pelo sentir, força motriz da nossa vida...
A lua acenou-nos, manhãzinha, esperava o cumprimento do sol, nas escassas clareiras do céu...

O negrume das névoas veio cumprir os derradeiros entardeceres de outono, sem tempo nem disposição para pausados rituais... e até a chuva também se quis juntar ao recombolesco horizonte com esporádicas aparições...

3ª-feira à noite invadimos a capital, o luar espalhava o seu manto por uma nesga, feliz pelo nosso destino..., depois do tunel de acesso, o Marquês de Pombal  deu-nos boas vindas e indicou a luminosa Avenida onde era o concerto que havia no Tivoli...

Noite de sonho, de palmas que aqueceram o coração, incendiaram a alma com o fogo do sol, pintaram a lua com a cor da terra, coloriram o nosso ideal...
Cada lugar preso em nós, cada som melodioso e intenso que nos faz descobrir, cada palavra que nos direcciona o sentimento, foi tudo isto, Mafalda Veiga...
Movidos pelo sonho, planando pela noite, retornámos ao sul, apenas guardando o que é bom de guardar, antes dum novo amanhecer...

Antes da travessia da ponte do meio de Dezembro, com o Natal já em contagem regressiva, o menino já espalhava a alegria da salvação, e o final da semana ainda viria a atingir outro momento marcante com a ida à Catedral da Luz…

4ª, voltei à noite, em terras palacianas, para a partida de futebol, sessão de desentorpecimento muscular e agilidade mental, que a genica não pode dispensar…

A descida para a última quinzena do ano, iniciou com um sol arrojado, até ao desfiladeiro onde se alcança o caminho do presépio, mas 6ª-feira, não evitou o regresso das nuvens para o ultimo dia de escola, mais um dia da avó no Convívio e dos pais no trabalho...

A importância do jogo do Benfica era compatível com o abandono do trabalho, era preciso chegar com tempo ao estádio e partilhar o sabor daquele momento com o filho mais novo…
Os aguaceiros apanharam a boleia da noite para descer à terra, mas nada que intimidasse, periodos largos de estio permitiram abordar o estádio sem grandes molhadelas...

A hora do jogo aproximava-se  os garotos, vestidos a rigor perfilavam-se ao redor do campo na frenética romaria, desfile de escolinhas, e nós, ficamos mesmo ali, no enfioamento da baliza, à sua espera, muito antes de saber que seria ali que iriam entrar 3 golos...

Na equipa não havia surpresas, estamos a conseguir encontrar um lote de 5 ou 6 suplentes que também podem jogar sem afetar o rendimento coletivo. O Jardel já mostrou que está à altura da responsabilidade, quem pode dizer que o Nolito é inferior ao Bruno, é indiscutível a qualidade do Saviola, que só é preciso reconquistar com ritmo…

Com cerca de 33.000 pessoas, uma dezena de adeptos de Vila do Conde, o jogo começou com vários ataques e bolas na área infrutíferas, só que pouco depois, veio o amargo do golo sofrido, mas também isso ainda deu mais emoção e alegria a cada golo alcançado...

E tudo começou, num lance do penalti, ali mesmo à nossa beira, com a obtenção do empate, um remate forte a esbater a sensaboria. E ainda estávamos a delirar quando, numa jogada estonteante do Nolito, depois do passe rasgado do Witsel, ali mesmo junto à linha, foi entrando pé ante pé pela área, até empurrar a bola para o fundo, dando a reviravolta no resultado…

Antes do fim da primeira parte, mais uma jogada envolvente na área, com o Aimar sempre no epicentro, a bola sobrou para o Saviola que rodopiou e rematou rente ao chão para dentro da baliza, alcançando um vistoso golo, importante para o jogo e para a sua auto-confiança…

A segunda parte, foi vista um pouco mais à distância, na baliza ao fundo, fizemos companhia ao Artur, muito sozinho na sua área… Logo na abrtura, só por vias das dúvidas, na marcação dum livre, o Garai apareceu derrompante a cabecear para dentro das redes, obtendo o quarto golo…

Depois as oportunidades foram sudecendo, o Garai quis bisar, de livre, não se sabia quem é que iria repetir a proeza, e foi o Nolito, quem mais, a chegar ao golo, num remate expontâneo e certeiro, com todo o seu instinto, meio no chão, fazendo a bola entrar junto ao poste…

O João Tomás bem tentou mas o Jardel não deixou, o Yazalde quase que conseguia, pois o Maxi estava condicionado pelo cartão e deixou-o passar, mas nada haveria de acontecer depois.. 

Até ao final, Jesus fez descansar o Rei Mago Aimar, regressou o Gaitan para o lado direito, o Witsel foi para o meio, o Rodrigo rendeu o Saviola e teve uma boa oportunidade para marcar, e o Nelson fez a sua estreia na Liga, no lugar do Cardozo, e teve tempo para se mostrar, num remate distante…

Está a ser feita uma boa gestão do plantel, existe qualidade suficiente para construir um equipa competitiva, o Witsel é um jogador importante na manobra do meio campo, ao nível defensivo e de contenção de bola, o Aimar trata a bola com a simplicidade só ao alcance dos prodígios, o Artur e o Garai demonstram a confiança e a consistência suficientes para aguentar firme uma defesa…

Arredados da Taça, terminamos o nosso desempenho deste lado da 2ª circular, lá mais para diante, já em pleno inverno, temos que medir forças na Russia, mas o começo do ano, passadas as Festas e a euforia, a alegria familiar e o conforto espiritual, temos logo duas saidas, à capital europeia da cultura, para a Taça da Liga, e às muralhas do centro, à cidade de Leiria…

Viva  a luz dourada e o brilho do NATAL a anunciar a esperança para a humanidade, um ANO com muita paz e alegria… Viva o BENFICA!

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