Olhanense 1:2 Benfica
Domingo tinha a
nebulosidade no caminho até ao templo, mas a luz e a palavra do Senhor guiaram-nos
pelas veredas da vida...
Voltamos para a clausura
das paredes, ouvindo a chuva que clamava, a televisão que interpelava, o almoço
com vista sobre o temporal, a intimidade familiar que confortava...
A semana dividiu os
operários dos folgazões, a preguiça pôde ocupar-se dos estudantes, a chuva
refrescou os últimos dias de Outono, despindo o arvoredo, a lua ainda sorriu no
aperto das nuvens, quando regressava a casa...
3ª-feira os aguaceiros
amainaram, o sol espreitou pelas brechas, pisamos as folhas caídas e esmagadas
pelo cansaço, subimos ladeiras pelo interior do tempo...
4ª-feira, o nevoeiro
desceu às portas, entranhou-se pela cidade, ofuscando o futuro, seguimos a pé
pelas ruelas até à igreja, absorvendo o orvalho, fomos à missa para dissipar o
incerto e pedir pelo presente, um rebanho grande que celebrou Jesus, um ano após a
partida dum bom pastor bom...
À noitinha, o pequeno foi ter comigo
ao trabalho, viemos no banco detrás do carro, a partilhar momentos de paz e
musica dum mp3... Chegados ao céu, o jogo
estava quase a começar, porque dava na TVI, optei por ficar como ajudante de
cozinha...
O ancião Fernando Correia lá deu a constituição da equipa, o guarda-redes das taças, Paulo Lopes, a defesa era o setor mais alterado e fragilizado, com o Sidnei e Jardel no eixo, Luisinho e André Almeida nas laterais, daí para a frente uma segunda equipa de luxo com a dupla Enzo e André Gomes mais defensiva, o Gaitan na manobra ofensiva com o Rodrigo, e na linha os providentes Nolito e Bruno César...
Curiosamente foi o
Olhanense que logo chegou à baliza com alguma impetuosidade apesar disso o
Benfica foi conseguindo impor o seu domínio, ameaçando a baliza de Ricardo, mas
a bola rolava muito devagar...
Talvez porque o Olhanense
pressionava aguerrido, existia uma falta de sintonia entre a defesa e o ataque,
só o Gaitan impunha uma maior velocidade, o Nolito ia aparecendo, até ao final
do primeiro tempo aceitava-se o resultado em branco.
No intervalo fui buscar o
grande e quando cheguei novamente, um pouco antes da hora de jogo, já o
marcador acusava o golo caseiro,... Ainda estive alguns minutos a comer em frente
do reduzido televisor mas foi já na parte final, diante do maior ecrã, com
outro lazer, já com o Sálvio e o Lima, mais tarde o John, que assisti à
reviravolta do marcador. O primeiro na sequência dum livre com o Jardel a
assistir o Rodrigo e já em cima dos 90 minutos numa chance do Lima que so teve
que empurrar a bola para dentro da baliza depois de uma jogada do Salvio, golo
que já merecia há alguns jogos...
Foi uma vitoria sofrida, o
Olhanense dificultou bastante, foram muito laboriosos, também faltosos mas deram
muita luta a um descomprimido Benfica...
Agora vem aí o Natal,
noite mágica, época festiva, luzes coloridas, presentes, convívio familiar,
crianças felizes, aproveitemos para celebrar a esperança, quebrar a rotina com
alegria, brindar à paz e harmonia...
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