quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Jesus, de olho na taça!


Olhanense 1:2 Benfica

Domingo tinha a nebulosidade no caminho até ao templo, mas a luz e a palavra do Senhor guiaram-nos pelas veredas da vida...

Voltamos para a clausura das paredes, ouvindo a chuva que clamava, a televisão que interpelava, o almoço com vista sobre o temporal, a intimidade familiar que confortava...

A semana dividiu os operários dos folgazões, a preguiça pôde ocupar-se dos estudantes, a chuva refrescou os últimos dias de Outono, despindo o arvoredo, a lua ainda sorriu no aperto das nuvens, quando regressava a casa...

3ª-feira os aguaceiros amainaram, o sol espreitou pelas brechas, pisamos as folhas caídas e esmagadas pelo cansaço, subimos ladeiras pelo interior do tempo...

4ª-feira, o nevoeiro desceu às portas, entranhou-se pela cidade, ofuscando o futuro, seguimos a pé pelas ruelas até à igreja, absorvendo o orvalho, fomos à missa para dissipar o incerto e pedir pelo presente, um rebanho grande que celebrou Jesus, um ano após a partida dum bom pastor bom...

À noitinha, o pequeno foi ter comigo ao trabalho, viemos no banco detrás do carro, a partilhar momentos de paz e musica dum mp3... Chegados ao céu, o jogo estava quase a começar, porque dava na TVI, optei por ficar como ajudante de cozinha...

O ancião Fernando Correia lá deu a constituição da equipa, o guarda-redes das taças, Paulo Lopes, a defesa era o setor mais alterado e fragilizado, com o Sidnei e Jardel no eixo, Luisinho e André Almeida nas laterais, daí para a frente uma segunda equipa de luxo com a dupla Enzo e André Gomes mais defensiva, o Gaitan na manobra ofensiva com o Rodrigo, e na linha os providentes Nolito e Bruno César...

Curiosamente foi o Olhanense que logo chegou à baliza com alguma impetuosidade apesar disso o Benfica foi conseguindo impor o seu domínio, ameaçando a baliza de Ricardo, mas a bola rolava muito devagar...
Talvez porque o Olhanense pressionava aguerrido, existia uma falta de sintonia entre a defesa e o ataque, só o Gaitan impunha uma maior velocidade, o Nolito ia aparecendo, até ao final do primeiro tempo aceitava-se o resultado em branco.

No intervalo fui buscar o grande e quando cheguei novamente, um pouco antes da hora de jogo, já o marcador acusava o golo caseiro,... Ainda estive alguns minutos a comer em frente do reduzido televisor mas foi já na parte final, diante do maior ecrã, com outro lazer, já com o Sálvio e o Lima, mais tarde o John, que assisti à reviravolta do marcador. O primeiro na sequência dum livre com o Jardel a assistir o Rodrigo e já em cima dos 90 minutos numa chance do Lima que so teve que empurrar a bola para dentro da baliza depois de uma jogada do Salvio, golo que já merecia há alguns jogos...
Foi uma vitoria sofrida, o Olhanense dificultou bastante, foram muito laboriosos, também faltosos mas deram muita luta a um descomprimido Benfica...

Agora vem aí o Natal, noite mágica, época festiva, luzes coloridas, presentes, convívio familiar, crianças felizes, aproveitemos para celebrar a esperança, quebrar a rotina com alegria, brindar à paz e harmonia...

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