sexta-feira, 2 de março de 2012

Caímos, outra vez, nas malhas do Porto!

Benfica 2:3 Porto

Depois de outra noite em branco no breu do choupal, com o desperdício da margem pontual, que melhor condimento para relançar o ultimo terço do campeonato, com a contagem de 10 regressiva, a ser feita na recepção ao arqui-rival.... então comecemos outra vez do nada...

Domingo, 1° da caminhada quaresmal, começou cedo com a pregação doutrinal na Eucaristia da velha ermida paroquial, soube bem acordar com o sopro divino... e melhor soube o almoço, junto da brisa do oceano, onde as fagulhas do sol ondulavam sobre o azul, no panorâmico Restaurante (O Barbas), onde decorreu o grande almoço de aniversário da matriarca...

O resto do fim-de-semana foi caindo das mãos como a areia fina da praia, a lua esguia esboçava um sínico sorriso de despedida, a chamar outra semana, a por de alerta já um novo mês...
E lá fomos atrás da repetição, seguindo à risca os horários, tentando sempre reparar noutras imagens, dentro da rodagem do quotidiano...

3ª-f e 4ª-feira acordaram brancas, com maquilhagem de inverno, nevoeiro que pulverizou o ambiente, humidificando o ar que circulava nos passeios à procura dos rostos matinais...
Mas o sol dissipou qualquer tentativa de volta ao poder e repôs a golpista primavera, que há muito tinha por aliada o limite do céu...

4ª-feira, ainda era oferta dum Fevereiro longo, à noite a Missa celebrou-se em memória do meu querido progenitor, antes de apanhar o pequeno que tinha ido lançar umas bolas ao cesto, e o jogo de Varsóvia teve que ficar para segundo plano...
Mesmo assim, acompanhei a parte final da selecção das quinas, numa altura em que a classe dos jogadores começou a sair, e a bola custava mais a chegar a area polaca...

E também eu sai a correr para ir para as aulas praticas do futebol, reentrar em campo com a classe ou disposto a queimar algumas calorias... E o regresso cansado, com as baladas do mítico pacífico, e o cumprimento amigo do Cristo iluminado que me abraçou na madrugada...

5ª-feira ainda se levantou cinzenta, na rádio já anunciavam o Março, com a chuva que ele tinha feito entrar por Portimão, preparando pelo sul invadir o vasto territorio...
A chuva, condigna e frequente chegou pela tarde ao centro sul, deixando o seu rasto molhado, e as nuvens foram ficando para pernoitar com a noite…

A 6ª-feira amanheceu desposada com a vida, feliz pelo aniversário da mulher mais bela e dedicada à família. Os parabéns alegraram o dia desde o pequeno almoço, uma pitada de sol apareceu por entre as nuvens que tinham ficado e veio a escola, o trabalho, cerimoniais habituais mas hoje com passadeiras vermelhas e sorriso rasgado...

E a noite chegou, o ânimo era o suficiente, com jantar de gala, à beira do relvado...
Saiu o Porto, que jogava com meio campo de lucho e com uma ala direita coxa, desde logo eles vieram para cima e tivemos algumas dificuldades para nos organizar e explanar o nosso futebol, o Nolito ia pressionando, o Aimar tentando ter espaço no meio, mas num remate incrivel de raiva, um golo do outro mundo do Hulk eis o golo extemporâneo...

Com o desenrolar do tempo fomos conseguindo investidas com mais profundidade e acerto, em tres lances amarelamos os defesas e poderiamos ter empatado, com o Cardozo e o Aimar na cara do Helton. Depois de equilibrar partimos para cima do rival e com o apoio dos quase 60000, chegámos ao merecido empate ainda antes do intervalo, através do Cardozo...

Na Segunda parte continuamos por cima, a acreditar e a jogar no meio campo adversário e logo num livre marcado pelo Aimar para o meio da área, o Cardozo apareceu a cabecear para a reverivolta do resultafo e alegria imensa dos adeptos...

Éramos a melhor equipa, nesta fase, mas como sempre o Porto não se desmoronou, e o Gaitan apesar de continuar numa travessia de deserto ainda quis aparecer, mas depressa se eclipsou sem mostrar a sua arte... O Aimar estoirou, entrou o Rodrigo que até parecia estar entrosado, mas o cenário e o pensamento fugaz que podíamos ampliar o marcador, depressa se começou a dissipar e a inverter...

Numa jogada de insistência, o Gaitan perde a bola, numa disputa com outro super-heroi portista Fernando, que atravessou o relvado e ainda veio assitir o James para o golo do empate... o Benfica quando se viu com a vantagem tinha que ter priviligiado a posse de bola, o domínio territorial, esperado pelo adversário e deixou-se ir no impeto do golo...

O árbitro apitava todas as faltas parecia que estava a empurrar o Benfica para tras e numa jogada do super-vitaminado Hulk, já no ultimo quarto de hora eis que a expulsão do Emersom ainda foi condicionar mais o jogo, com o Porto a dominar, trocando a bola perante a a nossa passividade, hesitantes entre ir à procura da vitória e segurar o empate...

E o fantasma da derrota começou a pairar, como na época passada, o adversário estava mais forte física e mentalmente e e num livre marcado sobre a direita, a bola sobrevoa a área e o Maicon, em posicção claríssima de fora de jogo faz o golo da vitória...

O Porto acabou no nosso meio campo, com posse de bola, o Nelson entrou tarde de mais, o Jesus demorou a reagir, e por outro lado o Garay (porque é que na selecção não o pouparam alguns minutos), estoirou, e o esteio da defesa, apesar da entrada determinada do Miguel Vítor, não é a mesma coisa quando tem que sair com a bola nos pés... tal como o Javi não tem a dinâmica de um Fernando, com uma rotatividade enorme...

Eis que um Porto de segunda, com um treinador sem carisma, com um jogador tosco na frente, um corredor direito fragilizado, consegue ganhar na Luz e isolar-se no comando da Liga, de 5 pontos de atraso passa para a frente com 4 de avanço, porque já não chegam três...
Este ano, o Porto está a provar, mais uma vez, que a garra e a vontade que os jogadores empreendem contra o Benfica é a sua grande arma, como diz o Lucho é dentro de campo que tem que provar ser melhor...

Ao Benfica só resta lutar, trabalhar e levantar a cabeça, fechar este ciclo terrível de jogos sem ganhar com uma enfurecida vitória, contra o Zenit...

Para mais, até aqui foram jogos a pontos, agora vem um jogo a eliminar e temos a tarefa enorme de ganhar contra uma equipa fria e objetiva, temos que nos impôr, para contrariar definitivamente esta onda negativa que nos atormenta, dar uma alegria aos adeptos, força suplementar aos jogadores para encarar o resto da temporada…

Não nos podemos deixar abater, temos que encontrar motivação para seguir na Liga dos Campeões e, com a ajuda de todos, se Deus também der uma forcinha, iremos conseguir...

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