sábado, 11 de maio de 2013

Estamos moribundos..., mas cremos em milagres!


Porto 2:1 Benfica

A semana ressurgiu das trevas, derramando a manhã sobre horizontes esmorecidos, aplaudindo a ascensão da vida...

Visita de estudo pelos meandros do Ribatejo, distanciou o rapaz, prova final do linguajar português absorveu o petiz, pais amarrados ao dever...

A tarde encarnou no alto relvado, espreitando as vistas panorâmicas do Tejo, enquanto o miúdo lutava pela bola, os barcos uniam vidas...

A generalidade da opinião era de tristeza e alguma subjugação ao poderio portista e à fatalidade da história... Mas o Benfica estava numa posição muito evoluída em relação à estatística dos últimos anos... A responsabilidade estava do lado deles, a maturidade dava alguma esperança, era preciso puxar pelo orgulho e jogar tudo por tudo, morrer em campo...

Jesus experiente, saberia a melhor estratégia, para este jogo e para o de 4ª-feira, para inverter a história das ultimas 6 finais, não sabemos iremos conseguir ambos ou algum, mas é preciso lutar até à exaustão, com todo o empenho, como fez o Maxi no ultimo jogo...

4ª-feira, manhã ainda sufocada pelo nevoeiro que peneirava o sol..., maturando os dias para a segunda metade da semana...
5ª-feira, estremunhou a cadência do tempo, depois da rota das escolas, caminhada com o mais novo pelos íngremes acessos, em dia de Ascenção, o céu abriu-se em azul para acolher Jesus na sua morada celestial...
6ª-feira, o sol raiava sobre a cidade, o pequeno voltou à escola para a matemática prova, e ganhou uma tarde escaldante à sombra do lazer e do amor da avó...
A noite escondeu a cidade do tempo, acenderam as luzes do campo de treinos, corri atrás da bola e do apuramento físico, voltamos guiados pelo Cristo farol...

Sábado acordou primaveril, uma brisa temperava o arrojo solar, peregrinei com o miúdo ao cimo da cidade para a sua devoção desportiva, rezei pelo futuro e pelo findar do dia...
De tarde levamos o futebolista aos sintéticos da Luz, claque condizente com aplicado torneio, antes do ocaso se aventurar nos confins do Tejo...
  
A uma noite da luz de Fátima, velas que iluminam a vida, podíamos festejar mais uma conquista, para isso tínhamos que atravessar outro cabo terrível, tormentas antes do mar tranquilo..., ou as barbas nos ficavam na mão ou podíamos ser engolidos pelo abismo, tudo podia acontecer...

O céu quis abrilhantar o fulgor dos da casa, mas foi o Benfica que aos 19 minutos, num lançamento longo do Sálvio da linha lateral, faz a bola cair dentro da área, depois duma série de ressaltos, Garay remata para a baliza, esta desvia num defesa e o Lima aparece isolado a empurrar para dentro da baliza... 

Só que, numa insistência do Varela, descaído pela esquerda, remata à entrada da área e a bola tabela nas pernas do Maxi traindo o Artur com o esférico a entrar rente ao poste

O jogo jogava-se num curto espaço de campo, o enzo muito forte e ativo, o Matic quase sempre presente mas com pouco espaço para progredir...

O Porto queria aproveitar a falange de apoio e a força anímica, tentou inclinar o terreno, com o Lucho experiente, o Moutinho e o Fernando implacáveis e omnipresentes, mas o Benfica foi aguentando, apesar da posse de bola esmagadora, as oportunidades não foram muitas, e os remates e cantos denunciavam um equilíbrio ao intervalo...

A primeira parte terminou com todo o empolgamento, com o nervosismo à flor da pele, tudo estava em aberto, tudo podia acontecer...

O tempo foi passando, o futebol continuou disputado, o Benfica muito coeso, Jesus foi tentado a defender com unhas e dentes, também não podia desconfigurar muito o jogo, era ao Porto que competia arriscar, tirou o Gaitan para a entrada de Roderik.
Aos 73 troca de avançados, Cardozo rende Lima. Aos 82 o John estoira e sai de maca para entrada do Aimar.

Mas, quando já quando ninguém esperava eis uma hecatombe, uma bomba rebentou no reino do dragão com a ilusão da águia, um golpe muito duro com os estardalhaços a atingir com muita gravidade a alma benfiquista…

O estádio em apoteose abafava o silêncio dos adeptos encarnados, a triste sina das ultimas décadas, tanto esforço para chegar tão longe e um remate faz ruir toda uma época, desfaz todo o encantamento, a temporada de sonho que estamos a conseguir…

Só nos resta levantar a cabeça, ir à luta do 2º troféu, dar tudo por tudo para recuperar a alegria, a missão é seguramente impossível, mas está ali mesmo à nossa espera, só com uma vitória podemos resgatar o orgulho, através de entrega e dedicação…

Passada mais essa etapa, de extasio ou dobrada desolação, logo nos debruçaremos sobre a ínfima possibilidade da trágica história do campeonato ainda ter outro golpe de teatro... 

Um comentário:

Humberto Alves disse...

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