quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O gelo estragou o bom vinho português!


Zenit 3: 2 Benfica

Passado o luminoso espectáculo, de abrangência nacional, diante da falange fervorosa, numa clara demonstração de força... eis o Domingo divino, espetro de luz morna e serena para dar louvores com mais significado à família...

Chegámos mesmo a entrar na cidade sol, para mais uma partida de basquetebol, apesar do galo da derrota, cumprindo mais uma partida no calendário da formação desportiva e pessoal do gaiato..., mas depois do esforço inglório, veio o glorioso almoço, com um suculento galito, saboreado no aconchego do seu reduto predileto, um espraiado paraíso campestre, no seio da família...

Retornámos a casa, ainda com a atmosfera abrasadora da tarde, e aproveitámos o ar quente para sobrevoar ainda mais um pouco até Lisboa, indo pousar no pavilhão da luz para assistir ao jogo de basquete com o Guimarães... e depois da(o) vitória difícil e guerreira, aterramos finalmente no lar, ligeiros, fugindo da geada do entardecer...

A semana de trabalho acordou gelada, o filhote denunciando alguma quebra perante tanta afronta vinda dos pólos, ou talvez contagiado pela debilidade da mãe, mas não é mais do que o fruto da sementeira fértil desta ocasião...

3ª-feira clareou na friura do inverno, nos píncaros da Europa 20 graus negativos esperavam a comitiva do Benfica, o soldado raso aproveitou para se ausentar do quartel escolar, convocando a avozinha para o seu cantinho do céu... seguindo nós o destino traçado, abençoado pelo S. Valentim…

4ª-feira levou-nos a todos, novamente pelo braço, ao trabalho e à escola, nós continuámos com a exigência do expediente e das relações laborais que nos vão empurrando para a velhice, numa constante adaptação à vida, os mais pequenos aprendendo na atividade curricular, crescendo em personalidade, diluindo tudo em brincadeira...

Neste cantinho azul, afinal, nada de novo, só a leste tudo, em aberto para mais um grande jogo, com temperaturas arrepiantes… depois de atravessar o vale da piedade, após o almoço, enclausurei-me novamente no local de trabalho, só para de lá sair depois do cair a noite, jogo acabado, sem saber qual seria a emoção...

Fui me inteirando do desenrolar das jogadas, à falta de imagens e de voz, as palavras e os números eram tudo o que saciava a minha ansiedade. E o jogo começou muito disputado, quase taco-a-taco, apesar das condições desfavoráveis do tempo e do estado do relvado…

Tanto nos amarelos, Luisão e Bruno Alves, como nas oportunidades, as equipas chegaram ao Intervalo empatadas a uma bola. Maxi Pereira, aos 20 marcou pelos encarnados, e Shirokov, aos 27 restabeleceu a igualdade. A diferença foi o Rodrigo ter saído lesionado, cedendo o seu lugar ao Aimar. Apesar de tudo, o Benfica rubricou uma boa exibição na gélida noite de São Petersburgo.

Só que no segundo tempo, com o passar do tempo, o Zenit foi acreditando que poderia alcançar outro resultado, a temperatura, o campo e o apoio reforçavam o seu crer, as águias foram briosas e valentes, tentaram sempre remar contra a maré, adiar o ímpeto adversário, correr atrás da bola, expor, dentro do possível, o seu futebol, mas numa jogada de insistência os da casa haveriam de chegar ao segundo golo.

Mesmo assim, já com o Nolito no lugar do Bruno, tentámos lutar, procurando o empate, o que viemos a conseguir, já na parte final do encontro, num remate em cima da baliza do C ardozo, golo que foi festejado com exuberância e alegria por todos os jogadores, porque era justo que, pelo menos fosse esse o resultado, e tinha sido gloriosamente alcançado

Mas quando tudo já não se esperava que viesse a acontecer eis que o insólito veio mesmo a suceder, o temperamento frio e calculista do adversário demora a descongelar e logo na jogada imediatamente a seguir, num lance de desconcentração a bola voltou a entrar na baliza do Artur, para nosso desconsolo…

Não que este resultado seja mau, mas porque a equipa merecia outro desfecho, continuar imbatível na Europa, mas não podemos desanimar, seguem-se partidas difíceis até à recepção do Zenit, para consolidar a liderança nacional, manter a distância pontual, temos que continuar a lutar com todo o afinco e determinação para quando formos para o jogo decisivo da Luz, estejamos confiantes e motivados para conseguir provar a nossa superioridade…

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