domingo, 16 de fevereiro de 2014

Em madeira boa, duas firmes machadadas!

Paços Ferreira 0:2 Benfica

Um vendaval enfureceu o oceano, empurrando o mar revolto até à beirinha das praias ocidentais, pelo ar, a chuva espicaçada foi acalmando no ancoradouro do final de semana. 
O sol foi rasgando o tempo, descendo às esguias ruelas, inundando as praças da cidade, onde os velhos no soalheiro, recebiam carícias fugidias dum tempo amargurado…

O Benfica jogava nos píncaros da tarde, raios oblíquos duma luz tardia pestanejavam à vastidão da noite, em Paços de Ferreira, o ambiente era festivo, com a inauguração duma nova bancada, sobressaiam roupas vermelhas e adeptos ruidosos para assistir a mais um jogo de futebol…

Com a ausência de Enzo, o trabalho pior era atribuído ao Ruben, que a par de Feijsa, eram os mais sacrificados na disputa da bola, no meio do campo. Jesus, de resto, não inventava mais, colocando o onze mais previsível: Oblak na baliza, a dupla de centrais, Garay e Luisão, os laterais consistentes, Maxi e Siqueira; o batalhão de ataque alinhado com os alas Markovic e Gaitan e os avançados centros, Rodrigo e Lima.

O Benfica, depois das últimas exibições convincentes, muito embora o empate no alto Minho, tentava abordar o jogo de forma imperial e avassaladora, mas o Paços, bem arrumado e compacto, não permitia que a bola entrasse na resistente muralha defensiva.
A primeira parte passou num ápice, a imagem esbatida pela claridade do dia e pela fraca nitidez da transmissão do computador, pintaram o pálido desempenho do Benfica, sem qualquer jogada vistosa ou oportunidade mais esclarecedora…

Esperava-se que a segunda parte trouxesse uma equipa mais afoita e ambiciosa, que tentasse mudar o rumo dos acontecimentos, era preciso libertar as amarras defensivas do adversário, procurar, por todas as formas, a vitória…
Na verdade, a segunda parte parecia enredar-se na mesma malha, talvez um Benfica mais acutilante, mas numa jogada pela direita, depois dum canto marcado à maneira curta, um centro do Ruben foi direitinho para a cabeça do Garay que fuzilou o guarda-redes passense.

O golo deu outro ânimo, o Paços tinha que avançar mais no terreno e o Benfica aproveitou para num lance rápido, depois duma arrancada do Markovic pela direita, voltar a colocar a bola na baliza contrária, à entrada para a ultima quarta parte do jogo.
Até ao final a partida não se atou nem desatou mais, os da casa queriam reagir, mas só o Bebé era dos mais "calmeirões" e arrojados para o conseguir, ficaram agarrados à sua estratégia defensiva e foram demasiado inofensivos, nem o Minhoca mordiscou a couve enorme e tronchuda que constituiu a defesa encarnada.

Na quinta-feira, com esta confiança, mas com uma capacidade maior de entrega e circulação, esperamos fazer um bom resultado na Grécia, por em prática a nossa força e a nossa categoria… 

Nenhum comentário: