sábado, 10 de maio de 2014

Azul esbatido sobre vermelho dourado!

Porto 2:1 Benfica

Fim de semana tranquilo dum Maio soalheiro, invadimos o refugio dum Tejo alongado pela baia,  cúmplice dum velho casario, a quem leva o oiro escondido nas águas, em troca do aconchego e recanto natural... 

Foi naquele circulo de encanto, no aglomerado ribeirinho do Seixal que seguimos mais um clássico de futebol. Não há memória de um confronto com tão pouco interesse, emoção e assistência: 25000, foram ao Dragão para ver o Porto contra um Benfica descaracterizado, uma defesa completamente inédita, uma equipa pouco habitual…

O jogo tinha muito mais ambição azul, para acabar o pesadelo da época, o Benfica, apenas queria o jogo passado para prolongar o sonho… Jorge Jesus, aliás, fez o mesmo que Bela Gutman em 1961, quando os encarnados foram jogar com o Porto,  já com o título conquistado. Na altura, o treinador promoveu bastantes alterações a pensar no jogo com o Rapid Viena, dias depois do clássico, a contar para a 2ª mão das meias finais da Taça dos Campeões, que o Benfica viria a conquistar, frente ao Barcelona.

Os jogadores quiseram disputar o resultado, aproveitar a oportunidade, mas o golo madrugador do Porto não ajudou, mesmo assim, num lance de Salvio ainda conseguimos obter o empate, através dum pénalti, superiormente marcado pelo Enzo (golo 100 da época, 3º de pénalti ao Porto), mas num lance duvidoso do André Almeida sobre o Jackson, este acabou por repor a vantagem também de grande penalidade.

O jogo não teve muito mais história que os golos, o Benfica acabou mais forte mas sem conseguir evitar o desaire pela margem mínima, mas não vacilou, com uma equipa de recurso, perante o eterno rival. 
Tal como em 1961, que também perdeu por 3-2, o que pode ser um bom augurio para a grande final que se aproxima, em Turim, quarta-feira, voltamos com toda a convicção e emoção, a um estádio onde já fomos felizes e queremos voltar com uma enorme felicidade…!

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