quinta-feira, 1 de maio de 2014

Sangue, suor e lágrimas de felicidade!

Juventus 0:0 Benfica

No primeiro entardecer tranquilo de Maio, depois dum passeio ensolarado ao santuário mariano de Fátima para tomar o elixir da paz e da vida...
Depois do enleio que o vento espalhou no recinto, da intimidade familiar que nos dá sentido para viver na robusteza da fé…

Foi quando já escurecia a doce claridade, com uma paz imensa no coração a seduzir a tremenda ansiedade, no meio dos filhos e da mulher, pintura de felicidade, que me pus a olhar o vermelho que vinha de Turim…

O Benfica encheu-se de sofrimento e aguentou quase cem minutos sem sofrer golos, quase no limite da angústia, apesar da disponibilidade técnica, a primeira parte acabou com o coração a bater forte, e no final da partida foi preciso suor e sangue para aguentar de pé, estoicamente, a pressão tremenda do adversário.

A Juventus mostrou-se uma equipa difícil, que joga em largura, cria espaços e sufoca o adversário e, em algumas alturas, quase chegou a asfixiar a formação encarnada…
Mas o Benfica soube sofrer, curiosamente até começou bem, a ter bola, mas depois foi a Juve que teve sempre por cima.  Mas este jogo tinha que ser bem gerido de parte a parte, nem o Benfica podia defender em demasia, nem os da casa atacar em desespero…

A Juventus ameaçou num remate acrobático de Tevez, outro de Pirlo a rasar o poste, num desvio de Bonucci ao qual Tevez não chegou por centímetros e num cabeceamento de Arturo Vidal que Luisão tirou em cima da linha de golo, até ao apito do árbitro para o intervalo…

No descanso, Jesus deu mais incentivo aos jogadores, o Benfica foi conseguindo ter alguma posse e profundidade, respirou mais e segurou mais o ímpeto italiano, que queria explodir nas bancadas. E l
ogo no início da segunda parte Rodrigo recebeu uma bola mal aliviada por Chiellini e atirou por cima da barra, pouco depois o mesmo Rodrigo isolou-se na cara de Buffon mas adiantou em demasia a bola. Foram dois momentos que deram mais alma ao Benfica. 

Na parte final, nem quando Enzo Perez fez falta sobre o Vidal e foi expulso, com a equipa a jogar com dez, entrando o André Almeida para o lugar do Rodrigo, e o público se empolgou, nos fez derrubar, mesmo com o 
Lichtsteiner a deixar fugir a bola em excelente ocasião, Osvaldo a marcar em fora de jogo e Cáceres a obrigar Oblak a grande defesa. 

Nem quando o Garay se ensanguentou e abandonou a luta dos companheiros dentro do campo, a equipa abanou, ao contrário, soube ser solidária e brava para conseguir alcançar a 10 final europeia, fazendo por cumprir uma época de sonho, com uma coroa de glória…

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